por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 24 de junho de 2011

TIA ROSA - por socorro moreira




Acanhada, aluada, órfã de pai e mãe, tinha o semblante de um anjo desmantelado, mas de luz intensa!
Chegava e saia calada. Ficava de cócoras num canto da cozinha, a espera de um prato de comida, de um cumprimento, de um mimo. Maltrapilha e rota, minha mãe, que a chamava de Roseira, dava-lhe um trato; :unhas, cabelo, e banho de cheiro. Ficava tão linda, como uma rosa vermelha! Tem gente que parece bicho do mato pelos maus tratos...
Tia Rosa era minha tia marginal, pela pobreza e simplicidade. Culpo-me por todas as vezes que deixei de lhe pedir a bênção, ou senti vergonha daquela velhinha com aura de santa!

E a língua portuguesa hein? - José do Vale Pinheiro Feitosa

Comecemos pelo lado político das línguas e especialmente da língua portuguesa (espere aí não fuja: o assunto é político, mas não se trata de propagar partidos e ideologias). Então, vamos resumir uma longa entrevista com o lingüista brasileiro Gilvan Muller de Oliveira que é diretor-executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, sediado em Cabo Verde e que pertence à Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

A idéia central é que os idiomas expressam poder e as relações entre os idiomas representam dominação de povos sobre outros. Por isso é uma questão política a luta pela diversidade lingüística pela qual se necessita lutar de modo permanente. Porém isso não significa uma segregação lingüística, ao contrário a diversidade irá estimular atitudes poliglotas que enriquecem as relações entre as pessoas.

Agora uma constatação e duas conclusões: o português é a terceira língua mais expressa no twitter (9%) ficando atrás apenas do Inglês e do Japonês, além do mais o inglês caiu num ano de 66% para 50% dos twitters globais e uma língua pouco conhecida como o Malaio desponta com 6% e línguas como árabe, hebreu, islandês, persa, swahili, nepalês e pashtum compareciam com 2% cada uma delas. As conclusões: a imposição progressiva do inglês não aconteceu na rede e as comunicações em rede desenvolvem uma galáxia multilíngüe na qual o português se destaca pela presença do Brasil (até agora, quando Angola e Moçambique crescerem o impacto será maior).

Essa muitos brasileiros desconhecem, que é a defesa da diversidade lingüística no Brasil: existem 3.500 escola bilíngües freqüentadas por 200 mil índios. A preservação e manutenção das línguas de minorias é um fator essencial de desenvolvimento humano. Imaginem o quanto poderíamos ter da nossa alma cariri se não tivessem apagado a língua entre nós.

Em todos os projetos da CPLP através do IILP existe o estímulo à manutenção das línguas crioulas e dos povos regionais, seja no Timor, em África ou até mesmo na Espanha como o caso do galego. A CPLP está se tornando uma referência estratégica lentamente.

A institucionalização da língua portuguesa através dos países que a falam se tornou uma referência de estímulo ao uso da língua em outras regiões. Hoje o Português é língua oficial nas organizações de Nações: na ONU já é parte e em mais cinco blocos regionais de países - União Européia, Mercosul, Cedeao, CEAC, SADC e futuramente pode ser ainda língua oficial da Asean, quando Timor deixar de ser observador e se tornar membro pleno.

A Ucrânia pediu para ser membro permanente da CPLP para surpresa nossa por que foi, dentro da União Soviética aquela nação responsável pelo português, além, é claro, de existirem 400 mil descendentes de ucraniano no país. Os ucranianos não querem perder este patrimônio lingüístico que aprenderam. Agora mesmo a Guinés Equatorial está entrando na CPLP apesar da língua oficial ser o francês.

Por Lupeu Lacerda


A palavra
nunca é só uma palavra
Nunca come quando diz que é fome
Nunca olha, quando o filme é mudo
Nunca morre, quando a bala é pra outro
A palavra,
nunca é só uma palavra
Nunca arde, quando é sem pimenta
Nunca afoga, quando diz que é choro
Nunca esquece, quando é flor dentro do livro
A palavra,
não morre quando quem fala morre
A palavra só morre
No silêncio do medo
Da primeira e
da última hora

Paçoca deliciosa



* Ingredientes
* 1 pacote de amendoim
* 1 lata de leite condensado
* 1 pacote de bolacha maizena moída


* Modo de Preparo

1. Colocar em um recipiente as bolachas moídas, o amendoim torrado e moído, 3 colheres de água e o leite condensado
2. Mexer bem isto vira uma bolota mesmo, (não vai ao fogo)
3. Aí arrume esta massa em uma travessa sem untar, e vá pressionando bem com uma colher ou com as mãos mesmo
4. Leve à geladeira por 10 minutos
5. Corte em quadradinhos

São "80" - José Nilton Mariano Saraiva

A respeito das investigações que resultaram nos mandatos de prisão do prefeito (do PT) de Senador Pompeu e outras 30 pessoas, conforme divulgado pelo jornal O POVO, desta data, é importante salientar que nada menos que 80 (OITENTA) das 184 prefeituras do Ceará já contrataram os serviços das empresas envolvidas no esquema de corrupção do empresário Raimundo Morais Filho, que fraudava licitações (estando, portanto, admitam ou não, “na mira do Ministério Público”).
Nada menos que 12 (doze) partidos estão representados-envolvidos, e a trinca PSDB (21), PMDB (14) e PRB (13) representam exatas 60% das prefeituras envolvidas.
A lamentar que a prefeitura do Crato (PSDB) conste de tal lista (sem que isso implique qualquer julgamento de valor).
Vejam a relação (partido/número de prefeituras):

PSDB - 21
PMDB - 14
PRB - 13
PT - 08
PSB - 06
PP - 06
PTB - 04
PR - 03
PC DO B - 02
PPS - 01
PHS - 01
PSC - 01
TOTAL - 80

Adivinha


Hortelina já havia disparado todos os tiros da macaca, já não mais havia projéteis na cartucheira. Só projetos. Mesmo assim, solteirona de longo curso, via seu sonho de casamento de vela na mão , na UTI. Até que lhe foram aparecendo pretendentes enquanto o fulgor da juventude ainda rescendia seu perfume de jasmim. Sistemática, Hortelina escolheu demais. Queria um par perfeito, um homem desses que não existem nem nos livros de ficção: bonito, rico, fiel, eterno, inteligente, elegante, educado. As amigas já lhe vinham alertando que ela precisava fazer um upgrade na folha de exigências: hoje até Homem mesmo, sem nenhum outro atributo, estava difícil de achar. Hortelina, no entanto, insistiu nos critérios rigorosos e ali estava varando a quarta década, sem a menor expectativa de ter seu sonho realizado. Mantinha, na capa, um certo ar de dignidade e placidez, uma tentativa inalcançável de mimetizar o desespero que lhe roia a alma.
Talvez tenha sido por isso mesmo que na última noite de São João caprichou no figurino. Caracterizada para a festa, desdobrou-se nas adivinhas. Tomou umas cinco colegas mais distantes, com quem se indispusera anteriormente, como comadres de fogueira. Enquanto os balões corriam pelos céus, sob o ribombar das bombas e dos rojões, enfiou uma faca virgem na bananeira do quintal. Colocou o nome de vários possíveis e desejados pretendentes em pedacinhos de papel, os enrolou e mergulhou numa vasilha com água, próximo à fogueira, voltou após a meia noite. Esperava que um dos papelitos desenrolasse o que indicaria o nome do futuro consorte. Para sua surpresa , na volta, todos estavam intactos e fechados. O desapontamento inicial, no entanto, foi minorado logo depois. Hortelina atou um anel a um fio de cabelo e equilibrou-o dentro de um copo meio d´água. O anel bateu apenas uma vez na superfície do copo, indicando casamento próximo: em um ano. À tardinha já tinha colocado uma clara de ovo em um outro copo d´água , coberto cuidadosamente com um lenço branco e uma tesoura aberta em forma de cruz. Observou o copo ao varar a meia noite: no fundo formara-se a imagem indiscutível de um navio. As amigas sorriram e confirmaram : viagem próxima. Quem sabe de luz de mel?
Hortelina dançou a quadrilha com um sorriso indisfarçável no rosto.À beira da fogueira ainda tentou ver o rosto refletido na bacia, mas não deu nenhuma importância ao fato de não ter conseguido. As outras profecias mais favoráveis já lhe bastavam. Até se arriscou um pouco mais na batidinha e ficou loquaz, como macananã em roça de milho verde. Pela manhã, arrancou com cuidado a faca da bananeira e lá estava a letra do nome do futuro noivo estampada pelos poderes de São João : “W”. Pensou, pensou, mas não lembrou de nenhum paquera conhecido que se chamasse Washington, Wanderley, Wellington. Deve ser algum arrivista, algum representante comercial que chegará pela cidade nos próximos dias, pensou Hortelina com seu califón.
Os meses se passaram e nada de se concretizarem as profecias. Um belo dia Hortelina , sem mais nem menos, apareceu com uma dor de cabeça súbita e que piorou em poucas horas. No velório disseram ter sido um tal de aneurisma cerebral. As amigas inconsoláveis não entendiam as falhas proféticas de São João: teria comemorado demais no próprio aniversário? Depois começaram a fechar o firo. Hortelina não vira a imagem refletida no espelho: sinal de que aquele era o última festa junina. A clara do ovo mostrara um navio, indicando viagem e nossa solteirona acabara de empreender uma gigantesca: com passagem apenas de ida. O anel , no entanto ,indicara casamento em um ano e a bananeira até apontara que o noivo teria o nome começado por “W” . Onde estava o furo profético? Uma comadre de fogueira foi quem desvendou o enigma. Hortelina tinha olhado a faca ao contrário e virá “W” ao invés de “M”. Seu noivo chegara a tempo e se chamava Morte: bonito, elegante,fiel e principalmente eterno. O noivo que Hortelina sonhara durante toda a vida chegara súbito e apaixonado montado no seu cavalo selvagem.
J. Flávio Vieira

