amiga,
aquele poema que o vento levou,
que de tão leve deixastes escapar
era tua alma clamando o amor
lembrando-te que a razão
também em vãos, às vezes se distraí!
eu também tenho dessas fases
dá um branco, no papel em branco
as letras se escondem de mim
e os sentimentos confusos,
ficam resfriados,
e enrouquecidos,
não sabem falar.
amiga,
que informava a melodia
que solfejava o canto italiano,
e sem dizer o nome da matéria,
anotava no caderno
máximas de filosofia
não entendia tudo,
na tua letra minúscula,
que ocupava blocos e aerogramas...
eram cartas de amor
que seguaim pelos ares,
esperando a resposta ,
num efeito cascata.
também peguei a mania de escrever...
um dia era um bilhete
outro dia uma encíclica...
noutros tempos viraram memorandos
depois silenciaram,
e exigiram vida !
hoje eu lembro os meus ditados,
de menina de escola...
"é proibido começar uma frase com letras minúsculas "
e eu começo por irreverência
um poema em diminutas .
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