por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

de 2009 Mais uma vez, a primeira vez



Deixei de curtir Roberto Carlos , na minha adolescência. Eu estava impregnada do repertório do meu pai, primos mais velhos, e até da minha avó..
Pois é...Passei batida pela Jovem Guarda.
Hoje escutei Roberto , e arrepiei-me. Descobri que as suas músicas sempre fizeram parte da minha vida, e vivem tocando dentro de mim.
A gente é um misto de todas as melodias que ouvimos.
Essa canção foi presente da minha mana Zélia.
Fomos criadas ouvindo a mesma radiola, e sabendo desde cedo, que o coração quando dispara não sabe o caminho de volta.
Interessante constatar que a música do passado , que eu nem escutei direito, hoje é presencial.


Não tenho da vida , senão a própria vida

e dela, nem sou guardiá.

A dor passou, não quis ficar

Achou o terreno encharcado

de alegria.

Ela rejeita o bem-estar.

Mas sempre volta ,

esperando lugar pra sentar

Tem sua cadeira cativa ,

mas uma cadeira vazia ,

como a canção de Lupicínio.

Não sei lidar, nem quero ...

Com o obscuro de alguns

Os meus hachurados

estão iluminados

pela consciência de que

não sou nenhum, nem algum

Sou uma simples intenção divina,

que um casal humano argamassou.

Tô aqui , na estrada.

Curtindo os encontros,

e aprendendo com os inversos,

em mim camuflados.



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