Essa casinha , parece que acabou de sair do cabelereiro. Foi pregada na terra sem quebrar a beleza do céu , nem a bizarrice da flora. Ainda não sei se nasci pros lugares ermos ... Entre escadas e terreiros , o que mais declino são as possibilidades de descansar o corpo , pros pensamentos circundarem , em torno daquilo , que de belo existe !Ando pensando no Eremita ...No seu jeitão de ser conduzido por uma simples lanterna , ao longo do caminho.Como ele, estou acendendo e apagando meu fogo...Varrendo as cinzas , e lavando o pano que enxugou suores e dores. Ah , se o dia não mancasse... ah se o dia não tivesse esse aleijo no sonho , que cochicharam pra mim. Ser eremita é dispensar de vez , aquelas moscas , baratas e serpentes , que rodeavam a nossa vida . Controlo enfim , a poeira do que sobra... nem velha , nem nobre.... Janelas abertas , e lanternas acesas pra receber e ler , a poesia que chega !
por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
domingo, 2 de janeiro de 2011
Casa de sapé
Essa casinha , parece que acabou de sair do cabelereiro. Foi pregada na terra sem quebrar a beleza do céu , nem a bizarrice da flora. Ainda não sei se nasci pros lugares ermos ... Entre escadas e terreiros , o que mais declino são as possibilidades de descansar o corpo , pros pensamentos circundarem , em torno daquilo , que de belo existe !Ando pensando no Eremita ...No seu jeitão de ser conduzido por uma simples lanterna , ao longo do caminho.Como ele, estou acendendo e apagando meu fogo...Varrendo as cinzas , e lavando o pano que enxugou suores e dores. Ah , se o dia não mancasse... ah se o dia não tivesse esse aleijo no sonho , que cochicharam pra mim. Ser eremita é dispensar de vez , aquelas moscas , baratas e serpentes , que rodeavam a nossa vida . Controlo enfim , a poeira do que sobra... nem velha , nem nobre.... Janelas abertas , e lanternas acesas pra receber e ler , a poesia que chega !
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