Agosto de 1994
Aluguei um apartamento, no Bairro do Catolé,(Campina Grande) , antes da chegada do caminhão de mudanças. Rede armada, filhos em casa (com exceção do Caio, já casado), e garrafinhas de água mineral por todos os cantos. Sinto-me em paz. Sensação de leveza e liberdade, como se eu pudesse até morrer, naquele instante.
Estou trabalhando na plataforma de atendimento às pessoas jurídicas. Vendendo seguros, e aprendendo, inclusive, como se faz uma vistoria num carro. Sou boa vendedora, acho! Estou sendo designada para fazer cursos, em João Pessoa, e multiplicar as informações, em nível de Agência. Tenho contribuído, no atingimento de metas. Minha avaliação funcional é indicativa de cargos, na alta administração, e tenho a autonomia de quem sabe mandar, e sabe ser mandado. Minha aprendizagem como bancária, fechou o circulo!
O terrorismo é evidente. A política funcional cogita claramente, a supressão do seu quadro, na ativa. E chega o programa de demissões voluntárias. Posso me aposentar dentro de dois anos, e posso esperar esse dia, fora do Banco. Provavelmente fui impulsiva, quando fiz a minha adesão. Mas, senti necessidade de sair do contexto, que me parecia torturante. Não por mim, mas por muitos dos meus colegas. Campina Grande foi um pouso... Apenas isso!
Victor concluiria seu curso de Medicina em Fortaleza, e eu o acompanharia. André cursava Administração de Empresas, e poderia também ser transferido. Encaramos os três, a nova estrada do destino. Deixamos para lá a cidade de clima feliz, dos doces abacaxis, do forró diário, das vaquejadas, e dos repentes e seus violeiros.
Flávio José cantava algo, quando nos despedíamos de lá, sem saudades! O coração estava habituado a partir, e a deixar partir!
Fiquei por 5 anos em Fortaleza, quando em 2000, resolvi fixar residência, no meu torrão natal: Crato !
Foi a volta definitiva.
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