por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



sábado, 1 de janeiro de 2011

Um personagem adjetivado



Sou eufrasiana. Já virei a mesa por um mundo mais lúdico e feliz. Bebi todas as gotas que caiam, uma por uma, até retornar a ponto de partida para encher de novo o balde e encomendar novas alianças. Fui ficando menos parecida com meu pai, mais parecida com a minha mãe...E. descobri no espelho da sala, que eu tenho outra imagem refletida no espelho do quarto.
No primeiro tento pentear o cabelo; no do quarto assanho-me pra dormir sem amarras... Assim é a vida da gente, um amarrado e um desamarrado constante. O que nos salva é a certeza da nossa finitude, e que a felicidade precisa existir, com fórum de eternidade.
O jeito é alimentar nossos desejos. Deus é amor, e atende a todos os nossos pedidos. Somos nós que lhe pedimos penitências e sacrifícios.
Muito bem, Eufrásio!
Sua história, muita bem contada é exemplo místico de vida. Sou contigo!
E a propósito dessa postura que engrena os últimos dias do ano, acabei de ter um papo um tanto bissexto com meu filho Victor. Como médico, perguntou-me. De que é que você quer morrer?
Respondi-lhe: de vida!
Ele prognosticou-me uns 20 anos pra frente, se eu continuar fumando.
Mas duas décadas são limites apertados. Prefiro viver o lato
O amor é preguiçoso. Carece de sono, sonhos, e uma vontade misteriosa de persistir no ramo. Ramo de laranjeira, pés de vento, zero compromisso.
Estes dias estão caindo umas fichas. O amor que parecia distante estava dentro de mim.

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