por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CLARA NUNES- por Norma Hauer



Ela nasceu no dia 12 de agosto de 1942 em Caetanópolis- MG, recebendo o nome de Clara Francisca Gonçalves, mas ficou conhecida como CLARA NUNES.cantora e compositora


Era a caçula de uma família de sete filhos. Seu pai era conhecido como Mané Serrador, violeiro e participante das festas de Folia de Reis.


Em 1944, ficou órfã de pai e, pouco depois, de mãe, sendo criada por dois de seus irmãos.


Freqüentava aulas de catecismo e cantava “ladainhas” em latim no coro da igreja.


Aos 14 anos ingressou como tecelã na fábrica Cedro & Cachoeira. Dois anos depois, mudou-se para Belo Horizonte, indo morar com dois outros irmãos e nos finais de semana , participava dos ensaios do Coral Renascença, na igreja do bairro onde morava.



Cresceu ouvindo Carmem Costa, Ângela Maria e, principalmente, segundo as suas próprias palavras, Elizeth Cardoso e Dalva de Oliveira, das quais sempre teve muita influência, mantendo, no entanto, estilo próprio.


Em 1966, já residindo no Rio de Janeiro, participou do filme "Na onda do iê-iê-iê", com cantores da Jovem Guarda. No ano seguinte voltou às telas do cinema, interpretando a marcha "Carnaval na onda", de José Messias, no filme "Carnaval Barra Limpa", de J.B Tanko


. Nesse filme participaram João Roberto Kelly, Emilinha Borba, Ângela Maria, Altemar Dutra, Marlene e Dircinha Batista.



No ano de 1968 fez a sua última atuação em cinema, no filme "Jovens Pra Frente", de Alcino Diniz., ao lado de Oscarito.



Por influência de Ataulfo Alves e Adelzon Alves passou a dedicar-se ao samba .Pesquisou a música popular brasileira, seus ritmos e seu folclore. Viajou várias vezes para a África, representando o Brasil. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, converteu-se ao candomblé..


Foi uma das cantoras que mais gravou os compositores da Portela, escola para a qual torcia.


Fundou com o marido, o poeta e letrista Paulo César Pinheiro, o Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro.

Faleceu vítima de complicações operatórias decorrentes de uma operação de varizes, no dia 2 de abril de 1983, sem completar 41 anos.


Norma,

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