Fim do dia
Mais um Domingo que finda
Sem passeio no campo
Sem a tua companhia
Meu canto é no travesseiro
Que arrumo noite e dia
Fica difícil aturar
A falta que não existe
Mas a morte
Tem seu dia!
Nestas horas lentas,
Em que o dia se escoa,
Como um rio na planície
Vivo um abraço imaginário,
Esperando a noite chegar.
Quem te acorda
Da corda e do som?
Uma angústia, uma ausência.
Gole amargo é fel do não!
Abre a janela.
A luz te invade
Como em labirintos
A deixar passar o vento
Que se sente, sem se ver
Sono que se vai
O lado vazio e silencioso da cama
Arrumo o lençol que fala.
resposta ao tempo,
Que a cor vem tomar...
Exposta ao vento,
Que seu calor vem esfriar
Mesmo assim quero ativo,
Na primeira,
Na Segunda,
Pessoal, sempre, interno,
Silente
Céu eterno!
Chão acaba
Falta o ar.
Respirar para aturar.
Respirar para esperar,
Presente com tinta
Futuro sem papel
Passado amarrado
Pipas voam alto do além para cá...
Conquista espaço,
Na janela do quarto
Vejo um pedaço do céu!
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