
Talvez,
como uma reação normal, a estes abusos, o povo simples cratense, untado da mais pura irreverência, tenha, paralelamente, criado um “Roteiro
Lúbrico –Licencioso dos Logradouros Cratenses”. No fundo, ele percebe que, se desviando para o jocoso,
o lascivo, o sensual, o codinome ganha alma e energia novas e dificulta,
sensivelmente, a troca , a reclassificação. Convido meus leitores junto comigo, a fazer, agora, um Tour por
esse Crato mais erótico e libidinoso. Afivelem os cintos e as braguilhas !
Comecemos
a nossa viagem pela “Vila dos Priquitos”, já reclassificada, pelos locais de “Vila
do Bom Nome” e bota bom nome, nisso! Fica o paraíso logo acima da Caixa D´água e, por incrível que
pareça, próxima a “Vila da Bunda Lavada” , a “Vila do Cu Aberto” e a do “Peito
Vazando”. Todas estas têm uma vizinhança mais que adequada à
lascívia : “A Vila do Pau em Pé” . Para controlar possíveis e previsíveis
libações, estrategicamente, nas proximidades, foi que se localizou, com muita propriedade: “O Carrapato”.
Atrás
do Colégio Diocesano, lembram os cratenses, existe o “Rabo da Gata”. Anos
atrás, uma madama da cidade, foi perguntada, em Fortaleza onde morava. Querendo
mostrar sua nobiliarquia caririense informou que residia num bangalô na Rua
Nélson Alencar. Como o interlocutor não lembrasse bem onde era o local, pois
saíra do Crato há muitos anos, ela, de peito inflado de silicone e empáfia,
explicou :
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Moro logo ali, numa mansão, embaixo do “Rabo
da Gata” !
Descendo das Guaribas, pelo “Campo Alegre”, existe
o “Pelado” que felizmente fica muito distante do “Cipó dos Tomás” que é lá
perto da Ponta da Serra . O “Cipó dos
Tomás”, graças a Deus, fica também bem longe do “Fundão” e também distante do “Pelado” , se
fronteiriços poderiam trazer graves questões legais e morais.
Por
outro lado, na saída de Crato, lembram os mais velhos, se situa “O Pau do
Guarda” que, estrategicamente , logo abaixo, como era de se esperar, se limita com “O Saquinho” . Por incrível que possa parecer, logo atrás do “Pau
do Guarda” tem a Rua Ana Triste, o que fez, um dos nossos filósofos cotidianos
a estranhar tal vizinhança e o sobrenome sorumbático da nossa Ana. Com todo
respeito ao nosso Tristão Gonçalves, o nosso herói confederado, o filósofo concluiu pensativo :
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Logo perto do “Pau do Guarda”? Ora ! Essa Ana só é triste porque quer...
Crato,
17/08/15