por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 14 de abril de 2011

AMAR SEM CONDIÇÕES- por Rosa Guerrera




Gosto de frear, o veloz carro da vida
numa qualquer contra-mão
do destino.
E romper as ridículas sinalizações
que existem , impostas por pseudos críticos , aos nossos passos, as nossas opiniões , as nossas falas e até aos nossos sentimentos .


Gosto de destruir no espaço,
as imposições, as cobranças
que a própria vida teima em nos oferecer.
E soltar num grito a liberdade de amar.


Amar sem reticências ou interrogações.
isenta de horas, sem pinturas,
retoques ou molduras no rosto.


Amar!
Amar, no sol, na chuva, no vento,
na praia ou na noite fria...
E encontrar nessa liberdade,
a forma maravilhosa de uma conquista,
que só o amar sem condições
é capaz de oferecer.

SIDERAL - por Stela Siebra

ASCENDENTE ESCORPIÃO:
Entre em sintonia com sua profundidade

A pessoa que tem Ascendente Escorpião se expressa na vida com uma marcante intensidade de sentimentos, que a faz intuitiva, passional, enigmática, impulsiva e profunda. Tem uma grande e turbulenta energia fervilhando no seu íntimo e precisa aprender como canalizar tal força.

Saiba como orientar-se pelos mistérios profundos de Escorpião, cuja sinalização indica ir além da forma aparente das coisas, ou seja, é preciso transformar, ir mais além. Portanto, não se contente com a superficialidade, pois Escorpião exige que um poço seja cavado e que você penetre nele para conhecer e aceitar os seus sentimentos ali guardados.

Sabe por que muitas vezes você se sente tão sem perspectiva e totalmente desorientado? É simplesmente porque você não está atento para a sinalização escorpiana, que fará você encontrar seu ponto de orientação e conseqüente renovação.

E isso significa mudanças na sua vida. Sinta que é preciso eliminar/matar certas coisas em você para poder começar do zero. Quando você aceita a perda e vivencia a dor, a raiva, o ciúme ou inveja, está penetrando no mundo desses sentimentos turbulentos e secretos, aceitando-os e tendo, assim, uma chance de transformá-los. Lembre que se você não remover os entulhos, não vai ter espaço livre e limpo para novos sentimentos e novas possibilidades em sua vida.

Não se esgote tanto com suas paixões! Não acumule e não reprima velhos e fortes sentimentos em sua alma. À medida que se apresentem, vá logo tentando canalizá-los de forma construtiva, liberando-os e dando-lhes novas formas.

Outra coisa: já que você é, também, tão perspicaz para captar os sentimentos das outras pessoas, ocupe-se com elas de vez em quando, ajudando-as a enfrentarem as surpresas, as crises e as dores da vida. Você sabe que é possível superar as perdas, porque sempre haverá um renascimento. Canalize, cada vez mais, sua energia nessa direção de vida que pode ser renovada e regenerada: é o milagre e o mistério de Escorpião.

No mapa astrológico o Ascendente é considerado o impulso de orientação, porque é o signo que está subindo no horizonte oriental no momento do nascimento. Por isso é ele quem inicia o percurso do Mapa astrológico pelas 12 Casas. É a ponta da Casa I, a casa da nossa identidade, aquela que mostra nossa fachada, nosso temperamento e comportamento. Daí a importância do Ascendente, porque o princípio desse signo é quem vai dar o horizonte de nossa vida, simbolizando nossa forma de expressão imediata e espontânea. O Ascendente é como nos mostramos como somos vistos, como inauguramos a vida.

lembrando Jorge Veiga ...



por socorro moreira


Às vezes nos apaixonamos pela história, e não pelo personagem da história. Importante enxergar a diferença, e colocar os pingos nos is.A história é algo em construção...Pode ser atualizada sempre, e pertencer a um futuro distante ou próximo;pode ser passado remoto, nublado, em exercício findo...
Quando o tempo não consegue dissolver um sentimento, e consegue rejuvenescê-lo com qualquer brisa da lembrança, não dá pra ignorar o que sentimos. Esta assunção faz festa, traz alegria pro nosso coração.
Lembrei uma música , que gosto muito:

