Enfim termina o dia.
O sol já sumiu.
Minha casa empoeirada pede espanador,
e sorri dos meus espirros.
Noite de arrumar caixinhas
Rasgar anotações anônimas
ou de endereços perdidos.
Amassar as notas das compras
(elas já não fazem mais sentido)
Noite de refrescos no corpo
De sucos na garganta
De música pra ninar gente grande
Fiz a ronda , e não achei meu canto
A palidez da minha mãe,
lembra uma flor de algodão ...
Mas ela nunca gostou de ruge,
e seu baton já secou.
Entro e saio naquela casa,
sem a presença do meu pai
Procuro assobios, nos cantos do muro,
e encontro trepadeiras,
que empestam de rosas
uma vida crua
Passa o tempo, e eu aqui,
buscando o calor de uma palavra nova.
Li a Crônica de Marcos,
Comi devagar um sapoti...
Vou esperar o show de McCartney
Só pra ouvir "All My Loving"
Nenhum comentário:
Postar um comentário