De manhã - por Everardo Norões


a cafeteira
me dá bom-dia
com seu gesto de prata.
digo a mim mesmo :
acorda !
levanta-te e anda !
sofre
a alegria vã
das árvores tardias,
dos morangos que lançam
os frutos maduros das imbaúbas
sobre os telhados.
olha em torno:
o verde indiferente,
a música fechada no piano,
a pequena formiga
e suas passadas,
a suportar
o grão de açúcar
desse Universo !

AFINIDADE - por Rosa Guerrera



Não é o mais brilhante,
mas é o mais sútil, delicado e penetrante dos sentimentos.
Afinidade é não haver tempo mediante a vida.
É a vitória do subjetivo sobre o objetivo,
do permanente sobre o passageiro.
Ter afinidade é muito raro,
mas quando ela existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Ela existia antes do conhecimento nos dias de hoje , pois vem de outros encontros no passado.
Afinidade é receber o que vem de dentro com uma aceitação anterior ao entendimento.
Afinidade é retomar a relação no tempo em que parou.
Porque o tempo e a separação nunca existiram.
Foi apenas a oportunidade dada pelo tempo para que a maturação pudesse ocorrer
e que cada pessoa pudesse crescer cada vez mais.

Michael Jackson - por Rosa Guerrera


Michael Joseph Jackson (Gary, 29 de agosto de 1958 — Los Angeles, 25 de junho de 2009) foi um famoso cantor, compositor, dançarino, multiinstrumentista e produtor norte-americano.

O PRODÍGIO MICHAEL JACKSON

Michael Joseph Jackson,nasceu no dia 29 de agosto de 1958 Indiana - EUA), mais conhecido como Michael Jackson se tornou o maior artista de todos os tempos.Considerado o Rei do Pop, atingiu o recorde de vendas de 750 milhões de albuns de seus sucessos musicais no mundo .Homenageado como maior revolucionador do videoclipe e da dança Michael Jackson além de cantor, foi compositor, ator, empresário e dançarino . Desde pequeno, Michael conquistava o mundo, juntamente com seus irmãos, no grupo The Jackson 5. se tornando vocalista do grupo ao completar 5 anos de idade, mas foi em 1979 que ele se lançou de vez em carreira solo com o album “ Off the wall”tendo vendido então cerca de 20 milhões de cópias . Considerado também como o menino que encantou o mundo , Michael Jackson teve uma vida conturbada entre aplausos e problemas particulares com a Justiça e com a saúde . Em 1985 Michael compôs “We Are The World”, um hino da solidariedade, num projeto cujo objetivo era fazer doações para as crianças africanas, gesto que marcou o mundo e que jamais será esquecido .Foi o único artista capaz de combinar o Pop, o Rock e o Funk de maneira tão especial que tudo nele transpirava carisma .
Recentemente Michael Jackson anunciou sua volta aos palcos após quase uma década parado, com a série de shows ‘This is It’, que incluia 50 concertos em Londres. E incrivelmente, todos os 1 milhão de ingressos disponíveis foram vendidos em algumas horas, um marco nunca ocorrido antes na história do showbiss.Também um novo álbum estava sendo aguardado ainda este ano para o deleite de seus inúmeros fãs..
A morte no entanto ceifou a carreira do menino prodígio ! Michael Jackson abandonou  em 25 de junho de 2009 ,de vez , os palcos da vida, deixando surpreso e triste o mundo que tanto o aplaudiu, homenageou , criticou,mas que soube reverenciar o seu sucesso e a sua rápida trajetória .Suas músicas, seus clips, suas danças no entanto jamais morrerão , e se em muitos corações ficarão saudades , no mundo musical ficará para sempre um nome : MICHAEL JACKSON .

I Encontro Nordestino Ciência e Espiritualidade - TEXTO RETIRADO DA INTERNET

Publicado em Quinta, 23 Junho 2011 19:07
Escrito por RETRANS

(http://www.orion.med.br/index.php/transpessoalidade/retrans/1383-i-encontro-nordestino-ciencia-e-espiritualidade)

Psique e Transpessoalidade

A cada dia a Ciência moderna elabora novas experiências, demonstrações e pressupostos, e cada vez mais um número maior de físicos, bioquímicos, neurocientistas, psiconeuroimunologistas, matemáticos, educadores, médicos, psicólogos e psicoterapeutas, além de outros profissionais e estudiosos, vêm participando dessas elaborações.

Para tanto, conceitos chaves que envolvem ressonâncias, teorias de campo, relações, interconexões e padrões em Rede têm sido demonstrados, tendo no conceito de energia e de “cons-ciência” um elo de ligação comum, culminando para uma percepção cada vez mais ampla do humano e do “uni-verso”, formatando matrizes que fundamentam o “re-ligare” do Ser em sua multidimensionalidade bio-psico-social, cósmica e espiritual.
Resgatar a unidade fundamental do humano, indo além da separatividade, e promover o “re-ligare” do Ser consigo mesmo e com o “uni-verso” que o cerca, envolve um olhar acerca da experiência humana profundamente ético e construtivo, fundamentado nas mais modernas teorias e pressupostos científicos, que “re-estabelecem” toda uma Ecologia do Ser / “cons-ciência” – elementos da teoria e da prática em Psicologia Transpessoal.

Surgida nos anos 60 e considerada a Quarta Força na Psicologia, após o Comportamentalismo, a Psicanálise e as Abordagens Humanistas, a Psicologia Transpessoal: "é o estudo científico e empírico dos vários níveis ou estados da consciência e suas relações com nossa percepção da realidade, crenças, valores e ações (...)

A Psicologia Transpessoal engloba os aspectos do desenvolvimento psíquico já estabelecido pela Psicologia Clássica, ampliando-os, concebendo a realidade em níveis ampliados de consciência, refletindo uma gama de experiências e de possibilidades do Universo da experiência humana” (Saldanha, 1997), o que a faz profundamente científica e espiritual em sua busca pela integração e totalidade.
A Psicologia Transpessoal surge em um momento de transição e integração do saber, em uma nova etapa da ciência e da consciência humana. Como cientistas e estudiosos que somos, “é necessário que estejamos abertos a todas as possibilidades e manifestações da mente que muito antes de pertencer a uma ou outra escola psicológica, ou de ser propriedade de uma religião instituída, são, acima de tudo, questões do homem no planeta terra” (Saldanha, 1997).

Nesse sentido, a Rede Nordestina de Psicologia e Psicoterapia Transpessoal veio, através do I Encontro Nordestino Ciência e Espiritualidade, buscar o incremento à atividade científica em Psicologia e Psicoterapia Transpessoal, junto a profissionais, estudantes e o público em geral, na busca de criar espaços de trocas e re-encontros possíveis, contribuindo ao aperfeiçoamento profissional, divulgação ética e coerente da Psicologia Transpessoal, geração de novas oportunidades, discussões teóricas e de aperfeiçoamento do sentido de comunidade e re-integração entre as pessoas envolvidas, incluindo, também, o público em geral interessado em Ciência e Espiritualidade. Para tanto, percebeu-se no tema Psique e Transpessoalidade o retrato atual de nossas buscas.