Amigos novos e antigos

Composição: Aldir Blanc - João Bosco


As frases e as manhãs
são espontâneas
Levantam do escuro
e ninguém pode evitar
Eu tento apenas
mostrar cantando
O lado oculto do meu coração
Eu tenho às vezes
no olhar tardes de chuva
E sons percorrendo
alamedas na memória
Eu tento apenas
mostrar cantando
O que há nos lagos
do meu coração
"Quando para mucho
me amore de felice corazon
Mundo paparazzi me amore
chika ferdy para sol
Questo obrigado tanta mucho
que can eat it carrosel"
Alguém entrou no
meu peito agora
Mas só depois
vou saber quem é.

*O insustentável preconceito do ser! Por Rosana Jatobá- Colaboração de Wilton Dedê



Era o admirável mundo novo! Recém-chegada de Salvador, vinha a convite de uma emissora de TV, para a qual já trabalhava como repórter. Solícitos, os colegas da redação paulistana se empenhavam em promover e indicar os melhores programas de lazer e cultura, onde eu abastecia a alma de prazer e o intelecto de novos conhecimentos.
Era o admirável mundo civilizado! Mentes abertas com alto nível de educação formal. No entanto, logo percebi o ruído no discurso:
- Recomendo um passeio pelo nosso "Central Park", disse um repórter. Mas evite ir ao Ibirapuera nos domingos, porque é uma baianada só!
-Então estarei em casa, repliquei ironicamente.
-Ai, desculpa, não quis te ofender. É força de expressão. Tô falando de um
tipo de gente.
-A gente que ajudou a construir as ruas e pontes, e a levantar os prédios da
capital paulista?
-Sim, quer dizer, não! Me refiro às pessoas mal-educadas, que falam alto e fazem "farofa" no parque.
-Desculpe, mas outro dia vi um paulistano que, silenciosamente, abriu a
janela do carro e atirou uma caixa de sapatos.
-Não me leve a mal, não tenho preconceitos contra os baianos. Aliás, adoro a sua terra, seu jeito de falar....
De fato, percebo que não existe a intenção de magoar. São palavras ou
expressões que , de tão arraigadas, passam despercebidas, mas carregam o flagelo do preconceito. Preconceito velado, o que é pior, porque não mostra a cara, não se assume como tal. Difícil combater um inimigo disfarçado.
Descobri que no Rio de Janeiro, a pecha recai sobre os "Paraíba", que,
aliás, podem ser qualquer nordestino. Com ou sem a "Cabeça chata", outra denominação usada no Sudeste para quem nasce no Nordeste.
Na Bahia, a herança escravocrata até hoje reproduz gestos e palavras que
segregam. Já testemunhei pessoas esfregando o dedo indicador no braço, para se referir a um negro, como se a cor do sujeito explicasse uma atitude censurável.
Numa das conversas que tive com a jornalista Miriam Leitão, ela comentava:
-O Brasil gosta de se imaginar como uma democracia racial, mas isso é uma ilusão. Nós temos uma marcha de carnaval, feita há 40 anos, cantada até hoje. E ela é terrível. Os brancos nunca pensam no que estão cantando. A letra diz o seguinte:
"O teu cabelo não nega, mulata
Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega, mulata
Mulata, quero o teu amor".
"É ofensivo", diz Miriam. Como a cor de alguém poderia contaminar, como se fosse doença? E as pessoas nunca percebem.
A expressão "pé na cozinha", para designar a ascendência africana, é a mais comum de todas, e também dita sem o menor constragimento. É o retorno à mentalidade escravocrata, reproduzindo as mazelas da senzala.
O cronista Rubem Alves publicou esta semana na Folha de São Paulo um artigo no qual ressalta:
