Que hoje é um dia qualquer da minha vida.
Que ele foi recortado do passado.
ou que chegou do futuro, ainda novinho...
Faz de conta que o meu presente é esse dia
E nele eu reponho a poesia, o verde, a minha alegria.
Faz de conta que você contracena comigo...
Que sorri me fala, e segura meu pé, num carinho.
Faz de conta que estamos numa estrada,
Em busca de uma serra, em busca de um cantinho...
Faz de conta... Que o dia está no infinito,
e de lá viver a eternidade...é preciso!
Faz de conta que contigo sou fada sem varinha..
Que tu és mago com cajado, e lanterninha...
Que eu sigo ao teu lado, no silêncio do teu dia
Faz de conta... Que só nós dois existimos...
Que a água está gelada, que a fonte de mim
É você quem mina e mima!
Pára um só minuto...
Abraça-me com todos os beijos que eu perdi...
Como certo dia...
Em que eu vi teus olhos,
e nem versos , fiz!
olhos cor-de-petróleo
apertadinhos e atentos
me descobrem
apesar das voltas
das meias
dos brincos
do vestido longo,
você pára no decote...
me decora,
me põe nua no mundo!
sono e sonho...
lá fora a lua se esconde
e o dia me beija,
me acorda dos teus olhos,
ao teu lado,
ganho o mundo!
Viajar é encontrar
a poesia
no vento e nas nuvens...
Preciso do sol
pra pintar de moreno
a palidez do meu rosto,
catalisar processo bloqueado
é esperar que um açude sangre,
surpreendentemente!
Da inquieta vontade de ser
nasce a decisão de não ter!
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