Portanto, tecer alguns fios de conexões que sustentam a Rede de relações entre psique (alma) e transpessoalidade (dimensão além / através / por entre o “eu pessoal”) parece uma proposta possível para o I Encontro Nordestino Ciência e Espiritualidade.

O Encontro, realizado no Hotel Porto d’Aldeia, um dos mais bonitos, amplos e aconchegantes da capital Cearense, situado em regiões de dunas em torno de uma vista panorâmica, ao longo do litoral, teve a seguinte programação:

Sexta-Feira, 22 de outubro de 2004
07:30h – 08:00h – CREDENCIAMENTO
08:00h – 10:00h – MINI-CURSOS 1, 2 e 3 (MC1, MC2 e MC3) e Vivência 1 (V1)
Sala 1 - MC1: O que é Psicologia Transpessoal - Vera Saldanha (Psicóloga – SP)
Sala 2 - MC2: Meditação: um Estado de Consciência - Cláudio Azevedo (Médico - CE)
Sala 3 - MC3: Experiência Somática na Cura dos Traumas - Sônia Gomes (Psicóloga - RJ)
Sala 4 - V1: Re-vivendo a Escolha: Um Caminho pelo Coração - Paula Guimarães (Pedagoga-CE)
10:00h – 10:30h – INTERVALO
10:30h – 12:30h – MINI-CURSOS 1, 2 e 3 (CONTINUAÇÃO) e Vivências 2 e 3 (V2 e V3)
Sala 4 - V2: Sonhos e Transpessoalidade - Jane Eyre de Melo (Filósofa e Psicóloga - CE)
Luxor Hall - V3: Resgatando as Memórias Sagradas do Corpo - Luiza Helena de Paula (Psic..-CE)
12:30h – 14:00h – ALMOÇO
13:00h – 14:00h – CREDENCIAMENTO
14:00h - 18:30h - II ENCONTRO DA RETRANS
14:00h – 16:00h – MINI-CURSOS 4, 5 e 6 (MC4, MC5 e MC6) e Vivências 4 e 5 (V4 e V5)
Sala 1 - MC4: Corporificando à Consciência - Odelívia Costa (Psicóloga - CE)
Sala 2 - MC5: A Espiritualidade Essencial: as Sete Práticas Centrais para Despertar Coração e Mente - Aurino Lima (Psicólogo - PE)
Sala 3 - MC6: Mandala: Um Caminho de Autoconhecimento - Débora Diógenes (Psicóloga - RN)
Sala 4 - V4: Arte, Arteterapia e Transpessoalidade - Cristiana Moura (Psicóloga - CE)
Luxor Hall - V5: Cuidadoteca: Cuidando do Corpo com Consciência - Teresa Mariotti (Enferm. - BA)
16:00h – 16:30h – INTERVALO
16:30h – 18:30h – MINI-CURSOS: 4,5 e 6 (CONTINUAÇÃO) e Vivência 6 (V6)
Sala 4 - V6: Desatando Nós – Criando Laços: Uma Busca do Ser - Berilana Cavalcante (Psic.- CE)
18:00h – 19:30h – CREDENCIAMENTO
19:30h – 20:00h – CERIMÔNIA DE ABERTURA (AUDITÓRIO CENTRAL)
20:00h – 21:00h – CONFERÊNCIA DE ABERTURA: “Psique e Transpessoalidade”: Vera Saldanha (Psicóloga – SP)
21:00 - 22:00h – COQUETEL/ APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA
Sábado, 23 de outubro de 2004
07:30h – 08:00h - CREDENCIAMENTO
08:00h – 10:00h – Quatro Apresentações de Temas livres por Eixos Temáticos (ET) e Vivências 7 e 8 (V7 e V8)
Sala 1 - ET1: Práticas em Psicoterapia Transpessoal. Coordenação: Vera Saldanha (Psicóloga - SP)
Sala 2 - ET2: Transpessoalidade e Responsabilidade Social. Coordenação: Marlos Bezerra (Psicólogo - RN)
Sala 3 - ET3: Relatos de Casos Clínicos. Coordenação: Aurino Lima (Psicólogo - PE)
Sala 4 - V7: O Caminho da Autotransformação - Fátima Macêdo (Enfermeira - BA)
Luxor Hall - V8: O Eterno Florescer da Vida: O Re-encontro de Perséfone e Deméter - Betânia Moura (CE)
10:00h – 10:30h – INTERVALO
10:30h – 12:30h – MESA REDONDA 1 (MR1) e Vivência 9 (V9)
Auditório - MR1: “Ciência e Espiritualidade: A Cons-ciência da Re-conexão no Novo Paradigma”
Moderador: Marlos Bezerra (Psicólogo - RN)
1. A Física Quântica e as Tradições Sapienciais - Cláudio Azevedo (Médico - CE)
2. A Multidimensionalidade do Ser - Vera Saldanha (Psicóloga - SP)
3. Ciência e Espiritualidade - Aurino Lima (Psicólogo - PE)
Salas 1 e 2 - V9: Lidando com a Morte e Melhorando a Qualidade de Vida - Salete Menezes (Psicóloga - PE)
12:30h – 14:00h – ALMOÇO
14:00h – 16:00h – Quatro Apresentações de Temas livres por Eixos Temáticos (ET), Mesa Redonda 2 (MR2) e Vivência 10 (V10)
Sala 1 - ET4: Investigação Acadêmica em Espiritualidade. Coordenação: Francisco Cavalcante Júnior (Psicólogo - CE)
Sala 2 - ET5: A Educação do Ser e a Espiritualidade. Coordenação: Fátima Limaverde (Pedagoga - CE)
Sala 3 - ET6: Diversidades em Transpessoalidade. Coordenação: Jane Eyre de Melo (Filósofa e Psicóloga - CE)
Auditório - MR2: “Corpo e Mente: Uma Visão Transpessoal”
Moderador: Luiza Helena de Paula (Psicóloga - CE)
1. A Dimensão Corporal na Re-conexão com a Espiritualidade do Ser - Oderlívia Costa (Psic.- CE)
2. Os Registros Corporais no Trauma - Sheila Bispo (Psicóloga - RJ)
3. Psique e Espiritualidade - Delzilene Macedo (Médica - CE)
Sala 4 - V10: Centros de Força: Vivenciando a Vitalidade Fís., Emoc. e Espirit.-Sarita Cesana (Psicóloga - RN)
16:00h – 16:30h – INTERVALO
16:30h – 18:30h – MESA REDONDA 3 (MR3) e Vivências 11 e 12 (V11 e V12)
Auditório - MR3: “A Pesquisa Científica: Os Novos Paradigmas e a Espiritualidade”
Moderador: Francisco Cavalcante Júnior (Psicólogo - CE)
1. A Bioenergia Celular e a Medicina Ortomolecular - Dary Alves (Médico - CE)
2. Medicina e Espiritualidade - Eliane Oliveira (Médica - CE)
3. Personalidade, Bem-estar e Espiritualidade - Gisneide Nunes (Psicóloga - CE)
Luxor Hall - V11: Biodança e a Sacralização da Vida - Ruth Cavalcante (Psicopedagoga - CE) e Cássia Regina (CE)
Salas 1 e 2 - V12: Resgatando o Feminino pelo Caminho das Deusas - Ligia Canalles (Psic.- PE)
19:30h – 21:30h – PROGRAMAÇÃO DE INTEGRAÇÃO – APRESENTAÇÃO CULTURAL
Domingo, 24 de outubro de 2004
08:00h – 10:00h – MESA REDONDA 4 (MR4)
Auditório - MR4: “Doença e Cura: Uma Visão Transpessoal”
Moderador: Eduardo de Almeida (Psicólogo - CE)
1. O Sagrado na Cura do Ser - Expedito Braga (Psicólogo - BA)
2. O Autoconhecimento na Descoberta do Ser - Fátima Macedo (Enfermeira - BA)
3. A Experiência da Morte no Processo de Cura - Salete Menezes (Psicóloga - PE)
10:00h – 10:30h – INTERVALO
10:30h – 12:30h – MESA REDONDA 5 (MR5)
Auditório - MR5: “A Transdisciplinaridade na Ecologia do Ser”
Moderador: João Vicente (Psicólogo - CE)
1. Compreendendo a Transdisciplinaridade - Clerton Martins (Historiador - CE)
2. O Ser na Transdisciplinaridade - Maria do Socorro Sousa (Pedagoga - CE)
3. A Promoção da Paz e a Ecologia do Ser - Fátima Tavares (Psicóloga - RN)
12:30h – 13:00h – ENCERRAMENTO