"Palavras não são inocentes, elas são armas que os poderosos usam para ferir e dominar os fracos. Os brancos norte-americanos inventaram a palavra 'niger' para humilhar os negros. Criaram uma brincadeira que tinha um versinho assim:
'Eeny, meeny, miny, moe, catch a niger by the toe'...que quer dizer, agarre
um crioulo pelo dedão do pé (aqui no Brasil, quando se quer diminuir um
negro, usa-se a palavra crioulo).
Em denúncia a esse uso ofensivo da palavra , os negros cunharam o slogan 'black is beautiful'. Daí surgiu a linguagem politicamente correta. A regra fundamental dessa linguagem é nunca usar uma palavra que humilhe, discrimine ou zombe de alguém".
Será que na era Obama vão inventar "Pé na Presidência", para se referir aos negros e mulatos americanos de hoje?
A origem social é outro fator que gera comentários tidos como "inofensivos" , mas cruéis. A Nação que deveria se orgulhar de sua mobilidade social, é a mesma que o picha o próprio Presidente de torneiro mecânico, semi-analfabeto. Com relação aos empregados domésticos, já cheguei a ouvir:
- A minha "criadagem" não entra pelo elevador social !
E a complacência com relação aos chamamentos, insultos, por vezes
humilhantes, dirigidos aos homossexuais ? Os termos bicha, bichona,
frutinha, biba, "viado", maricona, boiola e uma infinidade de apelidos,
despertam risadas. Quem se importa com o potencial ofensivo?
Mulher é rainha no dia oito de março. Quando se atreve a encarar o trânsito, e desagrada o código masculino, ouve frequentemente:
- Só podia ser mulher! Ei, dona Maria, seu lugar é no tanque!
Dependendo do tom do cabelo, demonstrações de desinformação ou falta de inteligência, são imediatamente imputadas a um certo tipo feminino:
-Só podia ser loira!
Se a forma de administrar o próprio dinheiro é poupar muito e gastar pouco:
- Só podia ser judeu!
A mesma superficialidade em abordar as características de um povo se aplica aos árabes. Aqui, todos eles viram turcos. Quem acumula quilos extras é motivo de chacota do tipo: rolha de poço, polpeta, almôndega, baleia ...
Gosto muito do provérbio bíblico, legado do Cristianismo: "O mal não é o que entra, mas o que sai da boca do homem".
Invoco também a doutrina da Física Quântica, que confere às palavras o poder de ratificar ou transformar a realidade. São partículas de energia tecendo as teias do comportamento humano.
A liberdade de escolha e a tolerância das diferenças resumem o Princípio da Igualdade, sem o qual nenhuma sociedade pode ser Sustentável.
O preconceito nas entrelinhas é perigoso, porque , em doses homeopáticas, reforça os estigmas e aprofunda os abismos entre os cidadãos. Revela a ignorancia e alimenta o monstro da maldade.
Até que um dia um trabalhador perde o emprego, se torna um alcóolatra, passa a viver nas ruas e amanhece carbonizado:
-Só podia ser mendigo!
No outro dia, o motim toma conta da prisão, a polícia invade, mata 111
detentos, e nem a canção do Caetano Veloso é capaz de comover:
-Só podia ser bandido!
Somos nós os responsáveis pela construção do ideal de civilidade aqui em São Paulo, no Rio, na Bahia, em qualquer lugar do mundo. É a consciência do valor de cada pessoa que eleva a raça humana e aflora o que temos de melhor para dizer uns aos outros.
PS: Fui ao Ibirapuera num domingo e encontrei vários conterrâneos. ..


