Não sou a ideia do que suponho
tampouco a cruz do pensamento.
Posso falar pelo meu corpo
uma vez que a dor é minha.
Embora ultimamente
a dor me venha
quando durmo.
Então penso "é sonho"
e volto a dormir calado
(só despertando na hora
em que a porta se abre
sozinha e o vento
da área de serviço
puxa meus cabelos)
A morte é a liberdade
mas hoje de tarde
vendo um pombo
de pescoço flácido
no meio da calçada
não achei graça
nem virtude.
Quisera pudesse
tocar de leve
sua cabeça
levá-lo aos pés do velho
que ontem pela manhã
dava-lhe migalhas
de sonhos distantes.
Ah, foi isso.
Foi isso que matou o pombo.
por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
domingo, 23 de janeiro de 2011
Antiga ...
Enxergar, conferir
e tudo perde o sentido
O caminho bifurcado
sugere mudança dos passos
Por ali
Por Alá
Por nós dois
Ninguém mais ...
Voltou meu bem esquecido
Acordou na madrugada
e entrou nos meus sentidos
Tudo possível
Depois de tantas histórias
Vivo a história contida.
e tudo perde o sentido
O caminho bifurcado
sugere mudança dos passos
Por ali
Por Alá
Por nós dois
Ninguém mais ...
Voltou meu bem esquecido
Acordou na madrugada
e entrou nos meus sentidos
Tudo possível
Depois de tantas histórias
Vivo a história contida.
Ir razão
Muda
Mudo
Ainda estou no mundo
Barro inacabado
Em que momento faltou um pedaço?
Do nada
energia nova invade a minha casa
Abro as cortinas do quarto
Entram sonhos misturados
com razão e "irrazão"
O tempo passa
No processo anti-horário
cato as folhinhas jogadas
pelo velho calendário
Estou assim
desde aquele dia...
Mudo
Ainda estou no mundo
Barro inacabado
Em que momento faltou um pedaço?
Do nada
energia nova invade a minha casa
Abro as cortinas do quarto
Entram sonhos misturados
com razão e "irrazão"
O tempo passa
No processo anti-horário
cato as folhinhas jogadas
pelo velho calendário
Estou assim
desde aquele dia...
Huberto Cabral - Emerson Monteiro

Desde que me entendo de gente que, atento, observo a participação constante de Huberto Cabral nas movimentações sociais, culturais e patrióticas do Crato. Possuidor de um civismo a toda prova, Cabral faz do rádio sua praia de predileção, sem, no entanto, esquecer permanências pelos jornais, revistas, livros, cerimônias coletivas, etc. Organiza com maestria eventos públicos, dentro da absoluta correção. Incentiva e participa de reuniões destinadas aos interesses da municipalidade, em todos os âmbitos possíveis e imagináveis, sempre visando ampliação dos recursos progressistas e abertura das vias de transformação comunitária. Presta homenagens a personalidades destacadas do lugar e evidencia datas memoráveis deste núcleo urbano. Recebe visitantes ilustres, orienta pesquisas de estudiosos, repassa informações do seu rico acervo e de suas vivências; enfim, um homem talhado a preservar valores históricos e a memória social do Crato e de todo o Cariri como raros outros. Alimenta um acervo de gama incalculável no que tange aos dados relativos a esta parte de mundo e é considerado por muitos um testemunho vivo dos acontecimentos principais caririenses desde o início da segunda metade do século que passou.
Nas minhas primeiras incursões a eventos públicos, recém chegado ao Crato, avistava a presença de Huberto Cabral, o que se seguiu todo tempo até hoje. Radialista emérito, lançado ainda nos primórdios da radiofonia caririense, nas primitivas amplificadoras, associa-se à evolução desse meio de comunicação, exercendo funções de liderança em programas esportivos, noticiosos, reportagens inolvidáveis e solenidades importantes para o desenvolvimento econômico regional. Assessor do Executivo cratense em repetidas administrações, vem, à frente da sua época, convocando os cidadãos a segui-lo na altiva caminhada que exercita como rotina de existência. Nas campanhas fundamentais para a construção do Cariri nos moldes contemporâneos, ali está Huberto Cabral; desde a vinda triunfal da energia de Paulo Afonso à instalação definitiva da Universidade Regional do Cariri, por exemplo. Lembro das suas participações nas transmissões radiofônicas dos jogos do antigo campo do Sport, através da Rádio Educadora; depois, na quadra Bicentenário, em noites esportivas magnânimas; vejo suas ações audaciosas e vanguardeiras na cobertura jornalística da visita do presidente Castelo Branco, aos idos de 1964; sua determinação para, juntos, continuarmos a publicação do jornal A Ação, também na década de 60; suas providências na continuidade do Instituto Cultural do Cariri, inclusive na construção da sede própria; seu denodo para trazer valiosas instituições que ora estabelecem as características da nossa Região, em todo tempo de sua história; seu ativismo nas manutenções benfazejas desta civilização caririense, sendo ele também um descendente direto dos primeiros colonizadores aqui instados nas primeiras expedições.
O acendrado zelo que Huberto Cabral manifesta na profícua missão de ativador social ultrapassa as raias da paixão, digo sem arriscar uso de termos excessivos, porquanto os resultados das suas atitudes falam dos frutos essenciais no que desempenha e promove ao ímpeto do seu amor vocacional às nossas queridas tradições.
Pensamento para o Dia 23/01/2011

“Quando você atinge o controle dos sentidos, a purificação da mente, a concentração e o silêncio interior, o que inicialmente surgiu como uma necessidade lógica torna-se evidente mais tarde, na consciência purificada, como uma Vontade Positiva Permanente Impessoal (Prajnaanam Brahma). Através da prática incessante da Verdade, Retidão e Coragem, a Divindade em repouso no indivíduo será induzida a se manifestar na vida diária, transformando cada dia na alegria de amar verdadeiramente. Conheça a Suprema Realidade, respire-A. Banhe-se Nela. Viva Nela. Então Ela se torna tudo de você e você se torna completamente Divino.”
Sathya Sai Baba
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