________________________________________
DIAGRAMA GERAL DA PROGRAMAÇÃO
Horário (h) Dia 22
(Sexta – feira) Dia 23
(Sábado) Dia24
(Domingo)
S.1 S.2 S.3 S.4 Luxor Hall S.1 S.2 S.3 S.4 Aud. Luxor Hall Aud.
08:00 - 10:00 MC1 MC2 MC3 V1
TL 1, 2, 3 e 4 TL
5, 6, 7 e 8 TL
9, 10, 11 e 12 V7 V8 MR4
10:00 - 10:30 I N T E R V A L O

10:30 - 12:30
MC1
MC2
MC3
V2
V3
V9
V9
_
_
MR1
MR5
Encerramento
14:00 - 16:00 MC4 MC5 MC6 V4 V5 TL
13, 14, 15 e 16 TL
17, 18 19 e 20 TL
21, 22, 23 e 24 V10 MR2

16:00 - 16:30 I N T E R V A L O
16:30 - 18:30 MC4 MC5 MC6 V6
V12 V12 _ _ MR3 V11 _
19:30 _ 20:30 _ _ _ _ Conf. Abertura Programação Cultural
_
20:30 _ 22:00 Coquetel / Apresentação Artística _

 M.C.: Mini Curso (total:06) / V: Vivência (total:12) / Int.: Intervalo / Conf. Abertura: Conferência de Abertura / T.L.: Tema Livre (total: 24) / M.R.: Mesa Redonda (total: 05)
 Enc Rede:* Encontro da Rede Nordestina de Psicologia e Psicoterapia Transpessoal : Em espaço a ser definido.
 MC1: O que é Psicologia Transpessoal — Vera Saldanha (Psicóloga – SP)
 MC2: Meditação: um Estado de Consciência — Cláudio Azevedo (Médico - CE)
 MC3: Experiência Somática na Cura dos Traumas — Sheila Bispo (Psicóloga - RJ)
 MC4: Corporificando à Consciência — Oderlívia Costa (Psicóloga - CE)
 MC5: A Espiritualidade Essencial: as Sete Práticas Centrais para Despertar Coração e Mente— Aurino Lima (Psicólogo - PE)
 MC6: Mandala: Um caminho de Auto Conhecimento — Débora Diógenes (Psicóloga - RN)
 V1: Centro de Força: Vivenciando a Vitalidade Física, Emocional e Espiritual — Sarita Cesana (RN)
 V2: Sonhos e Transpessoalidade — Jane Eyre de Melo (CE)
 V3: Resgatando as Memórias Sagradas do Corpo — Luiza Helena de Paula (CE)
 V4: Arte, Arteterapia e Transpessoalidade — Cristiana Moura (CE)
 V5: Cuidadoteca: Cuidando do Corpo com Consciência — Teresa Mariotti (BA)
 V6: Desatando Nós – Criando Laços: Uma Busca do Ser — Berilana Cavalcante (CE)
 V7: O Caminho da Autotransformação — Fátima Macêdo (CE)
 V8: O Eterno Florescer da Vida: O Re-encontro de Perséfone e Deméter — Betânia Moura CE)
 V9: Lidando com a Morte e Melhorando a Qualidade de Vida — Salete Menezes (PE)
 V10: Re-vivendo a Escolha: Um Caminho pelo Coração — Paula Guimarães (CE)
 V11: Biodança e a sacralização da Vida — Ruth Cavalcante e Cássia Regina (CE)
 V12: Resgatando o Feminino pelo Caminho das Deusas – Ligia Canalles (PE)

O BRASL MUDOU






Início dos anos 80 fui com meu pai visitar uma fazenda no município de Potengi. Nesta ocasião, meu Tio, Miguel Arraes, chegado há pouco do exílio e ainda sem mandato, aceitou convite para nos acompanhar. Lá chegando, a notícia da presença de um político se espalhou pela vizinhança com velocidade incrível, considerando que não havia telefone e o celular nem sequer inventado. Antes do meio dia um pequeno ajuntamento (umas 15 pessoas) formava um círculo em volta dos visitantes.
Dois chefes de família mais afoitos se dirigiram ao Dr. Arraes como se ele fosse político com influência no Ceará e formularam pedidos:
- O primeiro solicitou interferência para ingressar na frente de emergência contra a seca criada há pouco, sob o argumento que precisava do meio salário mínimo pago aos contratados.
- O outro pediu um cartão para matricular uma filha no ginásio da cidade, pois só obtinha vaga quem se apresentasse com “pistolão”.
Os dois pedidos feitos com naturalidade espantosa chocaram o futuro governador de Pernambuco levando-o comentar o absurdo a que o pais tinha chegado. Para conseguir direitos básicos a população tinha que se humilhar e pedir aos mandatários como se fosse um favor.
Este ano acompanhei minha mãe em viagem a mesma Fazenda. Em termos de educação, testemunhei quadro muito diferente. Veículo da prefeitura chega cedo para deixar a professora do ensino básico (A sala de aula é em um dos cômodos da casa) e levar os alunos que frequentam os cursos de níveis intermediários. Todos ganham fardamento, livros, cadernos e lápis. Além disto, as mães recebem uma mesada de incentivo caso os filhos não faltem às aulas.
Lembrei-me do pedido do primeiro cidadão, o da frente de emergência. Perguntei aos moradores por elas. A resposta foi que o ano não foi de seca e esclareceram que há anos a “emergência” não mais existe. As políticas compensatórias do governo (bolsa família, bolsa escola, etc) permitem que os sertanejos sobrevivam mesmo quando a produção é prejudicada pelo mau tempo. E ainda ouço pessoas dizerem que o Brasil não melhorou...

GASTÃO FORMENTI - por Norma Hauer


QUADROS MUSICAIS DE GASTÃO FORMENTI

Foi no dia 24 de junho de 1894 que nasceu, em Guaratinguetá o cantor e pintor GASTÃO FORMENTI.
Indo residir em São Paulo, começou como artista plástico, antes de se dedicar ao canto.
Gravou, então seu primeiro disco com "Boca Pintada" e "Sabiá Mimoso", que não fizeram sucesso.
No final dos anos 20 teve várias gravações e em 1931 lançou dois grandes sucessos, ambos e Joubert de Carvalho e Olegário Mariano: o cateretê "De Papo P'ro Ar" e a valsa "Zíngara".

DE PAPO P’RO AR

Não quero outra vida,
Pescando no rio de jereré
Tem peixe bom tem siri patola, de “dá com o pé.”..
Quando no celeiro
Faz noite de “luá”
E vem a “sodade”
Me “atormmentá”
Eu me vingo dela
Tocando viola de papo pro ar.

No ano seguinte a canção "Maringá", de Joubert de Carvalho e a modinha "Meu Sofrer" , de Noel Rosa e Henrique Brito foram dois grandes sucessos, abrindo as portas para muitos outros, como "Na Serra da Mantiqueira" ;"Tu És a Única"; "Casa de Caboclo"; "Minha Paioça"; "Retalhos D'Alma"; Sussuarana; "Sapo Sururu"...

Houve uma valsa de nome "Ramona" gravada por Gastão Formenti nos fins dos anos 20 que foi considerada como dando azar. Diziam que quem a ouvisse se suicidaria . E afirmavam na época, que várias pessoas se suicidaram exatamente por causa dessa valsa.

Gastão Formenti gravou mais de duzentas músicas e, já nos anos 50, passou a dedicar-se somente à pintura.

Exatamente , no fim dos anos 50 a gravadora RCA Victor, lançou um LP com sucessos de Formenti, dando-lhe o título de "Quadros Musicais".

Há em Copacabana, na Rua Ministro Viveiros de Castro um edifício de nome "Orania", que possui um grande vitral de Gastão Formenti.

Gastão Formenti faleceu em 28 de maio de 1974 sem completar 80 anos, em seu "inferno Zodiacal". 

