A chuva embala a minha dor
O gelo a faz adormecer
Trilax ...
Parece água do pote
Mata a sede
Não resolve !
É madrugada manhã
A cidade sonha
Banhada de chuva.
Os pensamentos dispersos
Não buscam soluções,
Nem versos.
Entram e saem
De recantos diversos.
Canção da chuva
Um arranjo dos céus
Um maestro do tédio
uma toada encantada
No mistério dos véus.
Umedece o tempo
Pede calma
Cala o amor
Agradece a passagem da dor.
O silêncio de todos
A surpresa vindoura
- Um alô!
Vem de lá
Vai de cá ...
Nem sei quem
Nem sei mais ...
Tudo passa
Tudo cala
Tudo volta
Tudo traz
Num sol dourado
O azul imortal.
A manhã vai chegar
E os meus olhos estarão cerrados
No sonho que se aquietou
Sem esperar happy hour.
Clareou
Apago a luz
Me aconchego
Nos muitos travesseiros
Descarto o papel
Mas antes,
Rabisco outras palavras
Que estão no bico da pena
Pena dos amores
Pena das dores,
E a esperança da alegria.
Como um dia
Mais um dia...
De café, fruta e arroz
Ds descidas e subidas
De relógio e celular desligados
De TV ligada
Na novela dos outros.
Poker !
Apostei mais uma vez
Na paz do meu desejo !
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