por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
O Volga da vida - José do Vale Pinheiro Feitosa
Vida das árvores - Livro de Mariana Arraes( Colaboração de Joaquim Pinheiro)
Oscarito - por Norma Hauer
A Benção Pai! A Benção Mãe! \por João Marni
Henry Fonda - O astro de Doze homens e um segredo
Namorados e garis - Por Stela Siebra de Brito
De vez em quando sou romântica.
Me comovo com nomes de namorados
traçados no coração/areia da praia:
Gerson e Tayná.
Ou entalhados
no tronco do jacarandá
Marília e Júlio.
O vai e vem das ondas
Vai destraçar Gerson e Tayná.
Marília e Júlio só se queimarão em
lenha de fogo brando
ou serão esculpidos em
mesa posta de pratos
vazios de amor-paixão.
Vez em quando eu sou romântica
e choro lágrimas do mar de Olinda
limpando minha alma,
como os garis limpam as praias
na manhã da segunda-feira,
ciscam o lixo da areia
papel, plásticos, latas, cacos de vidro:
sujeira humana.
Os garis só não ciscam os nomes
Gerson e Tayná
Isso é serviço do mar.
Meu olho de ver e sentir
chorou gratidão aos garis
de parcos salários
de sonhos imensos
de roupas vermelhas
desbotadas de água e sol
amarrotadas de sal, vento e
desilusões.
CLARA NUNES- por Norma Hauer
LEONEL AZEVEDO- por Norma Hauer
Ele nasceu no Morro do Pinto na data de 12 de agosto de 1905. Ainda garoto, estudou piano com uma prima e, mais tarde, violão, quando se apresentou nas primeiras rádios fundadas aqui no Rio: Sociedade do Rio de Janeiro e Clube do Brasil (esta não era nada modesta, era DO BRASIL e mal era ouvida no Rio de Janeiro).
Na época compôs sua primeira música , que cantou já na Rádio Educadora, mas não conseguiu gravar. Em 1935 , então na Rádio Philips, apresentou-se em um programa de Dario Murce, irmão de Renato Murce, que o levou para o programa "Horas de Outro Mundo".
Ele ficou de rádio em rádio e só depois que conheceu J.Cascata, conseguiu gravar, uma música que alcançou grande sucesso:"Minha Palhoça", antes cantada por Luiz Barbosa na Rádio Mayrink Veiga e,depois, gravada por Sílvio Caldas.
A dupla J.Cascata e Leonel Azedo foi responsável por tornar Orlando Silva um dos cantores mais populares de sua época:"LÁBIOS QUE BEIJEI". Ainda de Leonel Azevedo com J.Cascata, Orlando Silva gravou:"Mágoas de Caboclo";"Juramento Falso";"Quero Voltar aos Braços Teus";"Por Ti"...
Ainda da dupla: com Carlos Galhardo"Quem Foi?";"Um Sorriso...Uma Frase...Uma Flor" e "Todos Cantam seus Amores'; com Sílvio Caldas, "Símbolo Sagrado" e com Almirante "Passo de Avestruz", numa "gozação" às tropas alemães, que durante a 2ª guerra ficou famosa com seu "passo de ganso".
Ao lado de James Florence compôs um grande sucesso de carnaval, quando o bonde era uma das "figuras" carnavalescas .Chamava-se "Não Pago o Bonde"
"Não pago o bonde iaiá,
Não pago o bonde ioiô;
Não pago o bonde,
Que eu conheço o condutor"...
Ao lado de Sá Roris, que foi professor do Colégio Pedro II, criou "Apanhei um Resfriado, gravado por Almirante, também uma "gozação":
"Pelo costume de beber gelado,
Apanhei um resfriado que foi um horror,
Porém com medo de fazer despesa,
Com certeza,não fui ao doutor,pra me curar.
E tudo quanto foram me ensinando,
Eu fui tomando e cada vez pior..."
Após a morte de J.Cascata, em 1961, Leonel Azevedo afastou-se do meio, embora compusesse com outros parceiros, como Sá Roris, Antônio Almeida, Bide, Nássara, Humberto Porto... não ficou , porém, tão marcado como com seu companheiro mais constante:J.Cascata.
Em 5 LPs, registrou, como cantor, seu repertório, dando-lhe o nome de "HISTÓRIAS DE AMOR".
Em 1976, saiu seu último LP, que recebeu o nome:"Leonel Azavedo-40 anos de carreira".
Leonel Azevedo faleceu em 18 de outubro de 1980, aqui no Rio de Janeiro..
Norma
WALFRIDO SILVA - por Norma Hauer
Concepção de Deus - Emerson Monteiro

O Detran na contramão - Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Mas, surpreendentemente, o Detran-Ce encontra-se executando um programa de fechamento dos retornos na Avenida Juazeiro–Crato, deixando apenas alguns poucos. Somente no município do Crato já foram fechados três retornos que dão acesso aos bairros Muriti e São José. Para esses acessos, os motoristas deverão se deslocar cerca de três a quatro quilômetros a mais no percurso. No município de Juazeiro do Norte, em alguns retornos estão sendo implantados sinais luminosos, obrigando aos motoristas que necessitarem executar retorno, a um longo deslocamento por ruas secundárias, mal pavimentadas e sem iluminação. Assim sendo, o percurso terá seu tempo de deslocamento e o consumo de combustível sensivelmente aumentados. Além do mais, certamente haverá a possibilidade de freqüentes engarrafamentos do trânsito, e o estresse a que serão submetidos os motoristas.