Norma

Um depoimento amoroso - por Carlos Eduardo Esmeraldo


Minha mãe costumava dizer:: “casa o teu filho com a filha do teu vizinho.” Casei com a filha do meu dentista. Conheci Magali ainda criança. Aos doze anos de idade, comecei a notar que ela tinha uma beleza que me chamava à atenção, além de uma acentuada meiguice, destacada pela bela e entoada voz quando cantava. Talvez já desejasse tê-la como minha mulher, doce companheira por essas estradas da vida. Já se foram 36 anos de vida a dois, um "breve piscar de um relâmpago". Nesse brevíssimo tempo, crescemos mutuamente. Magali é de uma personalidade muito autêntica e tem elevado poder de discernimento. Sabe como ninguém respeitar o outro, independente de sua condição social. Tem um elevado senso de justiça e preocupação pelos excluídos da sociedade. Todos quantos dela se aproximam, sentem como eu, a grandeza de sua alma e a profundidade de seu caráter. Nossos filhos herdaram dela a inteligência e o saber aceitar o ser humano, com virtudes e defeitos. E eu muito tenho aprendido a amar como ela.

Justiça monárquica ou poliárquica? José do Vale Pinheiro Feitosa

Justiça não desce de Deus. É a mais humana das manifestações a atividade de criar normas da vida em sociedade. A Justiça, com todos os seus ritos, panteões e outros louros mais não é no Olimpo que se encontra. A Justiça se encontra ao rés do chão onde as batalhas da vida acontecem.

Ao rés do chão, na horizontalidade dos músculos e das caretas, das posses e da falta destas que a justiça é escrita e aplicada. Por isso mesmo na concepção da República Moderna o poder é constituído: por quem cria a lei, quem aplica a lei e quem a obedece. Seja o Rei (Rainha) ou Presidente (Presidenta), Primeiro Ministro (Ministra), sejam inclusive quem cria a lei por poder de representação do povo.

Dos regimes existentes nos países atuais muito se pode dizer. Existem monarquias corruptas (no sentido do direito dos povos) até a medula, existem repúblicas em iguais condições, como existem sociedades com rápido progresso e muito autoritária e outras com não tanto progresso e bem liberal. Existem monarquias para todos os gostos, inclusive para manter o mito nacional. Existem Repúblicas presidencialistas e parlamentaristas, e existem monarquias parlamentaristas e outras meramente de faz de conta.

Mas voltando mesmo à justiça. Quando se diz que existe justiça em Berlim, historicamente se diz que o poder feudal havia cedido para o poder da urbe. A terra já não tinha o poder de moderar e de induzir normas, agora o poder estava nas cidades e toda a tentativa de negar isso se reduzia a uma volta individual, a um passado fantasioso, como o exemplo citado por Emerson Monteiro.

Outra questão é da tradição de escrever as normas ao rés do chão. Nos países anglo-saxões, como o da rainha da Inglaterra e do Presidente Obama não se constitui as leis como, por exemplo, nos países constitucionalistas. A justiça inglesa não tem uma Constituição inscrita que defina o amplo aspecto dos direitos. Os ingleses têm um Bill of Rigths que flexibiliza a justiça através de decisões anteriores e que nunca se baseiam em marcos explícitos como numa Constituição.

Entre uma situação e outra não se apaga a natureza desigual de acesso, dinheiro e poder das pessoas face a face, ao rés do chão. A diferença é que simultâneo à “miséria” da solidão do indivíduo desigual, existe uma sociedade de massa desde as Revoluções Inglesa, Americana e Francesa que deu baliza para o poder monárquico seja em que cadeira se encontre.




Por João Nicodemos


O Erotismo Poético de Gilka Machado - Colaboração de Corujinha baiana



Gilka da Costa de Melo Machado (Rio de Janeiro RJ 1893 - idem 1980). Publicou seu primeiro livro de poesia, Cristais Partidos, em 1915.
Na época, já era casada com o poeta Rodolfo de Melo Machado. No ano seguinte, ocorreu a publicação de sua conferência A Revelação dos Perfumes, no Rio de Janeiro. Em 1917 saiu Estados de Alma; seguiram-se Poesias, 1915/1917 (1918); Mulher Nua (1922), O Grande Amor (1928), Meu Glorioso Pecado (1928), Carne e Alma (1931).
Em 1932 foi publicada em Cochabamba, na Bolívia, a antologia Sonetos y Poemas de Gilka Machado, prefaciada por Antonio Capdeville. Em 1933, Gilka foi eleita "a maior poetisa do Brasil", por concurso da revista O Malho, do Rio de Janeiro.
Foram lançadas, nas décadas seguintes, suas obras poéticas Sublimação (1938), Meu Rosto (1947), Velha Poesia (1968). Suas Poesias Completas foram editadas em 1978, com reedição em 1991. Poeta simbolista, Gilka Machado produziu versos considerados escandalosos no começo do século XX, por seu marcante erotismo.
Para o crítico Péricles Eugênio da Silva Ramos, ela foi a maior figura feminina de nosso Simbolismo,em cuja ortodoxia se encaixa com seus dois livros capitais, Cristais Partidos e Estados de Alma?
Biografia: http://www.itaucultural.org.br/

Livros: Cristais partidos (1915), Estados da alma (1917), Poesias (1918), Mulher nua (1922), Meu glorioso pecado: amores que mentiram, que passaram o grande amor (1928), Sublimação (1918).

LÉPIDA E LEVE

Lépida e leve
em teu labor que, de expressões à míngua,
o verso não descreve...
Lépida e leve,
Guardas, ó língua, em teu labor,
gostos de afago e afagos de sabor.

És tão mansa e macia,
que teu nome a ti mesma acaricia,
que teu nome por ti roça, flexuosamente,
como rítmica serpente,
e se faz menos ruído,
o vocábulo, ao teu contato de veludo.

Dominadora do desejo humano,
Estatuária da palavra,
ódio, paixão, mentira, desengano,
por ti que incêndio no Universo lavra!...
És o réptil que voa,
o divino pecado
que as asas musicais, às vezes , solta, à toa,
e que a Terra povoa e despovoa,
quando é de seu agrado.

Sol dos ouvidos, sabiá de tato,
ó língua-idéia, ó língua-sensação ,
em que olvido insensato,
em que tolo recato,
te hão deixado o louvor, a exaltação!

- Tu que irradiar pudeste os mais formosos poemas!
- Tu que orquestrar soubeste as carícias supremas!
Dás corpo ao beijo, dás antera à boca, és um tateio de alucinação,
és o elastério da alma... Ó minha louca
língua, do meu Amor penetra a boca,
passa-lhe em todo senso tua mão,
enche-o de mim, deixa-me oca...
- Tenho certeza, minha louca,
de lhe dar a morder em ti meu coração!...

Língua do meu Amor velosa e doce,
que me convences de que sou frase,
que me contorrnas, que me vestes quase,
como se o corpo meu de ti vindo me fosse.
Língua que me cativas, que me enleias
os surtos de ave estranha,
em linhas longas de invisíveis teias,
de que és, há tanto, habilidosa aranha...

Língua-lâmina, língua-labareda,
Língua-linfa, coleando, em deslizes de seda...
Força inferia e divina
faz com que o bem e o mal resumas,
língua-cáustica, língua-cocaína,
língua de mel, língua de plumas?...

Amo-te as sugestões gloriosas e funestas,
amo-te como todas as mulheres
te amam, ó língua-lama, ó língua-resplendor,
pela carne de som que à idéia emprestas
e pelas frases mudas que proferes
nos silêncios de Amor!...

O leitor e a bibliotecária - por Ronaldo Correia de Brito


Na cidade do Crato, no Ceará, onde vivi parte da infância e adolescência, havia uma biblioteca municipal. Ou seria diocesana? Também não sei aonde foi parar o acervo que marcou tão profundamente minha meninice pobre de livros. O prédio da biblioteca não existe mais; no local funcionam um bar e lojas de bugigangas. Embora o acervo literário fosse deplorável, quase todo formado por livros católicos mal impressos e muito velhos, acho que a troca de uma biblioteca por um comércio nunca é feliz. Já existem bares em excesso nas cidades brasileiras.

Imagino que sou a única pessoa do mundo que leu a coleção Grandes Romances do Cristianismo, de que fazem parte títulos como Perseguidores e Mártires, Quo Vadis?, Otávio, Papai Falot, Ben-Hur, Os últimos dias de Pompéia, Os noivos e por aí afora. Na falta de livros melhores, eu mergulhava nessas narrativas lacrimosas, escritas para arrebanhar os espíritos rebeldes, transformando-os em almas piedosas. Afora esses livros exemplares, havia a biblioteca de um primo, com a melhor literatura universal: só que todos eles estavam parcialmente devorados pelos cupins e pelas traças. Dessa maneira, minha formação ficou cheia de hiatos. Nela, faltam muitas páginas, capítulos inteiros, começos, meios e fins.