Rosana Jatobá*
Rosana Jatobá é jornalista, graduada em Direito e Jornalismo pela
Universidade Federal da Bahia, e mestranda em gestão e tecnologias
ambientais da Universidade de São Paulo. Também apresenta a Previsão do Tempo no Jornal Nacional, da Rede Globo. **
Esse texto é parte da série de crônicas sobre Sustentabilidade publicada na CBN*

SAUDADE DENTRO DO PEITO
É COMO FOGO DE MUNTURO
POR FORA É TUDO PERFEITO
POR DENTRO FAZENDO FURO
Patativa do Assaré

VOCÊ

Você será sempre aquela frase que eu não disse, Aquela música que eu não consegui compor... Aquela lágrima que secou nos meus olhos... Aquele silêncio que fez ruído no meu coração.. Você será sempre o lago tranqüilo das minhas emoções, Os pingos da chuva que formam imagens na vidraça da janela . Firmamento pontilhado de estrelas que iluminam meus passos, E mar gigante que na sua cor verde me acena esperanças. Você é sonho real e realidade concreta de um sonho apetecido... É voz que canta uma melodia de fé e verdade. É ternura que o tempo não apaga e os anos não conseguem destruir. .. Você ....é apenas você na minha vida .

Nem tudo a um simples click - Emerson Monteiro

Nos tempos eletrônicos desta hora, para onde estirar a vista, distâncias imensas deixaram de limitar as estradas humanas. Querem claridade, haja claridade no primeiro botão detrás da porta. Ambiente climatizado, só estirar o braço e acionar a chave. Saber das horas, e enterrar as unhas no teclado para acender o celular. Emergência, acionar o telefone. Uma música feliz, façam-se os sucessos do momento. Notícias quentes, o plantão da televisão. Segue, assim, o esplendor das maravilhosas máquinas, a ponto quase de virar sonho eletroeletrônico de noite querer ir ao banheiro e mover o clone virtual para atender às necessidades. Carros, máquinas, comunicações, diversões, viagens, compromissos, encomendas, saúde, clima, educação, amizades, família, gama infinita de ordens cumpridas nos apelos da técnica.
O aperfeiçoamento tecnológico causa espanto às gerações que agora buscam apressadas novidades do progresso em passeios de fim de tarde. Automóveis falam. Deficientes dirigem. Casas obedecem. Palestrantes ensinam à distância. Médicos operam na tela do computador. Crianças brincam de engenharia antes mesmo de falar. Pais recorrem aos filhos na compra de seus instrumentos de consumo quais clientes procuram monitores para tirar quantias financeiras. Aviões desbravam estratosferas como rotineira pesquisa. Resultado das mudanças, por debaixo da aparência, norteando o futuro, corre todo tempo um rio de fenômenos inimagináveis pelas artérias da sociedade.
Ninguém alimenta desejos de retornar ao período em que não existiam as facilidades modernas. Banho quente no inverno era de cuia, e lembrar que os imperadores, na Idade Média, por exemplo, nada sabiam do que revelou a ciência desta fase atual. Visões do paraíso nunca chegaram tão perto, prazerosas, quanto nestes dias dos circuitos elétricos utilizados.
No andar do comentário, bem aqui, afloram as conclusões dos argumentos em duas alternativas. Ou querer interpretar a ingratidão das pessoas que dispõem de tudo e ainda reclamam de barriga cheia. Ou agir qual criança a quem o triste vira festa, no açúcar do presente.
Corretos da política, no entanto, veem poucos motivos de euforia nos aparelhos carregados nos fios da parede, porquanto exigem melhoria no sistema geral. A saúde pública precisa cumprir o seu papel e servir melhor a população. As ruas andam carcomidas de buracos e valas arriscadas. Uma injustiça social crônica insiste dividir as populações, também nos países ditos ricos. O ensino discrimina e realimenta exclusões sociais, invés de resolver o vazio da conscientização das massas. Poucos têm muito e muitos têm quase nada. Violência, drogas, prostituição infantil, trânsito caótico, angústia, eis algumas das mazelas de solução precária por parte da técnica, a depender do desenvolvimento da mentalidade dos seus usuários, sinal do quanto resta para realizar neste chão comum, tarefa que cabe a todos nós, sem nenhuma exceção.