Sem nenhum prejuízo à segurança do trânsito, se poderia criar faixas exclusivas para o retorno, com alargamento das faixas de deslocamento laterais e a criação de uma faixa interna, ao lado do canteiro central, conforme o retorno existente no acesso à Petrobrás.
Com um pouco mais de inteligência o DETRAN poderia, juntamente com o DERT realizar um serviço mais seguro com custo que seria compensado pelo não aumento do consumo, melhoria da fluidez do trânsito e maior conforto aos usuários.
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Táxi Lunar

A convivência próxima do homem com as drogas remonta às mais priscas eras. Há relatos históricos do uso do haxixe há mais de 4500 anos. Elas acompanharam praticamente, pari passu, a caminhada da humanidade e a habitualidade do seu uso tem se tornado mais corriqueira com os novos tempos, nada levando a crer que um dia estaremos livres delas. Utilizada inicialmente de forma ritualística, os estupefacientes grassaram para as mais diversas classes sociais, a partir do Século passado, com um salto gigantesco a partir dos anos 50-60, junto aos movimentos Beat, Hippy , o Jazz e o Rock. A aura cult e chique ,que inicialmente mascarou a disseminação das drogas, foi sendo pouco a pouco apagada pelas constantes baixas acontecidas entre os usuários e o terror da dependência que arrastava levas e levas de pessoas aos mais baixos umbrais da condição humana. Junto à nova moda, organizou-se uma indústria poderosíssima de tráfico que se calcula movimenta mais de U$ 500 bilhões todo ano. Utilizando as modernas regras do consumo, lançam-se diuturnamente novidades no mercado. À medida que a letalidade de drogas recém-lançadas vai ficando mais visível, outras são imediatamente apresentadas, trazendo o perfil do novo e do inócuo. A geração perdida desmoronou com o ópio, a do Jazz foi destroçada pela heroína, a dos pioneiros do Rock pela cocaína e pelo LSD, a dos anos 80-90 pelo Ectasy e pela Cola e a do Século XXI pelo Crack e pelo Oxy. Embora todas as demais, junto com a Marijuana, o Álcool e o Tabaco continuassem em plena circulação. Apenas uma ou outra droga foi caindo de moda assim como a roupa ou o sapato da mocinha do shopping.
Uma questão inequívoca é que até o momento o mundo não encontrou uma maneira de solucionar o grave problema. A simples repressão não só tem se mostrado inócua, mas levou ao agravamento e ao aumento do consumo. A criminalização tem abarrotado os presídios de usuários, já superpovoados de toda a sorte de adversidades. Por outro lado, a legalização como tem procedido Hamburgo e Amsterdam, não tem aparentemente trazido uma resposta adequada à grave enfermidade que tem tomado conta de todos os segmentos da sociedade, nos dias atuais. Recentemente, sentindo a insuportável visão da Cracolândia, o Rio de Janeiro, através da sua Secretaria de Assistência Social, partiu para uma medida extrema: internar à força os usuários do Crack, imaginando que assim lhes dariam uma oportunidade de livrar-se da atroz dependência. São Paulo, inspirada na ação carioca, pretende agir da mesma forma. Numa área em que as ações governamentais, mundialmente, são tão plenas de equívocos, surge a pergunta inevitável : “Internar à força os usuários de drogas ilícitas, resolve?” É sobre esta interrogação enigmática que pretendo tomar o tempo de vocês nesta manhã de sábado.
A meu ver, a resolução da Secretaria de Ação Social se compara ao desespero de um paciente desenganado que, fora de possibilidade terapêutica, recorre a encantamentos e benzeduras. Uma espécie de “Perdido por um, perdido por mil!”. Historicamente , a experiência tem demonstrado que todo tratamento de dependência que não parta da vontade própria e inalienável do próprio paciente tem imensas possibilidades de estar fadada ao fracasso. Além de tudo, a atitude carioca fere gravemente o princípio da Autonomia na Bioética. Só temos o direito de realizar qualquer tratamento ou procedimento que envolva a saúde de uma pessoa, com sua plena aceitação. Os profissionais têm a sagrada missão de promover o Bem da pessoa humana, mas este bem não é o profissional que determina qual é, mas o próprio paciente. O ouvinte pode até argüir que um dependente pesado não tem nenhuma possibilidade de exercer sua Autonomia e que aí a decisão teria que ser do seu responsável legal : a Família ou, na ausência dessa, o próprio Estado. Aí recaímos num outro pântano: o risco do responsável legal, por interesses vários: econômicos, políticos, sociais, decidir não pelo bem do dependente, mas pelos interesses pessoais . Os manicômios e os asilos estão repletos de pessoas excluídas do convívio da família por meros interesses dos seus descendentes. Acredito no princípio do utilitarista Stuart Mill: “A única razão da existência de uma lei é para fazer com que não se firam interesses de terceiros”. Ou seja, cada um é senhor da sua própria vida e pode usá-la como assim lhe convier, desde que respeite a liberdade dos outros. O homem é livre para viver ou para matar-se seja a crédito ou a vista. A dependência só passa a ser um problema médico ou governamental, quando o paciente pede ajuda: “Preciso sair disso e não sei como!”. Aí, sim, o Estado tem que prover todos os instrumentos possíveis para reabilitá-lo e trazê-lo à nova vida. E nisso, é preciso reconhecer, o Estado brasileiro é de uma incapacidade terrível. A reabilitação está nas mãos de algumas poucas instituições religiosas que buscam com unhas e dentes obrar milagres, muitas vezes sem qualquer embasamento científico.
