Ontem rodei o comércio do Crato pra comprar um sapato novo. Fui parar na "Azteca", sapataria de Seu Modesto, mesma rua, mesmo prédio, mesmo número.
Aí lembrei da minha mãe, tão linda e tão moça, no início da década de 60. Ainda menina-moça, eu queria antes dos 15 anos, uma sapato de broto. Nada de meias curtas, e fivelas no sapato, com formato de boneca.Mas não tinha independência no querer. E a minha mãe comprou o modelo que eu rejeitei. Ela queria segurar a minha meninice, e conseguiu!
No decorrer dos anos, usei saltos Luiz XV, sandálias altíssimas, do jeito que eu quis.
Ontem eu podia comprar o que eu gostasse, preto, vermelho dourado...Mas a danada da diabetes, ordenou um sapato confortável.
Só tinha duas opções : ou ficava de saltos, sem circular na festa , ou comprava um sapato "moleca" pra caminhar pra todos os lados, e quem sabe, até dançar !
E sai com aquele pacote, no braço. Um sapato como usei aos 11 anos de idade, e como podem usar as "velhinhas" ,que precisam manter o caminhar aprumado..
É assim a vida ... Uma escada !
No começo a gente engatinha, depois pula os degraus de dois em dois... Mas,depois, começa a andar devagar, pra não cair , capengar, e ficar paralizada !
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