ALFREDO MOREIRA MAIA - meu avô paterno.
Filho do Caboclo Moreira e esposo de Donana - O mais terno avô do mundo !
Morreu de aneurisma , desgostado , quando teve que sacrificar seu cachorro "Tupã". Eu contava 6 anos.
Cuidou das minhas mamadeiras , adoçou minha boca com balinhas de umburana , carregava-me nos braços , quando eu adormecia , no colo de Donana. Aperriava aquele homem , o dia todo ... Vô , quero dois mil réis pra comprar pirulito. A sua caixinha de moedas , ficava sempre vazia .
Era dotado de uma inteligência privilegiada. Nada existia que , nas suas mãos não tivesse conserto , nem se transformasse em arte. Era um artesão de primeira. Consertava o relógio da Sé , da Pça da Estação , fazia bolas de bilhar para o "Bar Ideal " , joias ; fundia qualquer metal , e transformava numa peça útil ou ornamental.
Elegante e belo , vestia-se no cáqui ou no linho branco , chapéu combinando , relógio de algibeira , suspensórios e alfinetes na gravata.
Que sorte teve a minha avó , de ser amada por aquele homem !
Ficou na minha memória o seu assobio : Delicado ...Um choro lindo - Sua canção preferida !
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