"...DO CARIRI" - José Nilton Mariano Saraiva

Desnecessário forçar a memória pra lembrar que, meses atrás, quando da “farsa” que foi a plenária solene de criação da Região Metropolitana do Cariri, no recinto da Assembléia Legislativa do Estado, alguns dos Deputados Estaduais (que inclusive foram votados no Crato) se postaram peremptória e radicalmente contrários a tal denominação, já que, asseveravam convictos, desde o batismo oficial a denominação mais “apropriada” para aquela área seria Região Metropolitana de Juazeiro. Como não houve unanimidade e objetivando aparar arestas, os “bombeiros de plantão”, por conveniências momentâneas, decidiram pela manutenção da primeira denominação – Região Metropolitana do Cariri. Puro jogo de cena, conversa pra boi dormir, cinismo absoluto, hipocrisia em estado latente, já que a questão substantiva, a da localização dos empreendimentos que viriam para a Região Sul do Ceará e a conseqüente alocação dos necessários recursos para tal mister, de antemão já estavam garantidos pra Juazeiro do Norte.
Na oportunidade, registramos aqui mesmo o nosso protesto, e profetizamos que, em razão do “componente político”, na prática a teoria seria outra, já que havia e estava clara a predisposição governamental de privilegiar as cidades de Sobral, ao norte, e Juazeiro do Norte, ao Sul, em termos de interiorização desenvolvimentista do interland alencarino; às demais cidades seriam destinadas as sobras, os refugos, as migalhas, aquilo que não fosse de interesse da “metrópole” (o lixão, por exemplo), já que meros satélites a vagarem na órbita das urbes acima citadas. O tempo literalmente “fechou”, já que fomos “premiados” com alguns adjetivos de cunho eminentemente preconceituosos e depreciativos, tais quais: conservador, bairrista, ultrapassado, anacrônico e por aí vai.
Fato é que, de lá pra cá (e lamentavelmente), o que houvéramos previsto se tornou uma dolorida realidade (principalmente para os cratenses), além do que revestido e acompanhado de um componente sarcástico e provocativo: em todos os grandes principais investimentos implementados em Juazeiro do Norte (principalmente na esfera governamental), há de se expressar e constar em “caixa alta e cores diferenciadas”, tanto na fachada da obra civil como em documentos atinentes, a denominação complementar “...DO CARIRI” (assim, temos o Aeroporto Regional do Cariri, o Hospital Regional do Cariri e por aí vai), como se, a partir de então, nenhuma obra similar ou de características idênticas se torne necessária (Juazeiro do Norte deterá o privilégio de ser o primeiro e único em termos de Cariri, ad eternum).
E, só pra chatear (ou jogar a última pá de cal num corpo insepulto e putrefato), maus cratenses (adeptos do puxasaquismo e de conveniências momentâneas) trataram de difundir um slogan tão cretino quanto derrotista - “somos um só povo, uma só nação Cariri” - que apenas denota a falta de compromisso, o desamor ao Crato, o pouco caso com o futuro da cidade, o conformismo com o catastrófico status atual, a impotência de se conseguir algum projeto de porte gerador de emprego e renda, a inapetência política caracterizada pela falta de parcerias capaz de alavancar o desenvolvimento da urbe; e o pior é que tão estapafúrdio conceito foi imediatamente absorvido e difundido, inclusive e principalmente pelas autoridades do município, numa clara sinalização de que não devemos nos preocupar se nada vem para o Crato, não devemos reclamar se nos falta emprego e renda, não devemos se importar se a nossa cidade dia-a-dia se degrada, afunda e se transforma numa cidade fantasma, porque, afinal de contas... “Juazeiro é bem ali” (assim, até um simples BO policial terá que ser obtido lá).
Também, esperar o que de um prefeito que publicamente proclamou que “...o Crato é final de linha, só vai ao Crato quem tem negócios lá” ??? O que esperar de um prefeito que é tão “afinado” com o Governador do Estado que este, em visita à cidade, fez questão de ignorá-lo solenemente e às claras ???
Ta na hora, pois, do povo do Crato encarar com mais seriedade e responsabilidade uma eleição, colocando à frente do município pessoas que tenham compromissos com a cidade, que se disponham a catapulta-la do pântano movediço em que a meteram (já há décadas).

Curtas. Por Liduina Belchior.

Sexualidade e vida:

Sim a respiração,

não a omissão,

sim a intensa paixão.

Por Lupeu Lacerda



Meu amor e meu ódio se
encontram nos corredores
sempre mal iluminados da
minha cabeça posta a venda.
Tratam-se como velhos amigos,
depois,
como inimigos juramentados.
Marcam, a depender do dia,
uma cerveja no final da tarde ou
um duelo ao por do sol baiano.

