Quando
tatuas no peito,
O nome dela,
Tornas letra
morta o amor,
Que seria
cultuado.
Ela é maior
que a soma dos sentidos,
Muito mais
que a certidão de nascimento,
Fica numa
região além da acusação e defesa,
É a dimensão
não sentenciada da normativa oca.
Mas é possível
que aquela musculatura bombada,
Um
Schwarzenegger de academia de arrabalde,
Enfureça-se
com tuas críticas à tatuagem,
E queira a
brutalidade pelo nome dela no peito.
E assim foi
que pensei no papel moeda,
Do dinheiro
brasileiro,
Com a frase:
Deus seja louvado.
Posto ali
como a lembrança de um Deus vencido,
Subordinado
ao Deus invencível destes dias,
Lembrado na
plenitude de sua subalternidade,
Ao dinheiro
e ao absoluto que emana dele.
Mas é
possível que uma fúria curial exploda,
Como um
Torquemada de uma neoinquisição,
A dirigir as
unhas compridas para os pescoços,
Arteriais por
onde a retirada da frase se imaginou.