Para se ajudar os usuários de drogas, antes de levá-los à força às clínicas, é preciso responder a uma pergunta básica: “Por que tantos precisam se anestesiar para suportar a vida que levam ?” Não temos o direito de arrancar a latinha de cola do menino que vive na rua e que a utiliza para passar a fome e transportar-se para um outro universo mais colorido , se não for para proporcionar-lhe um Mundo melhor e mais justo. Os ansiosos, os infelizes, os abandonados, os frustrados , os desiludidos precisam , primeiramente, ter solucionadas sua agruras existenciais, antes de terem os anestésicos suspensos. O uso indiscriminado dos alucinógenos, dos entorpecentes é uma prova clara de que este mundo em que vivemos está cada vez mais triste e sem esperança. Talvez seja por isso mesmo, por fuga, que tantos têm tomado o “Táxi para Estação Lunar”. Para trazê-los de volta é necessário antes mudar o planeta, torná-lo mais justo, mais palatável, mais fraterno e respirável. Que valha a pena ao menos a cansativa viagem de volta.
J. Flávio VieiraChico Buarque
Composição: Chico Buarque
Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena
O disco novo do Chico- por socorro moreira
“Querido Diário”,
Hoje recebi um mimo de uma pessoa, que como eu, gosta de Chico Buarque.
Acho lindo... “quem não se quebra porque é macio”...!
Esta resistência humana, é recheio de caramelo da nossa fragilidade/ternura
É como Tu...Cá pros meus botões!
“Tórrida confidência”
Nas auroras eu vislumbro os meus limites, num sempre novo infinito.
Cantemos juntos as letras que o Chico inventa. Elas nos tornam íntimos, irmãos.
Nada escancarado
Tudo encarolocado, num potencial de amor com paixão.
A nossa música?
Aquela canção?
Que nome desconhecido completa minha coleção?
Não tinha ninguém, desde outrora, pra não dizer que não falei de mim...
Mistura de amora com abóbora, numa celestial comunhão.
“Essa pequena”
Ela é pequena?
Pequena tragédia, que o meu coração com porta, acolhe!
Ilíadas, cratíadas... São tantas idas, e um samba de uma volta só!
Nossos cabelos são pratas, num cofre de letrinhas que piscam porque pensam, e sentem!
Eu cuido do amor sem suores... Se a distância é longa, e os meus passos curtos, aceito viver longe de quem gosto.
Se fosse um blues... È lindo um blues!
E a gente sabe pra que?
Se Caymmi disse...” não tem solução”
A resposta é uma incógnita,
No universo da ilusão.
Não jogamos com a cara descorada
Descarado é o coração!
“Você vem pra enfeitar minha vida...”
Salão de festa, piano no canto
She, Stela by starlight, Look for a star
Amar sem pausa musical…
“Saraus ao luar”
“Não vivo com a cabeça na lua”. A lua é meu lume constante!
Dou mole pra tua pessoa. Sei que posso amar, sem me desmanchar...
Amar e me derramar!
COM VOCÊ (zero)
Você me trouxe música
Calo a palavra
Ela fala...
Frutificada!
-Nosso tempo canta em uníssono!
Na minha mão não balança nenhuma aliança
Na tua mão, balança o meu coração!
Penso adivinhar teu caminho...
Será, nina?
Noite em Moscou (Midnight in Moucow)
é uma valsa antiga
Hugo sabe tocá-la, Vera gosta...
E a mim...Nina!
E a noite passa...
O dia volta
E a vida nos traz a sorte...
Gravei você na memória,
E escondi de mim mesma...
A senha!
Grega, fita, rosa...?
Salve a poesia, que nos absorve
Absolve-nos
Com ela...
“A vida é bela!”
Não cobiço, nem enxergo bem
Mas vejo-te claro,
Em todos os meus escuros!
Teu cheiro chega a mim...
Ora cítrico
Ora canela!
Eu quero esse amor
Que nunca encomendei
Que nunca desejei
Aceito este querer inconsciente
Que Deus, através de um duende,
Concedeu-me!
An(t)iversário - socorro moreira
Recebido por e-mail
CRONICA DE UM ANIVERSÁRIO - por Ulisses Germano
E aliviavam o quarteirão
Todos foram convidados
De encantar toda a vizinhança
P.S. O aniversário de Socorro de Moreirinha aconteceu aproximadamente assim.