Escudada
numa bandeira de compreensível apelo popular/midiático – o
presumível combate sem trégua à corrupção - a Operação Lava
Jato logo arrebatou a simpatia de gregos e troianos por esse Brasil
afora.
Seus
integrantes, comandados por um abusado juiz de primeira instância,
Sérgio Moro, sediado na 13ª Vara Federal, em Curitiba, da noite pro
dia se viram guindados ao panteão de novos “heróis da pátria”,
mesmo e apesar dos métodos heterodoxos que a partir de um certo
momento passaram a aplicar.
Assim
é que, mesmo transgredindo a própria Constituição Federal,
diuturnamente, citada operação ganhou uma espécie de “escudo
protetor” contra os seus flagrantes desmandos, refletido num maciço
apoio popular, de sorte que o próprio Supremo Tribunal Federal
(composto por juízes prolixos, pernósticos e preguiçosos) covarde
e passivamente resolveu por omitir-se (são culpados, pois, pela
esculhambação jurídica que está aí).
Com
o andamento da Lava Jato, logo explicitado ficou que o objetivo maior
do juiz Sérgio Moro (presumivelmente integrante de um “esquema”
maior, vindo de fora do país) era o de impedir a qualquer custo que
o ex-Presidente da República, Lula da Silva, então favorito
disparado e absoluto nas pesquisas, participasse da eleição
presidencial.
O
final dessa história metade do mundo e a outra banda sabem: depois
de quatro anos de uma busca incessante de, pelo menos, uma única
prova, que servisse para incriminar o ex-presidente (e como a eleição
presidencial estava às portas), não a encontrando, a “República
de Curitiba” findou condenando-o e prendendo-o sob o estapafúrdio
argumento da existência de um tal “ato de ofício indeterminado”
(que o próprio juiz se escusou de explicitar).
Surpreendentemente
eleito Presidente da República, o despreparado integrante do baixo
clero da Câmara Federal, Jair Bolsonaro (num louvável gesto de
gratidão) de pronto tratou de “pagar” sua dívida ao juiz Sérgio
Moro pelos “relevantes serviços prestados”, nomeando-o Ministro
da Justiça (este, por sua vez, alocou no seu entorno ministerial
quase todos os integrantes da “República de Curitiba”).
Como
o mundo é um eterno evoluir, eis que nesses dias carnavalescos, que
marcam dois meses de desgoverno, duas novidades de peso se nos
apresentam, capazes (se tivéssemos uma Corte Suprema séria e não
essa merda que está aí), de “desmontar” toda a farsa de que se
revestiu a eleição que redundou no caos que ora vivenciamos:
01)
veio à tona que, na delação da OAS, os executivos da empresa
confessam que a empresa lhes pagou (para ser rateado entre eles), a
bagatela de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) a fim que os
depoimentos “coincidissem” e fossem fundamental para incriminar o
ex-presidente Lula da Silva, tirando-o da corrida presidencial (QUEM
DEFINIA AS CONDIÇÕES PARA A DELAÇÃO ERA A LAVA JATO, PROCURADORES
E O JUIZ SÉRGIO MORO).
02)
nitroglicerina pura, autêntico dilúvio sobre a República de
Curitiba, é aterradora a descoberta:
deixando de lado a sua (falsa)
bandeira de combate sistemático à corrupção (que em verdade só
serviu para impedir que Lula da Silva fosse eleito em primeiro turno,
repetimos),
a
“República de Curitiba” meteu a mão com vontade no dinheiro
público,
JÁ
QUE TERIA RECEBIDO
RECURSOS
DA
ORDEM DE
R$ 2.500.000.000,00 (DOIS BILHÕES E QUINHENTOS MILHÕES DE REAIS)
FORNECIDOS PELA PETROBRAS, DENTRO DE UM ACORDO DE INDENIZAÇÃO.
Através
de documento
firmado
entre procuradores regionais de primeira instância e um juiz de
primeira instância, tão
estupendo valor objetivaria
a
criação de uma
Fundação de Direito Privado,
controlada por um procurador nomeado pelo procurador regional da
república,
do Paraná, e CONVALIDADO
PELA 13ª
VARA
FEDERAL (CHEFIADA POR SÉRGIO MORO).
Maior
que o próprio orçamento da Procuradoria Geral República)
teoricamente
referido valor servirá
para cursos e campanhas em defesa da ética e da moralidade, e
para
avaliações periódicas
de “compliance” de empresas. Quem
fiscalizará o emprego de tais recursos da
tal “fundação” ???
Elementar,
meu Watson.
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