por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 2 de janeiro de 2011

Vida itinerante de uma bancária - Crato !





Dezembro de 1974.

Banco do Brasil em Crato, me espera. Rostos conhecidos me recebem: Iolanda, Ana Lúcia Brito, Rosário, Joanita, José Erlânio, Manoel Borges, Edgar da Matta, João Batista, Josimar Leonel, Ronald Albuquerque, Alonso Gomes, etc.
Seu Edgar foi meu primeiro chefe, no SETIN (serviços internos).
A gente ganhava 15 salários por ano, assistência de saúde das melhores, e tínhamos um padrão de vida razoável... Alguns consideravam o melhor emprego público do Brasil. Dava pra comprar a crédito todos os móveis da casa, viajar nas férias, e comprar roupas bonitas. Sabíamos que todo dia 20, o salário entraria na conta.
Foi um tempo sobrecarregdo, porque eu voltei a ensinar, no período da tarde, e no período noturno, além de cuidar da família.. Era uma correria só, do Banco para os diversos estabelecimentos de ensino. A maquiagem derretia, porque eu não tinha carro, nem existiam os moto-taxis.
Participei como diretora social da AABB, e promovemos algumas boas festas.
Por razões particulares, um ano depois, solicitei minha transferência para o Recife, e, de casamento findo, com três filhos pequenos, peguei o ônibus do destino.A dor da saudade, no coração... Mas a vida nova precisava ser iniciada, num novo cenário: sem Chapada do Araripe, sem amigos de infância, sem alunos, sem parentes... Cara e coragem, e uma vontade imensa de viver, e de existir por mim mesma.
E foi com essa disposição, que trabalhei, no meu primeiro dia, na Ag. Do Banco do Brasil da Dantas Barreto, em Recife.
Metropolitana Santo Antonio, registro, e deixo para um próximo capítulo.

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