por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Versos Madrugados- Socorro Moreira
Abro aquela janela tantas vezes
E as laranjas olham pra mim agradecidas ...
Não as desejo !
.
Olho a minha calçada
Imóvel e receptiva
Descansa ,
no silêncio da madrugada.
Acordo de sonhos do passado
" ...and i love her..."
- Teus olhos azul-piscina
E a gente dançava Elvis !
Faço do-in nas minhas pernas
Sinto as fisgadas do tempo
Sinto a falta das lágrimas
Minha dor é seca,
cheia de calos.
Espero o amanhecer
aqui por esses lados
Preciso da rotina,
que me escapa ...
Mais uma vez acendo,
apago a luz ...
E viajo nas minhas serenatas.
por socorro moreira
Amor antigo
querendo ganhar cores
querendo viver
a matura tranquilidade
de um amor legítimo !
Amor antigo, recauchutado,
mudo, desesperado ...
Disperso no desejo novo
Lacrimoso na tristeza doce
de saber que o amor não foi.
Esteve no estio romântico das horas
Nas madrugadas vazias ,
quando buscou o esquecimento
No clarão das estrelas que se acendiam
No dia ensolarado da consciência tardia...
Amor bandido, antigo, e ainda vivo !
socorro moreira
JouJoux e Balangandãs
Marchinhas de Carnaval
.
Joujoux, joujoux? Que é meu balagandã?
Aqui estou eu Aí estás tu
Minha joujoux Meu balagandã
Nós dois Depois
O sol do amor que manhãs
De braços dados Dois namorados
Já sei Joujoux Balagandãs
Seja em Paris Ou nos Brasis
Mesmo distantes Somos constantes
Tudo nos une Que coisa rara
No amor nada nos separa
Por Socorro Moreira
Nos embebedamos no branco da paz.
No meu juízo,
risos, vinhos e rios,
se harmonizam.
Hoje nos declaramos passarinhos ...
É assim o amor mais lindo:
livre, (e)ternamente !
O que dói é a posse.
Se ela inexiste ,
os encontros
amiudados ou não,
são gritos de carnaval !
Por Marcos Barreto de Melo
ACABA FESTA
eu ontem fui convidado
pra festa de casamento
da filha de Chico Bento
com o Zeca de Conrado
festa boa e animada
de tudo na mesa tinha
pato, peru e galinha
sarapatel e buchada
numa quadra de latada
a sanfoninha chorava
e a moçada animada
ao som do fole dançava
foi quando chegou Mororó
e mandou parar o rojão
com o tacho cheio de goró
vazando pelo ladrão
falou bem alto e zangado
e o povo ouviu assustado
quando ele disse, hoje eu mato
furo, sangro e tiro o fato
chamo o doutor de safado
xingo a mãe do delegado
dou tapa até em soldado
mas, não vou ficar parado
eu deixo o noivo amarrado
pra brincar mais sossegado
e com a mulher dele abraçado
vou dançar esse xaxado
grudado sem farrapar
até o dia clarear
Marcos Barreto de Melo
COSTA CONCORDIA

Foto Gregorio Borgia - AP
Vada a bordo,
cazzo!
(Não preciso de
nenhuma palavra mais
Para o meu
poema.)
J. C. M. Brandão
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