Na ponta da rua
Moreirinha é arte!
Minha mãe,
minha avó, minha casa,
meu pé de algaroba
minha catapora...
Tudo para trás!
Casa dos apertos
Redes pelas salas
Um banheiro só
Uma fila grande
Toalha encharcada,
um lençol gigante
Carta e telegrama,
um amor distante,
outros lá na vala.
O mergulho dos carros
A queda dos meninos
Um tiro, um enfarte
uma chuva, um sumiço
Casamentos na sacristia
Fatalidades, mescladas de
Alegrias .
Palacetes, casas conjugadas,
dentro de um só plano.
Cadeiras na calçada
E a gente a passar, a deixar
hora íntima, no ar...
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