um certo duende adorava banhar-se.
Com o sorriso brilhando na pele,
estendia-se de faces coloridas para o céu.
Mas dolorosamente o tempo nublou.
Cadê o sol?
Cadê os reflexos no córrego?
O duende sumiu levando consigo o silêncio.
Os outros entes da floresta - mesmo que não bradassem
sentiam que a floresta não era a mesma:
sementes no chão, uivos atrás da lua, som de flauta.
Mas como todos também tinham mágica no coração
entenderam que a ausência é um devaneio.
Que bastaria um sonho, uma lembrança,
um sorriso inesperado.
Pronto.
Novamente a floresta se encantara.
O sol já vem! O sol já vem!
Gritavam todos em direção da trilha
traçada pelos pezinhos do nosso querido duende.
Não sei ao certo se de fato faz sol,
ou se é apenas um truque amoroso
dos outros entes da floresta
para que nosso amigo olhe para o alto.
Sim, há uma nuvem que dá sombra
bem em cima do seu cantinho natural de águas cristalinas...
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