Deixei de curtir Roberto Carlos , na minha adolescência. Eu estava impregnada do repertório do meu pai, primos mais velhos, e até da minha avó..
Pois é...Passei batida pela Jovem Guarda.
Hoje escutei Roberto , e arrepiei-me. Descobri que as suas músicas sempre fizeram parte da minha vida, e vivem tocando dentro de mim.
A gente é um misto de todas as melodias que ouvimos.
Essa canção foi presente da minha mana Zélia.
Fomos criadas ouvindo a mesma radiola, e sabendo desde cedo, que o coração quando dispara não sabe o caminho de volta.
Interessante constatar que a música do passado , que eu nem escutei direito, hoje é presencial.
Não tenho da vida , senão a própria vida
e dela, nem sou guardiá.
A dor passou, não quis ficar
Achou o terreno encharcado
de alegria.
Ela rejeita o bem-estar.
Mas sempre volta ,
esperando lugar pra sentar
Tem sua cadeira cativa ,
mas uma cadeira vazia ,
como a canção de Lupicínio.
Não sei lidar, nem quero ...
Com o obscuro de alguns
Os meus hachurados
estão iluminados
pela consciência de que
não sou nenhum, nem algum
Sou uma simples intenção divina,
que um casal humano argamassou.
Tô aqui , na estrada.
Curtindo os encontros,
e aprendendo com os inversos,
em mim camuflados.
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