por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Cláudia Telles
Claudia Telles de Mello Mattos (Rio de Janeiro, 26 de agosto de 1957), é uma cantora e compositora brasileira, famosa como intérprete das canções "Fim de Tarde" e "Eu Preciso Te Esquecer".
Dori Caymmi
Dorival Tostes Caymmi, mais conhecido como Dori Caymmi, (Rio de Janeiro, 26 de agosto de 1943) é um músico brasileiro, filho dos também músicos Dorival Caymmi e Stella Maris. Irmão da cantora Nana Caymmi e do flautista, cantor e compositor Danilo Caymmi. O músico reside em Los Angeles, nos EUA, desde o final dos anos 1980.
Dori Caymmi é cantor, compositor e arranjador. Além do pai, sua principal influência é o movimento da bossa nova, tendo iniciado sua carreira nos anos 1960. Tem Paulo César Pinheiro como uma de seus principais parceiros. A empresa de Quincy Jones, a Quest Records, produziu alguns dos CDs do artista.
Dori Caymmi teve dois de seus CDs nomeados para o Grammy, Influências e Contemporâneos além de ter conquistado dois Grammy Latino, de melhor CD de samba Para Caymmi 90 Anos e de melhor canção brasileira "Saudade de Amar", em parceria com Paulo César Pinheiro.
Dori Caymmi é torcedor do Fluminense Football Club.
WIKIPÉDIA
Pequenina Reflexão. Por Liduina Belchior.

Fogo só me lembra paixão
e como tem que rimar,
parte de um lugar chamado coração.
Fogo faz parte da fornalha
por onde passam tantos pães,
bolos e guloseimas, que se não
forem regados a carinho, irão sair
da forma e perder os encantos.
E o fogo de munturo?
Caso a gente acredite, cai direitinho
na armadilha do homem imaturo.
e como tem que rimar,
parte de um lugar chamado coração.
Fogo faz parte da fornalha
por onde passam tantos pães,
bolos e guloseimas, que se não
forem regados a carinho, irão sair
da forma e perder os encantos.
E o fogo de munturo?
Caso a gente acredite, cai direitinho
na armadilha do homem imaturo.
Programação Oficial - Cariri Cangaço 2011

CARIRI CANGAÇO 2011
20 Setembro 2011
TERÇA-FEIRA
Teatro Municipal Salviana Arraes - CRATO-CE
19:00 H - Solenidade Oficial de Abertura
19:30 H - Conferência
BÁRBARA DE ALENCAR E A INSURREIÇÃO
Professora Salete Libório
MESA
Carlos Rafael - CRATO - CE
José Flávio – CRATO - CE
Alessandra Bandeira - CRATO - CE
Alexandre Lucas - CRATO -CE
21 Setembro 2011
QUARTA-FEIRA
Hotel Passárgada - Crato-CE
8:30 H- Conferência
ANGICO, O DEBATE FINAL
Facilitador: Manoel Severo
MESA:
Amaury Correa de Araujo - SÃO PAULO - SP
Aderbal Nogueira - FORTALEZA -CE
Paulo Gastão - MOSSORÓ - RN
Alcino Alves Costa - POÇO REDONDO - SE
Jairo Luiz - PIRANHAS - AL
Clube Recreativo - Barro - CE
13:00 H - Conferência
MAJOR JOSÉ INÁCIO DO BARRO
Jornalista Sousa Neto
MESA:
Napoleão Tavares Neves - BARBALHA - CE
Professor Pereira - CAJAZEIRAS - PB
Alfredo Bonessi - FORTALEZA - CE
Carlos Elydio - SÃO PAULO - SP
Salão Paroquial - Aurora - CE
