Lí certa vez que : o reencontro tem muitas faces.Há reencontros que machucam, que alimentam cicatrizes, que sugerem novas lágrimas e muitas vezes até despertam a aridez de emoções desagradáveis .Outros no entanto possuem a beleza rara de ressucitar por entre´núvens do passado , a juventude hoje tão longe.Foi exatamente essa face que me foi apresentada quando depois de 40 anos reeencontrei uma velha amiga dos meus verdes anos , hoje poetisa afamada na cidade do Crato: Socorro Moreira. Socorrinho ( como sempre a chamei )foi minha vizinha por algum tempo aqui em Recife .Naquela época eu devia ter uns 18 anos , e Socorrinho aproximadamente 12 anos, e eu achava curioso aquele menina gostar tanto de ler minhas poesias , e até acompanhar matérias que então eu escrevia em jornais ; isso sem falar no tempo que ela ficava a me escutar tocando violão, e me pedindo para que eu falasse sobre as cidades onde morei na Italia ...Mas , como costumo dizer que não podemos fugir ao caminhar da fila da vida , o tempo passou e a familia vizinha voltou para o Crato , enquanto destinos diferentes passamos a trilhar. E hoje passados 40 anos , aquela "menina " dos anos 60, me reencontrou através da Net, e qual não foi minha surpresa quando recebí uma mensagem dela no meu blog.
Desde então não perdemos mais contato , e foi imensa a minha alegria de recebê-la hoje , aqui em minha casa em Recife. Sinceramente , não tenho dúvidas que foi a poesia ( minha eterna companheira ) que ocasionou esse reencontro. E apesar do pouco tempo que passamos juntas , lembramos e sorrimos juntas dos frutos e das lembrnaças gostosas da nossa juventude. Hoje Socorrinho , mais conhecida no Crato como a poetisa Socorro Moreira , possui um blog maravilhoso , e eu uma frequentadora assídua dos seus escritos .
É isso aí ....o tempo passou ...mas repito : a poesia fez questão de ocasionar esse reencontro, e nele a certeza tanto minha como da minha amiga Socorrinho , de que ainda temos muitos versos a escrever . Apesar das rugas , apesar do tempo e apesar dos cabelos brancos .
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por rosa guerrera
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