por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 24 de junho de 2020

O FÁBIO JÚNIOR QUE NÃO ERA,,, "JÚNIOR" - José Nilton Mariano Saraiva


O uruguaio Ladislao Mazurkiewicz Iglesias (1945/2013), sem favor nenhum um dos grandes goleiros do mundo (pegava “até pensamento”) merece a homenagem que o “pai-torcedor” do Atlético Mineiro (onde jogou entre 1972/74) lhe prestou, ao batizar o filho com o seu nome.
Só que a homenagem saiu um tanto quanto “truncada” (para não dizer “atrapalhada”), já que Mazurkiewicz transformou-se não mais que de repente em Mazuquiebe, graças ao lapso do anotador cartorário de plantão. Isso, no entanto, não deslustra ou invalida a intenção original. O ídolo foi reverenciado, sim.
Lamentável é que a televisão brasileira e a imprensa tupiniquim, ao noticiar a sua morte, não tenham mostrado ou se referido às suas portentosas defesas ou aos verdadeiros milagres operados por Mazurkiewick embaixo das traves, mas, sim, haja priorizado o vídeo e feito comentários sobre duas “presumíveis” falhas cometidas pelo próprio, mas que, na realidade, se concretizaram muito mais em razão da genialidade de Pelé, então no auge da sua forma, do que propriamente por erro do grande goleiro: o “drible da vaca” que quase resultou em gol e o “tiro de meta” cobrado pelo goleiro e seguido da imediata “devolução” da bola, por Pelé, do meio do campo em direção ao gol. Momentos antológicos do futebol.
Mas, retomando o fio da meada, uma outra homenagem que merece ser citada teve como personagem o jogador Fábio Júnior (à época defendendo o América Mineiro) e foi revelada pelo próprio, de forma quase que acidental.
É que, ao término de mais uma partida pelo Campeonato Brasileiro, o repórter abordou-o para a tradicional entrevista sobre o resultado do jogo, como era jogar debaixo de uma chuva tão intensa, o gol que fizera e coisa e tal e, ao final, respeitosamente resolveu mandar “...um abraço para o seu Fábio”.
E aí se deu o diálogo surpreendente:
Jogador: Quem é “seu Fábio” ???”.
E o repórter, surpreso: “Ué, seu pai, você não é o Fábio Júnior ???”.
O jogador, assustado, retomando a palavra: “Tá de brincadeira, ó cara, o nome do meu pai é Bastião”.
O repórter, abismado; “Como, o seu nome não é Fábio Júnior ???
E, aí, veio o esclarecimento definitivo: “Não, cara, é que minha mãe era fã de carteirinha do cantor Fábio Júnior e resolveu homenagear ele me dando o mesmo nome”.
O repórter, mais tranquilo, não perdeu a pose: “Bem, então dê o meu abraço em seu Bastião, ok” ???
Jogador, rindo: Ok.
A curiosidade é que nenhum dos “filhos-Fábios” (o original e o genérico) é filho de nenhum “pai-Fábio” a fim de ter no sobrenome o “Júnior” : enquanto o que “poderia” ter sido o pai (o cantor/ator) se chama Fábio Correa Ayrosa Galvão (nascido em São Paulo em 21.11.1953 e é filho de William), o que “quase” foi seu filho (o jogador), assina Fábio Júnior Pereira (nascido em Minas Gerais em 20.11.1977 e é filho de Sebastião da Silva Pereira).
Ainda hoje continuam a exercer competentemente as respectivas profissões, apesar, evidentemente, da acentuada diferença de idades: nasceram no mesmo mês (11), quase no mesmo dia (20/21), mas, o ano (quanta diferença): 1953 e 1977.
Pensando bem, bem que um poderia ser pai do outro, né não ???





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