Não sei por arte de que nigromante os insetos não comeram uma única página, uma lombada sequer, nem mesmo o parágrafo mais insignificante das obras completas de Machado de Assis, José de Alencar e das crônicas de Humberto de Campos. Dessa forma, até os quinze anos eu já lera todos esses respeitáveis senhores, de cabo a rabo, tão bem lido que nunca mais voltei a eles. Minto: jamais consegui atravessar Guerra dos Mascates, do meu conterrâneo cearense, e sempre releio os contos de Machado. Humberto de Campos, confirmando a transitoriedade do sucesso, anda esquecido. Ninguém lembra que ele foi o autor brasileiro mais lido há algumas décadas, um fenômeno nacional parecido com Paulo Coelho. Sem a auto-ajuda, claro.

A Biblioteca Municipal era pouco freqüentada e a bibliotecária passava a maior parte do tempo fazendo crochê ou rezando num terço de contas azuis e brancas. Creio que o seu interesse pela leitura não foi além das orelhas e prefácios. Dessa forma, ela construiu um conhecimento de superfície sobre o pequeno acervo, quase sempre doado, o que me leva a supor que se tratava de refugo, aquilo que as pessoas têm em casa e não apreciam. Nunca tive notícia de uma aquisição feita pela prefeitura da cidade, da compra de um pacote de bons livros. Quando completei catorze anos, deixaram que eu tivesse acesso à biblioteca da Faculdade de Filosofia e aí conheci livros melhores.

A bibliotecária pertencia à irmandade das Filhas de Maria, vestia-se de branco no mês de maio e usava uma fita azul no pescoço com uma imagem em prata de Nossa Senhora. Ela sempre me pareceu ingênua, boa e feliz. A necessidade de um emprego colocou-a no lugar de bibliotecária, sem vocação ou preparo para isso. Nossa amizade se deu por eu ser apaixonado pelos livros. A devoção que ela punha nas rezas eu colocava nas leituras. Diante de um menino deslumbrado por objetos de que ela cuidava sem maior convicção, sentia-se tocada. E era sincera quando me apresentava um título que acabara de chegar, uma nova doação. Esse é bom, dizia sem haver lido. Esperando que eu retornasse para a devolução com um resumo da obra e comentários que respeitavam sua fé católica.

Talvez um bibliotecário de grande erudição, culto e arrogante, tivesse me inibido. A bibliotecária modesta, com seu fetiche pelos objetos livros e sua admiração pelo menino leitor, me seduziu para a leitura. Ela me olhava invejosa e seus olhos confessavam: Ah, se eu tivesse coragem de atravessar esses dramas! Mas sua formação católica, de um catolicismo popular e singelo, reprimia vôos e fantasias, mesmo em romances que pareciam inventados por sugestão de Roma.

Quase todas as vezes em que voltava ao Crato, passava em frente à casa da bibliotecária. Nossa conversa não se mantinha por mais de dez minutos. Eu temia que a qualquer momento ela sacasse a sugestão de um novo romance. Mas o catolicismo anda em baixa e livros edificantes de escritores como Paulo Coelho tendem para o ecumenismo e o paganismo. A bibliotecária já não possui biblioteca, nem leitores a quem cativar.

Ela sabia que o menino curioso se tornara médico e escritor. Talvez desejasse ouvir um agradecimento que só agora faço: obrigado pelos livros que você me colocou nas mãos. Por mais estranhos que eles me pareçam hoje, contribuíram para me fazer leitor. Tomara que os santos em que você acredita lhe dêem no céu uma pequena biblioteca, com livros que você poderá nunca ler, mas com certeza amará, abaixo de Deus.

Ronaldo Correia de Brito

Cama suja Luiz Felipe Pondé -----------------------



-------------------------------------------------------------------------------------------------
Desconfio das bobagens juradas contra o sexo e o amor atormentados pelo pecado
-------------------------------------------------------------------------------------------------


NO FUNDO, desconfio muito dessa coisa de ética. Antes de tudo porque a palavra "ética" é como "energia", cabe em qualquer lugar. Ética profissional, ética no amor, ética com a natureza, ética na cama. Falando especificamente de cama, quanto mais suja, melhor. Quando ouço alguém falar em nome da ética, fujo.

Prefiro mentirosos inseguros. Os hábitos civilizados dependem mais da mentira do que da verdade.

Claro que não se trata de desprezar a sólida tradição da ética na filosofia: Aristóteles e sua ética das virtudes e do caráter; Kant e sua busca insaciável por regras universais de comportamento; ou os utilitaristas ingleses e os céticos escoceses, e a sensibilidade de ambos para com os limites psicológicos da moral presente no reconhecimento do horror ao sofrimento e da preponderância do hábito e dos afetos sobre ideais abstratos de "bem" ou de "justiça" como verdadeiros critérios da vida moral.

Por exemplo, o que vem a ser "ética no amor"? Dizer pra ela que está gorda? Ou dizer pra ele que seu desempenho está abaixo de seus outros amantes? Ou seja: é dizer sempre a verdade?

Outro tipo que me põe correndo é gente bem resolvida com seus afetos. Só confio em quem enlouquece de ciúme, em quem perde a cabeça quando sua mulher ou seu marido está conversando com alguém do sexo oposto com cara de quem achou um espécime interessante na festa. Aceitar que sua mulher ou seu marido está a fim de outra pessoa e ficar de bem com isso é papo de gente imatura. Ou de quem, na verdade, não ama. Amar é ficar fora de si ou ficar bem consigo mesmo porque não ama mais. Não existe gente bem resolvida, só gente indiferente.

Todavia, com o tempo e as frustrações, a maioria de nós chega à triste conclusão de que é mais feliz quem é mais indiferente.Aliás, a partir de determinada idade, achar alguém interessante é tarefa para deuses. Com o tempo, temos a impressão que só existem três tipos de pessoas com três tipos de problemas básicos. Suas vidas são comuns; seus anseios, banais; seus desejos, mesquinhos.

Cheias de amores malsucedidos, quanto mais experiência amorosa, mais previsível.

Bobagem essa coisa de dizer sempre a verdade. Coisa de gente que não conhece gente e pior, gente que não gosta de gente. Nesse assunto, não existem imperativos categóricos (leis morais universais à la Kant). Aliás, o grande filósofo alemão Kant era muito bom de filosofia, mas não entendia nada de como as pessoas cheiram ou suspiram.

Por exemplo, tirem o pudor do amor e do sexo, e eles desaparecem. A simples suspeita de que o inferno te espera por culpa de tua fraqueza torna o amor e o sexo dádivas das deusas. Como se com elas deitássemos às escondidas. Por isso minha desconfiança visceral com as bobagens juradas contra o sexo e o amor atormentados pelo pecado.

Já disse antes que confio mais no fígado do que no cérebro, hoje diria que confio mais na alma afogada nas secreções do desejo do que na higiene das santas e honestas. Não há nenhum dos dois (sexo e amor) se não existir a ameaça da condenação. O medo aqui é como uma saia curta que esconde, entre as pernas, uma alma ansiosa. A banalidade da nudez contemporânea é a prova cabal contra o discurso dos afetos bem resolvidos. Neste sentido, os medievais, aliás, como numa série de outras coisas (o leitor dirá "sempre desconfiei que este colunista fosse um medieval"), sabiam mais do que nós, bobos da razão.

Qualquer boa literatura romântica medieval sabe que amor e sexo estão intimamente ligados ao inferno nas paixões. Ninguém ama no paraíso, argumento final contra a salvação. Mesmo na Bíblia, no Cântico dos Cânticos, aquele livro considerado pela tradição judaica como o mais sagrado dos livros sagrados, encontramos a advertência da amada, a heroína da narrativa: "filhas de Jerusalém não despertem o amor de seu sono... a paixão é um inferno".

Mulheres sempre foram vistas como especialistas no amor, talvez pela imagem ancestral de que nunca foram seres iludidos pela razão, mas sempre torturadas pelo desejo. Para mim está é a maior das provas de que cegos são os homens que as veem como inferiores.

Divago, dirá meu caro leitor. Sim, divago, mas não deliro. Como se num voo, do alto, contemplasse homens e mulheres vagando por um continente abandonado, fugindo da própria sombra. Pessoalmente vejo a ética como o combate supremo do homem com o animal que o devora.