19:00 H - Conferência
AURORA – A TRAMA DA IPUEIRAS E A INVASÃO DE MOSSORÓ
João Bosco André
MESA:
José Cícero - AURORA - CE
Geraldo Ferraz - RECIFE - PE
Archimedes Marques - ARACAJU - SE
João de Sousa Lima - PAULO AFONSO - BA
22 Setembro 2011
QUINTA-FEIRA
SESC Crato - CE
8:30 H - Lançamento e Debate
MINISÉRIE SEDIÇÃO DE JUAZEIRO
Jonasluis de Icapuí
MESA:
Renato Cassimiro - JUAZEIRO DO NORTE -CE
Daniel Abreu - FORTALEZA -CE
Renato Dantas - JUZAEIRO DO NORTE - CE
Huberto Cabral - CRATO - CE
Teatro Nelory Figueira - Barbalha - CE
19:00 H - Conferências
A LITERATURA NA ÉPOCA DO CANGAÇO
Ângelo Osmiro
O CANGAÇO EM FOTOS
Ivanildo Silveira
MESA:
Hugo Rodrigues - JUAZEIRO DO NORTE - CE
Pedro Luiz Camelo - CRATO - CE
Paulo Gastão - MOSSORÓ - RN
Napoleão Tavares Neves - BARBALHA - CE
23 Setembro 2011
SEXTA-FEIRA
Floresta Nacional do Araripe - IBAMA Crato-CE
8:30 H - Conferências
A SAGA DE DELMIRO
Voldi Ribeiro
QUEM MATOU DELMIRO GOUVEIA
Gilmar Teixeira
MESA:
Edvaldo Nascimento - DELMIRO GOUVEIA - AL
Adair Nunes da Silva - DELMIRO GOUVEIA - AL
Wescley Rodrigues - BRASILIA - DF
Ana Lucia Sousa - PETROLINA - PE
Câmara Municipal - Missão Velha - CE
19:00 H - Conferências
AS ESTRATEGIAS DE COMBATE À ATUAÇÃO DOS CANGACEIROS PELO GOVERNO DA BAHIA
Capitão Raimundo Marins
A ILUSÃO DO CANGAÇO
Aderbal Nogueira
MESA:
João Bosco André - MISSÃO VELHA - CE
Honório de Medeiros - NATAL - CE
Juliana Ischiara - QUIXADÁ - CE
Narciso Dias - JOÃO PESSOA - PB
24 Setembro 2011
SÁBADO
Ginásio Poliesportivo Luiz Leite - Porteiras - CE
11:00 H - Conferência
CHICO CHICOTE E A TRAGÉDIA DE GUARIBAS
Napoleão Tavares Neves
MESA:
José Cícero - AURORA - CE
Sousa Neto - BARRO - CE
Barros Alves - FORTALEZA - CE
João Nóbrega - JOÃO PESSOA - PB
Fazenda Piçarra - Porteiras - CE
15:00 H - Conferência
ANTONIO DA PIÇARRA E O CANGAÇO DE LAMPIÃO
VILSON LEITE
Memorial Padre Cícero - Juazeiro do Norte - CE
19:00 H - Conferências
LAMPIÃO, AS VOLANTES E O MITO
Inácio de Loyola Damasceno
DADÁ E CORICO
José Humberto Dias
MESA:
Aderbal Nogueira - FORTALEZA-CE
Ângelo Osmiro - FORTALEZA -CE
Renato Cassimiro - JUAZEIRO DO NORTE - CE
Alcino Alves Costa - POÇO REDONDO - SE
25 Setembro 2011
DOMINGO
Hotel Pasárgada - Crato - CE
8:30 H - Conferencia de Encerramento
A MUSICALIDADE NORDESTINA
Múcio Procópio
MESA:
Kiko Monteiro - LAGARTO - SE
Kydelmir Dantas - MOSSORÓ - RN
Paulo Moura - RECIFE -PE
Wilson Seraine - TERESINA - PI
O Cariri Cangaço é uma realização Cariri do Brasil, com o apoio das Prefeituras Municipais de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Aurora, Barro e Porteiras; e ainda SESC, CCBNB, URCA - Universidade Regional do Cariri, ICC, Pró Memória, ICVC, Lira Nordestina, Associação de Cordelistas do Crato, SBEC - Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço e GECC - Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará.
