(Atesto para todos os fins, que não sou agnóstica como pensei , durante tantos anos ...
Creio no amor humano e no amor divino, com caráter de infinitude e imortalidade .)
Creio no amor , em todos os seus estágios. Até no amor promíscuo, (professo a minha fé) , sujeito evolutivo , cuja qualidade , transforma-se ao longo das eras , no amor deveras... Universal !
Em 1967 , eu tinha 16 anos , e cursava o segundo ano científico , no Colégio Estadual Wilson Gonçalves. Vieirinha era o nosso professor de Português. Nas aulas de sábado, abria espaço para os "Grêmios Literários ". O despontar do poder de comunicação , através das artes.
Naquela primeira semana, ainda novata, fui escalada por ele, para falar sobre o amor.
Apavorei-me ! Passei a semana toda queimando as pestanas sobre o assunto. Não conseguia achar a forma , nem a expressão correta. Como falar de uma coisa que estava na minha filogenia , mas me era inexplicável , e estranho ?
Abri enciclopédias , e achei textos, com personagens míticos.
Arrisquei ! Colei , no trabalho , a história de Cupido e Psiquê. A explicação sobre o amor Eros , Filos e Ágape...
- Foi inglório... Hoje eu sei ! Nem dez , nem zero ...
Eu precisava viver !
Felizes aqueles que perceberam o amor , nos seus primeiros anos ,com projeções no túnel do tempo.
Eu entrei no túnel da vida, atrevida (mente ), procurando o amor , no escuro do meu tempo.
No fim do túnel ... "Eureka" ! O amor me acompanhara pela vida afora, esteve dentro de mim , naquele tempo , e sempre ! A viagem até achá-lo , apenas desenvolveu a minha capacidade de amar a mim mesma. Por isso acho que o zero mandamento é o amor próprio ! Amar a si mesmo é a forma mais complexa de vivenciar o verbo amar.
Dar, compartilhar !
Merecer, receber !
Amor alegria ...
Amor (com) paixão !
Ontem assisti o filme " O amor nos tempos do cólera "- adaptação do romance de Gabriel Garcia Marquez.
A crítica foi impiedosa :
"Gabriel escreveu com as entranhas, e o filme é apenas um mingauzinho da história ".
O certo é que reli o livro , e vou rever o filme. Os dois me impressionaram muito !
Em 1987, mudei-me do Cariri para Bela-Vista (MS). Recebi pelos Correios , Gabriel G.Marquez, como presente. Na recomedação do remetente - "Foi o melhor romance que eu já li."
Devorei página por página , gulosamente, até o fim.
Vinte e dois anos se passaram. O filme rasgou a cortina do entendimento. Aquele presente , encerrava um recado , que a cegueira das emoções havia bloqueado.
Amor que espera não se divide , mas vive dividido , sem deixar de ser virgem, até o reencontro. Amor inteiro é aquele que buscamos a vida inteira. Os românticos apostam na sua eternidade ; os práticos e apaixonados , sentem como Vinícius , e dizem :" que seja infinito , enquanto dure !
E os amores platônicos ?
E os amores carnais ?
E os amores " ilegais " ?
- Melhor nem tê-los. Mas, como detê-los ?
Matá-los, não vivê-los... é crime inafiançável !
Creio no amor que um dia achei, e de mim se desencontrou pela vida ou pela morte;
Creio no amor dos pares encontrados. Privilegiados , pelos encontros em vida.Tiveram sorte e sabedoria nas escolhas. Amores em construção e transformações. Amores que só acabam , quando a morte os separam !
O amor noutro plano, continua amando . Nos visita quando dele nos lembramos. Chega em forma de borboleta, passarinho , vento, chuva, flor...
O amor que não nos abandona ," mesmo em face do maior encanto" , que resiste ao cotidiano , merece o pódio , ainda nesse plano.
Sejam felizes os que teem a sorte de vivê-lo;
Sejam felizes os que ainda esperam um encontro;
Sejam felizes os que amam , incondicionalmete ;
Sejam felizes os sozinhos... Os que amam à distância , sem cobranças , sem a posse , mas que transpiram amor , por todos os poros.
Sejam felizes todos , no ponto do amor em se encontram !
- Entre todos os sentimentos luminosos , o amor é um so(l) !
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