Uma estranha cronologia - Por Alonso V.Régis



Encontradas peças de argila com inscrições em idioma cuneiforme, que foram traduzidas e estudadas pelo historiador e arqueólogo judeu Zecharia Sitchin
No princípio deste século, em escavações arqueológicas nas ruínas do que foi a antiga Babilônia – atual território do Iraque – foram encontradas peças de argila com inscrições em idioma cuneiforme, que foram traduzidas e estudadas pelo historiador e arqueólogo judeu Zecharia Sitchin, especialista em tradução e interpretação dos textos do Antigo Testamento e das literaturas suméria e acadiana. Do seu livro A Guerra dos Deuses e Homens [Editora Best Seller, 2002], extraímos o incrível cronograma abaixo, que nos abre uma verdadeira janela sobre os dramáticos acontecimentos que alicerçaram os primórdios da humanidade.De acordo com o autor, no ano de 445 mil a.C., o povo annunaki [Nefilim, na Bíblia], vindo de um mundo extraterrestre e liderado por Enki, filho de Anu, aterrissou em nosso planeta e fundou a cidade de Eridu, ao norte do Golfo Pérsico, com o objetivo de explorar o ouro das águas do mar. Depois, em 416 mil a.C., chega à Terra uma nova expedição trazendo Enlil, irmão de Enki, que passa a explorar ouro na África do Sul. Já no ano de 400 mil a.C., existiam sete povoados funcionais no sul da Mesopotâmia, além de um espaço-porto num local chamado Sippar e um centro de controle da missão, chamado Nippur, além dos centros metalúrgico e médico.Mais tarde, em 300 mil a.C., começam as experiências genéticas nas quais os extraterrestres conseguem criar um homem bem mais evoluído e inteligente ao cruzarem com os primitivos bárbaros habitantes da Terra, remanescentes da Atlântida. Porém, esses híbridos não possuíam a longevidade dos extraterrestres, que viviam milhares de anos. Esse novo homem, o Homo sapiens, rapidamente se multiplicou. O livro conta ainda que no ano 200 mil a.C., a Terra enfrenta um período glacial. Entretanto, em 100 mil a. C., o clima volta a aquecer. Os annunaki começam a se casar com as filhas dos homens, gerando os gigantes. Esse fato causou grande irritação a Enlil. Então, em 49 mil a.C., as brigas entre os governantes da Terra, agora repartida entre os annunaki, levaram o líder a decretar o fim dos habitantes, aproveitando a passagem do planeta Nibiru [Conhecido também por Hercolubus], o qual, desviado do seu curso, provocaria enormes maremotos.O dilúvio varre a Terra em 11 mil a.C. Quebrando um juramento de não acabar com toda a vida humana, Enki avisa a Ziusudra [Noé] para construir um navio para salvar-se da destruição. Enquanto isso, os annunaki assistem às inundações de dentro de suas naves em órbita. Foi então em 10.500 a.C., logo após o dilúvio, que três regiões foram concedidas aos filhos de Noé. Enquanto isso, Enki recupera para si o Vale do Nilo. A Península do Sinai fica nas mãos dos annunaki, pois eles pretendem construir um espaço-porto para substituir o destruído pelo dilúvio. Um centro de controle é instalado no Monte Moriá, futura Jerusalém.Guerras com alienígenas — Rompe uma nova guerra entre os descendentes de Enlil e Enki no ano de 8.700 a.C. Os primeiros vencem, apoderando-se do Monte Sinai e esvaziando a grande pirâmide de seus equipamentos. Quase 5 mil anos mais tarde, em 3.760 a.C., a humanidade cresce e assume o governo das cidades. A civilização Suméria floresce com grande esplendor. Em 3.450 a.C., a Babilônia torna-se o portão dos deuses, ou seja, um local para pouso e contato entre os annunaki extraterrestres e o homem. Nessa época, acontece o incidente da Torre de Babel, relatado sucintamente na Bíblia. Um grupo de terrestres se apodera clandestinamente de uma espaçonave e, contrariando as ordens dos annunaki, tenta voar ao espaço, mas são impedidos.No ano de 3.100 a.C., começa o governo dos faraós no Egito. Em 2.371 a.C., inicia o Império Acadiano, liderado pelo rei Acad Terah nasceu em Nippur, cidade fundada pelos annunaki, em 2.193 a.C. Em 2.123 a.C., nasce seu filho Abraão. Após muitas guerras envolvendo terrestres e alienígenas, chamados filhos de Deus por virem do espaço, os chefes do povo annunaki, revoltados com a insubordinação dos homens, desencadeiam uma terrível guerra nuclear em 2.023 a.C. que destrói a Suméria, Babilônia e demais cidades da região. Possivelmente nesse período, ocorreu também a ruína de Sodoma e Gomorra.

Autor: Alonso Valdi Régis
Fonte: Alonso Valdi Régis

Alonso Valdi Régis - Ufolólogo caririense - Por Socorro Moreira


"Temido pelos moradores de sua cidade, que o consideram um louco excêntrico, Alonso Valdi Regis abriga no jardim de sua casa, na cidade de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, um gigantesco disco voador. Uma réplica bem menor, segundo ele, do que viu de 40 metros, em Moreno, Região Metropolitana do Recife. Alonso tinha então 12 anos e morava em Jaboatão dos Guararapes. Alonso é bancário aposentado e acredita que em Morro do Chapéu, próximo a Jacobina, existe uma energia mágica que atrai objetos voadores não identificados. “Aqui aparece disco voador até em forma de poste”, diz. Ex-aluno do Colégio Salesiano do Recife, Alonso hoje estuda Ufologia e sonha um dia ser convidado a explorar as dependências de um disco voador e até, quem sabe, dar uma voltinha nele. "

* Quando em 1975 fui transferida da Ag. do Banco do Brasil de Crato para a Metropolitana Santo Antônio , no Recife, o primeiro contato humano que tive naquela Agência foi com Alonso. Ele trabalhava no setor do funcionalismo . Lendo as minhas credenciais, falou que era também cearense e da região do Cariri, exatamente do Juazeiro do Norte. A partir desse conhecimento ficamos muito amigos. Diariamente nos deslocávamos até a Ag. Centro para o almoço na bandeja. Enquanto fazíamos a refeição ,conversávamos sobre Espiritualidade e Ufologia , um dos seus assuntos preferidos. Esse convívio durou mais ou menos um ano. Alonso adotou uma dieta vegetariana, e transferiu-se para Morro do Chapéu na Bahia. Nos correspondemos por várias décadas, até que nos encontramos por duas vezes :
A primeira , quando eu morei no interior da Bahia, e estive em Morro do Chapéu para visitá-lo; a segunda por ocasião do lançamento de um livro seu sobre Ufologia, que aconteceu na cidade de Salvador, em 1992. Voltamos a nos corresponder , mas perdemos esse contato há 9 anos, quando mudei-me de volta, e definitivamente , para a cidade do Crato.
Aprendi bastante com esse meu amigo. Recebi através da sua fé, insistentes e inúmeros convites para uma mudança de vida . Ele dizia-me sempre , face à minha vida boêmia : "Socorro, Deus não gosta de sucatas, e nem de velharias .A hora é essa ". Mas eu precisava viver, e trilhar os meus caminhos.
Construiu uma casa interessante no Morro do Chapéu com um pequeno engenho de cana, roça de leguminosas,pomar, criatório de abelhas , e um laranjal de apoio. Naquele dia, quando o visitei, ele confessou-me : "já não compro quase nada no supermercado, pois cultivo o meu próprio alimento. "
Quando esteve na minha casa, em Salvador, uma única vez, chegou com um pão integral debaixo do braço, e eu lhe fiz apenas um chá. A sopa, nem foi provada. Eu havia temperado com alho e cebola. Ele sorriu docemente, e segredou : "cebola e alho são temperos de carnes . Os vegetais dispensam a maioria dos temperos. E ainda adiantou-me que eu não misturasse o alho com a cebola, que usasse uma coisa ou outra. Sei que ele tinha bases para as sugestões , mas sou uma transgressora natural.
Espero compilar mais dados sobre o meu amigo distante, e nunca esquecido, e com certeza compartilharei com vocês. Afinal, Alonso é um Ufólogo , nascido na vizinha Juazeiro do Norte, embora seja um cidadão do mundo , e de outros mundos .

