Dia amarelo
Se puder podá-lo...verde ficará?
Mas, verde é a cor do fel...
Preciso do vento,
que faz a árvore dançar...
bate em meu rosto,
resseca-me a boca,
enxuga o suor
do meu caminhar.
Tudo acaba em lembranças?
Porisso há dor,
quando fecha um círculo ...
Mesmo que botões,
perfilem, o desabrochar!
Não nasci pérola...
Por que me sinto ostra?
A falta de cortinas
continua me fazendo madrugar
telhas de vidro ofuscam a vista...
Falta energia nas lâmpadas do meu corpo
Minha veia poética, mesmo obstruída,
me protege da solidão.
Sem sair da trilha,
cumpro o meu destino...
O bem-querer é mais terno,
quando libera a paixão?
Nas noites tenho a lua,
que nem precisa falar...apenas brilha!
-Parece uma foto de Buda!
Preciso ir à luta...
Com a garra de uma jovem
e a parcimônia adulta !
Estou em casa
No trecho, em que vivi minha infância encantada:
Pais,avós,bonecas,doce no tacho,
primeira escola,primeiro livro de estória...
O cheiro da "Pedra Lavrada"
é de chuva, , macaúba , manga-rosa...
Que mistura maluca!
Sons na vitrola...
Orlando, Emilinha Borba...
Folguedos na calçada...
Tardes rosa...cor de Aurora!
Cadeiras na calçada, colo de avó,mimos de avô,
assobio de pai,bolos de mãe : pão-de-ló e palmatória!
E o tempo passa...
como o doce do pirulito...
Dissolvido, findo!
E assim , o cabelo fica gris ...
Como as tardes solitárias,
queixosas e saudosas...
-Tudo , em meu coração descansa!
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