por José do Vale Pinheiro Feitosa
Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.
José do Vale P Feitosa
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Catando versos
Caminhando ...
Uns caminhos voam, outros se colam
aos nossos pés cansados.
Caminhando...
Que importa o transporte,
a hora da chegada?
Caminhando ...
O nosso olhar cumpre etapas,
que nos sonhos se mostravam
Caminhando ...
Chegamos na linha do horizonte
e o limite é além, muito além !
Vida ...
No caminho da liberação
o pódio é o infinito.
É saltar para o futuro
sem lembranças doídas
É apostar na paisagem depois da curva
É tomar banho de chuva
e sentir que somos nuvens
É ficar nua
e descobrir o próprio corpo
brocado e bordado...
costurado pela vida.
É um voo em companhia de garças
É o amor divino selando alianças
É viver com simplicidade !
Molhada de chuva
O mar ficou no seu lugar.
O sertão me acolhe
com pingos de chuva
num pensamento árido
Estou de volta
com o coração assanhado
Vivi tão grande distãncia ,
que aposto no ficar perto ,
vivendo em separado.
Desligo a tomada
Descarto o filme
que deixei queimar
Rabiscos da saudade
rasguei cartas e retratos
toquei fogo
no papel da paisagem
renasci mil vezes
o tempo cura
mas não apaga
a vida paga
o gozo das lembranças
que ficam adormecidas
em páginas amareladas
você dorme
enquanto escrevo
você sonha
enquanto acordo
tudo nos desencontra ...
e eu quis tanto ,
aportar em tua alma !
só peço à minha caixinha
de trecos,
uma borracha e um lápis...
pra apagar os conflitos
e rabiscar
um verso de saudade
por tudo que não vivemos
ou por um único momento,
em que fiquei nos teus traços.
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