por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 3 de março de 2019

"CORRUPÇÃO" NA LAVA JATO (Luis Nassif)


A delação da OAS foi central para a condenação de Lula. Agora, executivos da empresa revelam que houve pagamento de R$ 6 milhões para diretores que aceitaram combinar versões com a empresa. QUEM DEFINIA AS CONDIÇÕES PARA A DELAÇÃO ERA A LAVA JATO, PROCURADORES E O JUIZ SÉRGIO MORO. E AS VERSÕES INVARIAVELMENTE FORAM NO SENTIDO DE CONDENAR LULA.
Lula se transformou no toque de Midas da Lava Jato, a condição para indulto plenário a qualquer abuso cometido e a qualquer suspeita levantada. A perseguição a ele teve alguma dose de motivação política pessoal da Lava Jato. Mais que isso, foi a oportunidade para, em um primeiro momento, garantir poder e projeção ao grupo. Em um segundo momento, para abrir mercados promissores.
No início, os acusados recorreram a escritórios de advocacia reconhecidos nacionalmente. Em pouco tempo receberam sinais da Lava Jato, sobre a necessidade de relações de confiança dos advogados com os procuradores.
DA NOITE PARA O DIA, ADVOGADOS DESCONHECIDOS, SEDIADOS NO PARANÁ, SE TORNARAM MILIONÁRIOS, TENDO COMO ÚNICO TRUNFO O BOM RELACIONAMENTO COM OS PROCURADORES DA LAVA JATO E COM O JUIZ SÉRGIO MORO.   
E um curso à distância da família Arns, preparatório para concursos para juízes e procuradores, tinha entre seus professores delegados e procuradores do grupo da Lava Jato.
O DISCURSO IDEOLÓGICO – E O MEDO – ABRIU PARA OS PROCURADORES DA LAVA JATO E PARA O JUIZ SÉRGIO MORO, O MERCADO MILIONÁRIO DE PALESTRAS. NO CASO DE MORO, AGENCIADO PELA ESPÔSA ROSÂNGELA.
A maior parte dos eventos foi bancado por instituições financeiras. De um alto executivo da XP ouvi exclamações de ESPANTO COM A GANÂNCIA DE DELTAN DALAGNOL NEGOCIANDO O CACHÊ.
Quando revelados seus ganhos, o notável procurador anunciou que o dinheiro seria para constituir uma fundação para promover o combate à corrupção. ATÉ HOJE NÃO SE SABE DO DESTINO DE TÃO BENIGNA INICIATIVA.
E de ousadia em ousadia, de cumplicidade em cumplicidade, de blindagem dos centros de poder, mídia, Judiciário, em benefício do objetivo maior de anular Lula, A LAVA JATO CHEGA AO SEU GRANDE MOMENTO.
Um acordo firmado entre procuradores regionais de 1ª  instância (!), um juiz de primeira instância (!), permitiu a  CRIAÇÃO DE UMA FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO, controlada por um procurador nomeado pelo procurador regional da República do Paraná, e convalidado pela 13ª Vara Federal (chefiada por Sérgio Moro), COM RECURSOS DE R$ 2,5 BILHÕES (!) FORNECIDOS PELA PETROBRAS, DENTRO DE UM ACORDO DE INDENIZAÇÃO.
O recurso, maior que o orçamento da própria Procuradoria Geral da República, será utilizado para cursos e campanha em defesa da ética e da moralidade, para avaliações periódicas de compliance de empresas.
Ou seja, terá plena liberdade para contratar palestrantes, consultores, empresas de auditoria, universidades, cursos à distância, agências de publicidade etc. Bastará que justifique cada projeto como pedagogia contra a corrupção ou benefício social.
Questionada pelo GGN, a Procuradora Geral da República Raquel Dodge disse que nada teria a dizer. NÃO TEM FORÇA PARA SE OPOR À REPÚBLICA DE CURITIBA. Espera-se que o STF e a mídia se deem conta do absurdo dessa proposta e do caminho que abre para a corrupção institucionalizada.



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