MANOEL SEVERO
25 de Agosto - Dia dos Feirantes - Empresários do sol nascente- Por Socorro Moreira
Hoje amanheci o dia na feira. Sem máquina fotográfica, e sem documento. Eu e um balaio. As escolhas, as pechinchas, o café com tapioca, o cheiro de fruta e de gente que madruga.
Adoro feira livre. Já morei em muitas cidades, e nunca abri mão de fazer a minha feira, no dia da feira.
Uma das melhores que eu classifico é a de Campina Grande . Parecida com a de Caruaru (considerada a maior do Nordeste).
Mas o tem de tudo fresquinho e o misturar-se com o produtor, consumidor e atravessador são aulas de sociologia e economia. Além do aspecto pitoresco.
Cuidado primeiro, em não escorregar nas cascas de banana.
Tem que levar o dinheiro trocadinho, gastar pouco, e encher o balaio das coisas da terra. O natural, na cara da gente, e cabendo no nosso bolso.
Esse é o shopping que interessa!
A feira do Crato, no passado, acontecia às segundas-feiras. Abrangia as Ruas Dr. João Pessoa, Senador Pompeu e Santos Dumont, incluindo as transversais, como a Bárbara de Alencar.
Na Senador Pompeu, a tradicional feira da rapadura e do sisal, a gente comprava a corda pra armar nossas redes, a esteira pra sentar e catar o arroz, a cesta, a batida, e a carga de rapadura pra adoçar o café, fazer chouriço e doce de gergelim, o alfenim , e quebrá-la nos dentes, devagarzinho, alternando com queijo, na hora da sobremesa.
Na Rua Dr. João Pessoa a gente comprava o arroz, feijão, a farinha, o açúcar... Tudo pra escolher em sacas e aos pés do freguês. Minha mãe já dizia: arroz tem que ser velho, senão não fica solto; feijão só presta se for novo.
Naquela Rua estava situada as maiores lojas de tecido e sapatarias. De vez em quando, nas quatro festas do ano, incluíam-se na feira uns metros de chita, filó para véus e cortinados, ou cambraia pra vestir a casa e o povo da casa.
Na Santos Dumont a gente comprava o amendoim, a goma fresca, o milho pra fazer canjica, pipoca e mugunzá., além daquelas tranqueirinhas que traziam as novidades, brinquedos e folguedos : panelas de barro, cachimbos, malas, espelhos, bonecas de pano, candeeiros, etc.
Na Bárbara de Alencar a gente morria, na doçura do quebra-queixo, dos brinquedos de celulose, peças de alumínio, enfeites para o cabelo, artigos de toalete como caixa de pó e ruge nas latinhas. Tinham também os frascos de perfume, pentes, linha corrente laranja, óleo Singer para lubrificar as máquinas de costura (indispensáveis em toda casa), batom e esmalte pra todos os gostos.
Quando o dia acabava só se ouvia as vassouradas dos garis, varrendo poeira e sujeira.
De vez em quando, um tilintar de moeda do tostão perdido; uma carta no envelope, vinda do Rio de Janeiro; um bilhete de amor; notinhas de compras escritas no papel de embrulho e amassadas; um lápis sem ponta, uma caneta sem tinta, um lencinho bordado com as iniciais; um retrato 3 x 4 tirado no lambe- lambe da praça ...
Por motivos óbvios, só conheci duas cestas básicas, que na época vigoravam:
A feira das pessoas que trabalhavam na luta doméstica, e a feira da minha casa - proletariado e classe média (média, mesmo!).
Na primeira constava toucinho ,banha de porco, sabão, sal , querosene , feijão de corda, café em grãos, rapadura, farinha, fumo de rolo, arroz e pó de ouro (massa pra fazer cuscuz), um pedaço do corredor do boi, umas tripas de porco , e mocotó. A maioria criava porco e galinha e tinha da sua ninhada o ovo caipira .
Na segunda, constavam outros itens como: frutas e legumes, carne de primeira, arroz, feijão mulatinho, macarrão, açúcar e biscoitos, papel higiênico, sabonete Lever e creme dental Kolynos.
