Quando eu era pequena, achava minha mãe tão linda, que um dia cismei que era filha adotiva. Eu não tinha aquele rosto de feições perfeitas, como se tivesse sido feito á lápis.
Hoje observando a leva de netas, descubro que a sua beleza está na geração seguinte. Ainda bem ! Era beleza demais pra ficar escondida, e não ser perpetuada , na sua descendência.
Quando tornei-me adolescente senti um certo prazer em não ser tão bela, e ter herdado o charme do meu pai. Aquele lá era mesmo irresistível... !
Quando fiquei mais velha, percebi que estive sempre fora dos padrões de beleza , e isso me estimulou a ser diferente.
Quando amadureci, descobri que beleza não pôe mesa , e que ela se transforma , irremediavelmente,com o passar do tempo. O que a gente não perde é o brilho do olhar e a ternura do sorriso. Quem faz a beleza é o amor que a gente sente !
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