Socorro Moreira

Também aprendi...- Rosa Guerrera



Das muitas lições colhidas e vividas no meu livro de vida, aprendi que :
O amigo verdadeiro é o encontro de duas almas.
Que um olhar é capaz de transmitir todas as sensações existentes no coração.
Que a tristeza e a lágrima se desmoronam diante de um sorriso sincero .
Que é sublime a entrega de um desejo quando acalentado por um profundo sentimento de paixão e respeito.
Que o perdão é o maior alimento para as cicatrizes do destino .
E aprendi mais ! Aprendi que a gente tem que saber amar o amor com toda intensidade a cada momento e a cada segundo .
Só assim seremos mestres no grande aprendizado da vida , e teremos algo para deixar como herança quando partirmos para o mistério dos mistérios

Sobre Blogues
"O que vem a ser realmente um blog? Um diário on line ?Anotações do dia a dia ? São inúmeros os seus objetivos , sendo na minha opinião o principal deles , aquele desejo que sentimos em nos mantermos em continuo dialogo com nós mesmos.E assim vamos transcrevendo fatos, lembranças, alegrias , homenagens , tudo direcionado a fases de nossas vidas , sejam elas boas ou tristes .São inúmeros os momentos marcantes na nossa caminhada por esse “mundão de Deus”e nada melhor do que arquivarmos alguma coisa que marca o nosso coração bem lá dentro no seu âmago."( rosa guerrera)

rosa guerrera

São João da Cruz - Padroeiro da Teologia Mística


São João da Cruz nasceu em 1542, provavelmente no dia 24 de Junho, em Fontiveros, província da cidade de Ávila, em Espanha. Os seus pais chamavam-se Gonzalo de Yepes e Catalina Alvarez. Gonzalo pertencia a uma família de posses da cidade de Toledo. Por ter-se casado com uma jovem de classe “inferior”, foi deserdado por seus pais e tornou-se tecelão de seda. Em 1548, a família muda-se para Arévalo. Em 1551 transfere-se para Medina del Campo, onde o futuro reformador do Carmelo estuda numa escola destinada a crianças pobres. Por suas aptidões, torna-se empregado do diretor do Hospital de Medina del Campo. Entre 1559 a 1563 estuda Humanidades com os Jesuítas. Ingressou na Ordem do Carmo aos vinte e um anos de idade, em 1563, quando recebe o nome de Frei João de São Matias, em Medina del Campo. Pensa em tornar-se irmão leigo, mas seus superiores não o permitiram. Entre 1564 e 1568 faz sua profissão religiosa e estuda em Salamanca. Tendo concluído com êxito seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra sua Primeira Missa.

No entanto, ficou muito desiludido pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os Conventos Carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos, ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida religiosa à que se sentia chamado. Em Setembro de 1567 encontra-se com Santa Teresa de Ávila, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres, surgindo posteriormente os carmelitas descalços. O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio. Trocou o nome para João da Cruz. No dia 28 de Novembro de 1568, juntamente com Frei Antônio de Jesús Heredia, inicia a Reforma. O desejo de voltar à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações. Em 1577 foi preso por oito meses no cárcere de Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da "Noite Escura da alma", da "Subida do monte Carmelo", do "Cântico Espiritual" e da "Chama de amor viva".


Pensamentos
Que mais queres, ó alma, e que mais buscas fora de ti, se encontras em teu próprio ser a riqueza, a satisfação, a fartura e o reino, que é teu Amado a quem procuras e desejas?

Em teu recolhimento interior, regozija-te com ele, pois ele está muito perto de ti.

A alma que verdadeiramente ama a Deus não deixa de fazer o que pode para achar o Filho de Deus, seu Amado. Mesmo depois de haver empregado todos os esforços, não se contenta e julga não ter feito nada.

Ó Senhor, Deus meu! Quem te buscará com amor tão puro e singelo que deixe de te encontrar, conforme o desejo de sua vontade, se és tu o primeiro a mostrar-te e a sair ao encontro daqueles que te desejam?

A alma que busca a Deus e permanece em seus desejos e comodismo, busca-o de noite, e, portanto, não o encontrará. Mas quem o busca através das obras e exercícios da virtude, deixando de lado seus gostos e prazeres, certamente o encontrará, pois o busca de dia.


Para chegares a saborear tudo,

não queiras ter gosto em coisa alguma.

Para chegares a possuir tudo,

não queiras possuir coisa alguma.

Para chegares a ser tudo,

não queiras ser coisa alguma.

Para chegares a saber tudo,

não queiras saber coisa alguma.

Para chegares ao que não gostas,

hás de ir por onde não gostas.

Para chegares ao que não sabes,

hás de ir por onde não sabes.

Para vires ao que não possuis,

hás de ir por onde não possuis.

Para chegares ao que não és,

hás de ir por onde não és.


Modo de não impedir o tudo:

Quando reparas em alguma coisa,

deixas de arrojar-te ao tudo.

Porque para vir de todo ao tudo,

hás de negar-te de todo em tudo.

E quando vieres a tudo ter,

hás de tê-lo sem nada querer.

Porque se queres ter alguma coisa em tudo,

não tens puramente em Deus teu tesouro.

Noite escura

Em uma Noite escura, com ânsias em amores inflamada, ó ditosa ventura!, saí sem ser notada. estando minha casa sossegada.

A ocultas, e segura, pela secreta escada, disfarçada, ó ditosa ventura!, a ocultas, embuçada, estando minha casa sossegada.

Em uma Noite ditosa, tão em segredo que ninguém me via, nem eu nenhuma cousa, sem outra luz e guia senão aquela que em meu seio ardia. Só ela me guiava, mais certa do que a luz do meio-dia, adonde me esperava quem eu mui bem sabia, em parte onde ninguém aparecia.

Ó Noite que guiaste!, ó Noite amável mais do que a alvorada!, ó Noite que juntaste Amado com amada, amada nesse Amado transformada!

No meu peito florido, que inteiro para ele se guardava, quedou adormecido do prazer que eu lhe dava, e a brisa no alto cedro suspirava.

Da torre a brisa amena, quando eu a seus cabelos revolvia, com fina mão serena a meu colo feria, e todos meus sentidos suspendia.

Quedei-me e me olvidei, e o rosto reclinei sobre o do Amado: tudo cessou, me dei, deixando meu cuidado por entre as açucenas olvidado.

Wikipédia

São João do Carneirinho Luiz Gonzaga





Eu plantei meu milho todo no dia de São José
Se me ajuda a providência, vamos ter milho à grané
Vou "coiê" pelos meus "caico"(cálculo)
20 espiga em cada pé
Pelos "caico" (cálculo) eu vou "coiê"(colher) 20 espiga em cada pé
Ai São João, São João do Carneirinho
Você é tão bonzinho
Fale com São José, fale lá com São José
Peça Pra ele me ajudar
Peça pra meu milho dá
20 espiga em cada pé.

Zezé Gonzaga



Zezé Gonzaga, nome artístico de Maria José Gonzaga (Manhuaçu, 3 de setembro de 1926 — Rio de Janeiro, 24 de julho de 2008) foi uma cantora brasileira.

Iniciou a carreira aos 12 anos de idade, participando do programa de calouros de Ary Barroso. Apadrinhada por Victor Costa, foi contratada pela Rádio Nacional, passando a integrar em seguida diversos conjuntos vocais, como As Moreninhas e os Cantores do Céu. Zezé chegou a ser a cantora mais tocada da Nacional e tornou-se uma das mais famosas intérpretes da era do rádio.

Carlos Gardel


Carlos Gardel (Tacuarembó ou Toulouse, 11 de dezembro de 1890 — Medellín, 24 de junho de 1935) foi o mais famoso dos cantores de tango argentino, país ao qual chegou aos dois anos de idade.

"O POVO QUER PÃO E CIRCO"

         Segundo uma das sátiras do escritor latino Décimo Júnio Juvenal (60-140) a plebe romana só queria saber de pão e circo, sendo esta uma das razões do declínio do Império. Vários imperadores de Roma providenciaram o cumprimento desta máxima, entre os quais Lúcio Vero (130 - 169), que partilhava com o povo o gosto pelos esportes, principalmente dos espetáculos de gladiadores. Entre as exóticas diversões romanas figuravam perseguições que levaram os critãos ao Coliseu, a maior arena do Ocidente, para serem comidos por leões. A frase consolidou-se como sinônimo de uma certa preguiça universal e mostra de desprezo pelos menos abastados.

*Dionísio da Silva, doutor em letras, professor da Universidade de São Carlos.