Quase todo alimento era natural: mel de abelha, doce caseiro, manteiga de garrafa, queijo de prensa, coalhada, bolos de goma, e refrescos das frutas. Aí, a mesa era farta. As mulheres eram fadas. Cozinhavam, lavavam e costuravam, além de cuidar dos filhos e maridos. A profissão valorizada era a de professora primária. A maioria não chegava a botar anel no dedo, mas tinha educação de berço.
Não sei como era a vida dos ricaços. Sabia que milionário era quem tinha um milhão de cruzeiros; mil vezes um conto de réis; um milhão de vezes mil réis ( a moeda que eu pegava pra comprar pirulito, balas com ligas , mariolas , passa raiva, cavaco chinês, e chicletes Adams).
Em 1975 fui embora do Crato. Quando retornei, encontrei apenas os mercados de frutas, carnes e verduras.
Agora fazemos feira nos supermercados com carrinhos, e ar condicionado; pagamos com cartão, e abarrotamos despensas com o dispensável: refrigerantes, gelatinas, biscoitos recheados, iogurtes, e todos os tipos de queijos e presuntos, além dos enlatados. Foi-se o tempo do pão de mel e da rapadura! (ou não?)
O texto foi ficando comprido , quando apenas quis rememorar a figura do feirante, o menino das rodilhas, o vendedor de "meizinhas” e os cantadores de viola.
Socorro Moreira
O SILÊNCIO DE DEUS
O SILÊNCIO DE DEUS
Bebemos das pedras da montanha
o silêncio de Deus.
As pedras desoladas
manavam silêncio.
O pó se elevava das pedras, refulgia.
Reflexo de estrelas no ar.
O silêncio seco.
A sede grande.
Fagulhas de luz seca
olhos a dentro.
A morte seca.
A alma seca.
A morte seca de Deus
alma a dentro.
______________
O meu amigo Wellington Leite tinha um programa de rádio em que mostrava os poetas dizendo seus poemas. A rádio fez uma reengenharia (inventaram esse termo para justificar certas mudanças pragmáticas) e o programa ficou fora do ar. Eu havia gravado umas duas longas séries de poemas. O Wellington criou um blog e expôs, entre outros, o poema O Silêncio de Deus, explicando que fora o poema quje dera título a meu livro O Silêncio de Deus. Eu lhe agradeci, complementando que o poema é mais histórico ainda: deu o título ao livro, sim, e não está no livro. Na reengenharia (essa palavra feia que não justifica nada) que fiz em meus poemas, até o poema-título ficou fora. Para quem não o conhece, aqui está.
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RODA DE HISTÓRIAS DE BISAFLOR
O Dragão Rei do Mar
Era uma vez um pobre velho que vivia com sua mulher à beira mar. Um dia, por mais que tentasse, não conseguiu pegar nenhum peixe. Estava pronto para ir-se, desesperado, quando decidiu tentar uma última vez. Para surpresa sua, fisgou um enorme peixe, mais belo do que qualquer outro que já vira. O peixe o olhava com olhos tão humanos que o pescador não teve coragem de matá-lo. Então, deixou-o partir.
No dia seguinte, quando o velho estava pescando, um menininho saltou das águas e convidou o atônito pescador a visitar o palácio do Dragão Rei que ficava no fundo do mar. O menino explicou que o Dragão Rei queria agradecer-lhe por ter salvado a vida de seu filho, no dia anterior. Então, as ondas se abriram e apareceu uma estrada que conduzia ao fundo oceano, por onde o velho seguiu o menininho.
O pescador não tardou a chegar a um palácio deslumbrante, onde foi saudado, calorosamente, pelo Dragão Rei e seu filho. Vassalos surgiram e prepararam uma festa principesca para o velho, com dançarinas, cantores e malabaristas. O pescador divertiu-se tanto que mal sentiu o tempo passar, mas, de repente, lembrando-se da mulher, ergueu-se e pediu permissão para voltar para casa. A essa altura, o Príncipe aproximou-se do pescador e falou: -“ Meu pai dar-lhe-á de presente qualquer coisa que o senhor peça. Não deixe de pedir a taça milimetrada que ele guarda ao lado do trono. Ela é mágica e lhe dará tudo o que desejar.”
