por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 7 de maio de 2020

"COM O 'SUPREMO', COM TUDO" - José Nilton Mariano Saraiva


“Canalha”, “patife” e “mentiroso” foram as palavras com as quais o canalha, patife e mentiroso que atualmente está Presidente da República brindou o jornal Folha de São Paulo, em razão de não concordar com a veiculação de certa matéria a respeito do seu (des)governo. 

Fato é que, depois de quase 30 anos como integrante do “baixo clero” da Câmara Federal (aquele lúgubre e malcheiroso ambiente onde o “normal” é o recebimento de generosas propinas em troca do voto), com produtividade “zero”, Bolsonaro parece ter incorporado a máxima de que “o ataque é a melhor defesa”, principalmente se tem como oponentes personagens covardes e omissos.

Aprendeu, por exemplo (principalmente com o modus operandi do juizeco de primeira instância, Sérgio Moro), que pode muito bem defecar sobre/e estuprar diuturnamente a nossa Carta Maior (Constituição Federal) sem que o tal “guardião” da própria, o Supremo Tribunal Federal, esboce qualquer reação, com receio da reação popular (ou não foi isso que aconteceu durante todo o período da “farsa” conhecida como Lava Jato, operação considerada “excepcional” e, pois, merecedora de “tratamento excepcional” – ou inconstitucional, mas com chancela do Supremo Tribunal Federal ???).

Assim, agora, que por uma “trapaça do destino” está Presidente da República, desafiar acintosamente (ameaçando-os) o Poder Judiciário (via Supremo Tribunal Federal) e o Poder Legislativo (via presidentes da Câmara Federal e do Senado) na certeza de que não será importunado, parece constituir-se simples e divertido “joguete” de videogame no seu dia a dia (a falta de respeito é tanta, que vive a distribuir “bananas”, a torto e a direito).

É inadmissível, por exemplo:

01) que Bolsonaro se negue a entregar os exames comprobatórios se foi ou não infectado pelo mortal coronavírus e que continue a confraternizar/abraçar/beijar/cumprimentar simpatizantes (presumivelmente contaminando-os) sem que atenda a determinação do Supremo Tribunal Federal no sentido de provar que não mentiu quando afirmou não ter sido contaminado (difícil de acreditar, tendo em vista que todos os demais integrantes da comitiva o foram).
Afinal, se “positivados” tais exames (que metade do mundo e a outra banda presumem que sim), e mesmo sabendo disso negou-se contínua e obsessivamente a mostrar o resultado, implícito está que incorreu em grave “CRIME DE RESPONSABILIDADE” (com aspecto doloso) e, portanto, deveria ser afastado imediatamente da função que está a exercer; e

02) que, usando holofotes possantes, se debrucem sobre o “porquê” de Bolsonaro ter “exigido” do seu então Ministro da Justiça que a Superintendência da Polícia Federal, do Rio de Janeiro, lhe fosse entregue (“MORO, VOCÊ TEM 27 SUPERINTENDÊNCIAS, EU QUERO APENAS UMA, A DO RIO DE JANEIRO”) porquanto os fatos estão a demonstrar:

a) a atuação de uma poderosa quadrilha comandada pelo hoje célebre Queiroz (amigo de anos dos Bolsonaros e ligado ao tal “escritório do crime”, formado por milicianos-assassinos de alta periculosidade); b) que Queiroz era o arrecadador das “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro; c) que Queiroz era o depositante fiel de vultosas quantias na conta-corrente de Michelle Bolsonaro; d) que esse mesmo Queiroz possivelmente teria sido o intermediário na contratação do pistoleiro Ronald Lessa, assassino confesso da inimiga política dos Bolsonaros, Marielle Franco.

Fácil concluir, e só as EXCELÊNCIAS do Supremo Tribunal Federal parecem amenizar a questão, que a entrega da Superintendência da Polícia Federal do Rio, aos Bolsonaros, visa “deixar o campo livre” para que Queiroz e milicianos continuem a delinquir impunemente, revertendo o produto aos Bolsonaros (no mais, não esquecer o porto de Itaguaí, lá mesmo no Rio de Janeiro, onde o tráfico de drogas corre solto, possivelmente com a participação do mesmo “imprendível” Queiroz).

Ou será que o Supremo Tribunal Federal acredita que todos nós, mortais-comuns (já que eles são “Excelências”), somos uns babacas covardes, inofensivos e analfabetos, temerosos de suas togas), já que quase ninguém se manifesta sobre ???

Portanto, até que provem o contrário, certo estava o mafioso Romero Jucá, quando afirmou com contundência, que o golpe seria “COM O ‘SUPREMO’, COM TUDO”.

Vão encarar, “EXCELÊNCIAS” ???