a cafeteira
me dá bom-dia
com seu gesto de prata.
digo a mim mesmo :
acorda !
levanta-te e anda !
sofre
a alegria vã
das árvores tardias,
dos morangos que lançam
os frutos maduros das imbaúbas
sobre os telhados.
olha em torno:
o verde indiferente,
a música fechada no piano,
a pequena formiga
e suas passadas,
a suportar
o grão de açúcar
desse Universo !
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