E foi assim que aconteceu: o Dragão Rei, como prova de gratidão, ofereceu ao pescador o que ele quisesse. O velho pediu a taça mágica e o rei hesitou. Nisso, o Príncipe perguntou: - “O que tem mais valor, querido pai, minha vida ou a taça milimetrada?” – Então, o Dragão Rei a deu ao pescador.
Quando o velho voltou para casa, contou sua aventura para a mulher. Estavam encantados com a taça mágica e resolveram testá-la. Pediram uma casa nova, e no mesmo instante uma linda casa surgiu no lugar de sua velha cabana. Desse dia em diante, o velho e sua mulher viveram confortavelmente, e sua taça mágica estava sempre cheia de arroz por mais que tirassem.
Um dia, uma mulher malvada bateu à porta do velho pescador, pois ouvira rumores a respeito de uma taça mágica que estava sempre cheia de arroz, e queria descobrir onde o velho casal a guardava, para roubá-la. A vil criatura mostrou à mulher do pescador algumas joias, propondo trocá-las por arroz. A velha pegou a taça mágica e encheu um saco de arroz. A malvada prestou bem atenção para ver onde a velha colocava a medida mágica. Tarde daquela noite um ladrão invadiu a casa e roubou-a. Sem a taça mágica, o velho e a sua mulher logo ficaram tão pobres quanto antes.
O velho casal tinha um cachorro e um gato que ficaram amargurados com o que acontecera a seus donos. Os dois animais decidiram, então, procurar a taça, e como suspeitavam que a mulher malvada a havia roubado, resolveram segui-la, numa tarde em que ela estava na vila fazendo negócios. Quando a noite chegou, ela saiu da cidade, cruzou o rio a nado e dirigiu-se para uma casa escondida na floresta. Era o covil de um ladrão, e o gato e o cachorro de pronto deduziram que ele havia roubado a taça mágica. A mulher e o ladrão logo partiram, e então os animais rondaram a casa e deram com uma despensa fechada.
- “A taça deve estar aqui!” – exclamou o cachorro. Tentaram entrar, mas foi em vão, a despensa estava bem fechada. Naquele momento viram um rato que se esgueirava e o gato o pegou, ameaçando de matá-lo, a menos que o Rei do Ratos aparecesse. E esse logo apareceu. Então o gato o fez prometer que abriria a despensa e o Rato Rei reuniu todos os seus súditos que, rapidamente, fizeram um buraco na parede, de tamanho suficiente para que o gato e o cachorro pudessem passar. Dentro da despensa, os dois animais encontraram uma arca de pedra, fortemente trancada. Pediram aos ratos que a abrissem e estes pularam sobre a arca e roendo, roendo, logo abriram um buraco nela. Dentro da arca estava guardada a taça mágica! O gato e o cachorro a agarraram e deixaram a casa correndo.
Chegando ao rio o cachorro começou a nadar, carregando o gato nas costas e este, a taça na boca. A meio caminho, o cachorro ficou apreensivo e perguntou: - “Você ainda está segurando a taça?” O gato não podia responder, uma vez que a trazia na boca, mas o cachorro insistia e insistia. Finalmente o gato exclamou: - “Sim, estou!” Mas ao abrir a boca, a taça caiu e afundou nas águas do rio.
Os dois animais ficaram mortificados, e o cachorro foi para casa, desesperado. Enquanto isso, o gato esquadrinhava as margens do rio, na esperança de que a taça fosse jogada às margens. Apenas encontrou um peixe morto, apanhou-o e levou para casa. Ao menos, pensou, a velha teria o que cozinhar para o almoço. Porém, quando a mulher abriu o peixe para limpá-lo, a taça rolou de sua barriga. O peixe a havia engolido quando esta caíra no rio.
O velho e a mulher voltaram a viver bem e tinham pelo gato e pelo cachorro a maior consideração. E desta vez esconderam a taça mágica num lugar muito seguro.
(Essa história foi narrada por Allan B.Cohen no livro "...E foram felizes para sempre"
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