JORGE VEIGA - Por Norma Hauer


O CARICATURISTA DO SAMBA

Foi no bairro do Engenho de Dentro, aqui no Rio de Janeiro, que ele nasceu no dia 14 de abril de 1910. Recebeu o nome de Jorge de Oliveira Veiga, mas ficou conhecido JORGE VEIGA e venceu como cantor e compositor , ficando com um nome famoso durante vários anos , sendo hoje uma grande saudade, que marcou nossa música popular.
Como todo menino pobre, exerceu profissões modestas e, na de pintor de paredes, enquanto píntava, cantava o repertório de Sílvio Caldas..Assim, o dono de uma loja que ele estava trabalhando, ouviu-o e o levou para se apresentar na Rádio Educadora do Brasil.
Daí para fazer sua primeira gravação não foi difícil; gravou seu primeiro disco com Antenógenes Silva e. da autoria deste. o samba “Adeus João”, que não fez sucesso, mas abriu-lhe as portas para ingressar definitivamente na vida artística.
Em 1942 ingressou na Rádio Guanabara, onde conheceu Paulo Gracindo, que lhe deu apoio , ajudando-o a cantar frente a um microfone. Foi Paulo que lhe deu o título de “Caricaturista do Samba”.
Em 1944 conheceu seu primeiro grande sucesso: o samba “Iracema”, de Raul Marques.
“Oh Iracema, logo vamos ao cinema,.
Por sua causa, hoje não fui trabalhar
Não me dê o bolo.
Oh Iracema, você é o meu consolo...

Estamos combinados,
Nós nos vamos encontrar
Naquele ponto de bonde
Na Praça Mauá
Não quero perder a primeira sessão.
Vamos ver aquele filme
“Sempre no meu coração”

Aqui, mais uma vez, o bonde “entrou” em nossa música popular e um grande filme estava fazendo sucesso:”Sempre no meu Coração”.

Com as portas abertas, vieram outras gravações para receber outros sucessos, como “”Rosalina”; “Fui um Louco”; ou “Cabo Laurindo”,
Cabo Laurindo ficou um personagem fictício, como o herói da 2ª Guerra, logo que esta terminou.

No carnaval de 1947 ele gravou um samba de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira de nome “Eu Quero é Rosetá”. Não é que a censura cismou com esse samba, proibiu-o, mas depois o libertou ?
Afinal o que queriam dizer com a palavra “rosetá”? Até hoje é um enigma, mas o samba afinal foi libertado e obteve grande sucesso.
Em 1951, Jorge Veiga realizou o sonho de todos os artistas de sua época: foi contratado pela Rádio Nacional e, ao microfone dessa rádio lançou um recado para os aviadores:
“Alô, alô, senhores aviadores que cruzam os céus do Brasil:”aqui fala Jorge Veiga da Rádio Nacional . Estações do interior, queiram dar seus prefixos para guia de nossas aeronaves.” Será que isso ajudava ou atrapalhava?

Em 1953 gravou sua primeira composição, o samba “Boêmia”.

Torcedor do Flamengo, gravou o samba “Flamengo” e o “Hino da Torcida do Flamengo”.
Em 1959 gravou um samba de breque que. anos antes, fora sucesso com Moreira da Silva: “Acertei no Milhar”, de Wilson Batista e Geraldo Pereira. O samba voltou a ser sucesso.
Em 1955 gravou, de Miguel Gustavo, uma crítica aos então cronistas sociais: “Café Soçaite”, onde cita o nome de Ibraim Sued, então em grande evidência.

Nesse mesmo ano, obteve outro êxito:”Bigorrilho”, de Paquito e Romeu Gentil.
Em 1979 foi lançado um LP de nome “O Eterno Jorge Veiga”, com os maiores sucessos de sua carreia, que nesse mesmo ano terminaria com seu falecimento no dia 29 de junho, aos 69 anos.

Norma

O Livro "No Azul Sonhado"!

Coletânea em prosa e verso
Organização: www.catadoradeversos.blogspot.com

Dedicatória ( homenagem a J.de Figueredo Filho e Patativa do Assaré) - por Tiago Araripe
Contracapa- por Emerson Monteiro
Prefácio - por José Flávio Vieira
Orelha - por José do Vale Feitosa
Revisão : por Stela Siebra Brito e Luís Eduardo
Diagramação e capa- Por Luiz  Pereira

45 autores


180 páginas.

