Não sou a ideia do que suponho
tampouco a cruz do pensamento.
Posso falar pelo meu corpo
uma vez que a dor é minha.
Embora ultimamente
a dor me venha
quando durmo.
Então penso "é sonho"
e volto a dormir calado
(só despertando na hora
em que a porta se abre
sozinha e o vento
da área de serviço
puxa meus cabelos)
A morte é a liberdade
mas hoje de tarde
vendo um pombo
de pescoço flácido
no meio da calçada
não achei graça
nem virtude.
Quisera pudesse
tocar de leve
sua cabeça
levá-lo aos pés do velho
que ontem pela manhã
dava-lhe migalhas
de sonhos distantes.
Ah, foi isso.
Foi isso que matou o pombo.
3 comentários:
Lindo poema Domingos.
A gente sonha, viaja e empatiza a cada verso.
Dou-lhe um sorriso e um aperto de mão.
Mais um abraço: Liduina.
Belo poema .Belo Domingos, que tudo pode !
Abraços aos vivos sentimentos.
Domingos Sávio
que belo nome você tem
que belos poemas você faz
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