Naquela tarde cinzenta
Enquanto pensava nela
Vi chegar em minha casa
Um carro bem reluzente
E do batente da janela
Vi que estava cheio de gente
Meu coração adolescente
Quase saiu do meu peito
Quando vi descer do carro
Aquela flor em botão
Morena cor de canela
A minha grande paixão
Foi tão grande a alegria
Que nem posso descrever
Mas, uma força suprema
Sem saber que mal fazia
Contrariou o meu querer
Fez com que me ausentasse
Do meu amor me afastasse
Deixando o que eu mais queria
Saí doido, na carreira
Tinha logo que voltar
Menino que é só poeira
Coração a soluçar
Corri mais que ventania
Pedindo ao tempo, mais tempo
Pois tudo que eu queria
Era ainda lhe encontrar
Mas, o tempo, traiçoeiro
Desta vez não me ajudou
E quando estava voltando
Da sombra do Oitizeiro
Pude ainda ver de longe
Virando a curva da estrada
Seus lindos cabelos negros
Se perderem na poeira
E um carro feio e sem cor
Carregando o meu amor
Marcos Barreto de Melo
por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
sábado, 22 de janeiro de 2011
Um Bonsai de Casa por João Marni
Pelo menos por três vezes, vi cada um deles: “O pai da noiva” e “ Casamento grego”. Comum aos dois filmes, a alegria em família e a camaradagem, especialmente a dedicação do genitor pela filha única.
Ao final, em ambos, uma festa espetacular de casamento. Hilariantes. No segundo fiquei mais emocionado, pois o velho grego tirou do envelope a certidão de compra de uma casa para o casal. Vizinha à deles! É o que seguramente faria, se pudesse. Moraríamos todos num condomínio em família. Alguém poderia argumentar que proximidades assim não dão certo, e tal... Mas acho que discordâncias e até confusões são melhores trabalhadas, entendidas e resolvidas em consangüinidade. Ainda não consegui essa que seria mais uma das minhas realizações; mas espere! Estou começando! Minha neta Maria Alice havia pedido a mim uma casa de bonecas. Num desses lances de pura sorte, nossos amigos Maurílo e Lôra iriam se desfazer de uma. Fiquei com o melhor que havia dos escombros, desmontada a casa com muito zêlo. Cuidei de escolher o local da construção no nosso jardim, após as discussões de praxe com a avó.
Estou de férias nos primeiros quinze dias do ano novo e a maior parte desse tempo vou dedicar à construção da casa de Maria Alice. Já comprei e instalei a “piscina” da sua morada quando aqui vier em folguedos, porque duvido que ela queira sair: Uma caixa d’água de 250l enterrada até próximo à borda. Seu novo endereço terá cerca de 13m² de um só vão, onde poderá brincar de dona de casa e de professora. Espero que repreenda bem seus bonecos quando esses não lhe obedecerem enquanto mãe de fantasia, e que grite quando seus alunos não estiverem atentos aos seus ensinamentos. Afinal, deixar rolar é dar oportunidade para o arrependimento, no choro depois, na casa grande.
Uma janela e porta na frente, com duas outras janelas, uma em cada lateral. Um luxo! Que cresça assim, feliz da vida, com tantos mimos. Caiu no terreiro certo. Que estude e seja gente grande e independente, e que lhe cause espanto e indignação o que os homens públicos fazem com as pessoas que moram em barracas improvisadas, de paus e lonas de plástico, negras feito os corações daqueles.
Que peça a Deus que me perdoe por esse excesso. É que amo muito a meus netos, presentes e futuros, e nada é caro para a visão do paraíso no sorriso deles. Deus é avô? Se for, estou perdoado.
Crato, 01.01.2011
João Marni de Figueiredo.
Dia de sol !
Acordei com meu filho chegando . Tipo assim: " a volta do filho pródigo".
Cansado da estrada , desejando café e lençol.
Só posso estar feliz.
Este espaço me apresenta céu e mar
Peixes e estrelas
Vontade de velejar e voar...
Ótima sensação !
Provavelmente só voltarei amanhã. Estou sem computador por mais uma semana.
Vou ler Galeano, assistir um filme, e preparar um talharim com massa caseira, que a Gaby( amiga italiana) ,ontem ensinou-me. Amanhã passo a receita pra vocês. Com a mão na massa , alimento é carinho.
Beijos. Fiquem com a poesia da vida !
Acordei com meu filho chegando . Tipo assim: " a volta do filho pródigo".
Cansado da estrada , desejando café e lençol.
Só posso estar feliz.
Este espaço me apresenta céu e mar
Peixes e estrelas
Vontade de velejar e voar...
Ótima sensação !
Provavelmente só voltarei amanhã. Estou sem computador por mais uma semana.
Vou ler Galeano, assistir um filme, e preparar um talharim com massa caseira, que a Gaby( amiga italiana) ,ontem ensinou-me. Amanhã passo a receita pra vocês. Com a mão na massa , alimento é carinho.
Beijos. Fiquem com a poesia da vida !
Maysa

Maysa Figueira Monjardim, mais conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa (São Paulo ou Rio de Janeiro[, 6 de junho de 1936 — Niterói, 22 de janeiro de 1977), foi uma cantora, compositora e atriz brasileira. Ao longo da sua carreira imortalizou uma discografia com mais de 25 títulos. Cristalizou uma das mais brilhantes, sensíveis e belas obras da Música Popular Brasileira. É considerada pela crítica especializada e por grande parte do público como uma das melhores cantoras da história da MPB.
de que uma criança que existia em mim, antes de tantas coisas acontecerem, um dia voltará.
Só então saberei quem sou.
Maysa
Pérola da MPB
Lola
Chico Buarque
Sabia
Gosto de você chegar assim
Arrancando páginas dentro de mim
Desde o primeiro dia
Sabia
Me apagando filmes geniais
Rebobinando o século
Meus velhos carnavais
Minha melancolia
Sabia
Que você ia trazer seus instrumentos
E invadir minha cabeça
Onde um dia tocava uma orquestra
Pra companhia dançar
Sabia
Que ia acontecer você, um dia
E claro que já não me valeria nada
Tudo o que eu sabia
Um dia
O licor do Segredo- por Everardo Norões
Sertão - Por Everardo Norões
As nuvens são baixas,
mas alto é o céu.
O que parece passar,
permanece.
O verde, no cinza
se descobre.
A luz,
da escuridão se tece.
O verbo afia,
a faca desafia:
no oculto de mim,
tudo é Sertão.
mas alto é o céu.
O que parece passar,
permanece.
O verde, no cinza
se descobre.
A luz,
da escuridão se tece.
O verbo afia,
a faca desafia:
no oculto de mim,
tudo é Sertão.
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