Vivo sempre antenada,
Mas a vida infestada
De tristeza que não passa
Esconde a festa que alegra
Nossa alma encarnada.
Festa é encontrar amigo
cidade, mar ou roçado
compartilhar todo canto
espantar o nosso pranto
No som de algum compasso.
Na aridez do Nordeste
o que salva é a nossa arte
Que pena ,o mato queimado
Destarte tanta toada
Desligo a informação
Mas fico alienada
Querendo um verso perdido
Quando mudei de estrada.
Sonhando com voz amiga
Eu volto pro mesmo ponto
E aguardo outra loa
Pra LUA lá da calçada.