Tiragerm: 500 exemplares

225( 5 para cada autor)
75- reservados por  autores
200- em disponibilidade até 31 .05.2011

Contato através do e-mails:
sauska_8@hotmail.com ( socorro moreira) ou moreirasocorro@gmail.com




Do livro "POESIAS" - de João Nicodemos de A.Neto


UM LAMPEJO PARA RAULAMPIÃO - por Ulisses Germano


RauLampião do Crato

                  RauLampião, no seu incomum lampejar filosófico, afirmou para mim numa conversa na Praça da Sé que "é possível através, primeiro da inteligência e segundo do querer, adquiririr sucesso na vida sem precisar depender da vulgaridade". Ele me pediu que fizesse uns versos sobre este assunto tão polêmico que diz respeito  as letras de algumas bandas de forró que extrapolam na avacalhação "poética"  desembocando na pornofonia. Sem falso moralismo, creio que nossa música contempla uma vastidão imensa de assuntos, mas que o ouvido de nossas crianças merecem respeito! Um país que não respeita suas crianças está fadado ao castigo de Sísifo. Que tipo de gente a gente está criando para o futuro? As crianças repetem os discursos dos pais! Isto é natural, a imitação faz parte do processo de aprendizagem. Ouso até em afirmar que o  tratactus filosoficus do Brasil está escrito nas letras de nossas canções. Cazuza foi um desses poetas-profetas que na letra de O TEMPO NÃO PARA afirmou: "transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro".

Aquilo que a gente escuta
Pode nos deixar doente
A música funde a cuca
Quando expressa o indecente
É uma graça sem graça
O forró se fez desgraça
Na boca de muita gente

Ulisses
Praça da Sé, Crato: 12/04/11

Aluísio Azevedo



Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo (São Luís, 14 de abril de 1857 — Buenos Aires, 21 de janeiro de 1913) foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro; além de bom desenhista e discreto pintor.


Pobre Amor
de Aluísio Azevedo

Calcula, minha amiga, que tortura!
Amo-te muito e muito, e, todavia,
Preferira morrer a ver-te um dia
Merecer o labéu de esposa impura!

Que te não enterneça esta loucura,
Que te não mova nunca esta agonia,
Que eu muito sofra porque és casta e pura,
Que, se o não foras, quanto eu sofreria!

Ah! Quanto eu sofreria se alegrasses
Com teus beijos de amor, meus lábios tristes,
Com teus beijos de amor, as minhas faces!

Persiste na moral em que persistes.
Ah! Quanto eu sofreria se pecasses,
Mas quanto sofro mais porque resistes!

Georg Friedrich Händel



Georg Friedrich Händel (Halle an der Saale, 23 de Fevereiro de 1685 — Londres, 14 de Abril de 1759) foi um célebre compositor da Alemanha, naturalizado cidadão britânico em 1726.

Zuzu Angel


Zuleika Angel Jones, conhecida como Zuzu Angel, (Curvelo, 5 de junho de 1923 — Rio de Janeiro, 14 de abril de 1976) foi uma estilista brasileira, mãe do militante político Stuart Angel Jones e da jornalista Hildegard Angel.

Carta de Stuart para sua Mãe

"Mãe, você me pergunta se eu acredito em Deus.

Eu te pergunto: Que Deus? Tem sido minha missão te mostrar Deus no Homem, pois, somente no homem ele pode existir. Não há homem pobre ou insignificante que pareça ser, que não tenha uma missão.

Todo homem por si só influencia a natureza do seu futuro. Através de nossas vidas nós criamos ações que resultam na multiplicação de reações. Esse poder que todos nós possuímos, esse poder de mudar o curso da história, é o poder de Deus. Confrontado com essa responsabilidade divina, eu me curvo diante do Deus dentro de mim." Stuart Edgard Angel Jones".

Victor Assis Brasil



Victor Assis Brasil (Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1945 — Rio de Janeiro, 14 de abril de 1981), foi um saxofonista brasileiro e um dos mais aclamados instrumentistas do jazz nacional

Sociologia Familiar - Ulisses Germano


A
função social 
dos avós
é
"estragar"
os netos!

Ulicis
14abril11