por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 20 de junho de 2019

"BATOM NA CUECA" - José Nilton Mariano Saraiva


Sabe aquele marido boçal e metido a esperto que, ao chegar em casa pela manhã e ante todas as evidências de que estivera “mijando fora do penico” ou mesmo “pulado a cerca” durante a noite passada, teima em continuar a mentir e mentir para a fiel esposa, com a desculpa esfarrapada que estivera no velório de um amigo, findando por convencê-la; até que, no banheiro, é traído espetacularmente quando a digníssima descobre “marcas de batom” impregnadas em sua cueca, evidentemente que oriundas dos lábios de uma mulher ???

Pois essa foi a impressão que nos deixou o ex-juiz Sérgio Moro, na sua fala, ontem, numa dessas comissões de congressistas (repleta de governistas), quando negou até não mais poder que houvesse cometido algum tipo de ilegalidade/irregularidade durante a lavratura de sentenças condenatórias no decorrer da Operação Lava Jato ou, mesmo, durante as conversas “in petto” (secretamente, em caráter sigiloso) mantidas com o seu “parceiro-preferencial”, procurador Deltan Dallagnol .

E, no entanto, os brasileiros sabem que eivada e repleta de tão “nobres predicados” (ilegalidades/irregularidades) estão as sentenças e os posteriores diálogos com o dito procurador, embora Sérgio Moro insista e persista em não reconhecer o “óbvio ululante”, como se o entendimento das pessoas “normais” não alcançasse o provindo das mentes privilegiadas das “excelências togadas”. Espetáculo de quinta categoria, deprimente e preconceituoso, do princípio ao fim.

Mas que nos leva a deduzir que Sérgio Moro deve ser um visceral adepto do ministro de propaganda de Adolf Hitler, Josepf Goebbels, que segurou até a morte a sua verdade, como primeira e única: “uma mentira repetida mil vezes se torna verdade”.

Será que os togados do Supremo Tribunal Federal permitirão que Sérgio Moro continue a trafegar impunemente, ad eternum, nesse mar de lama, ou afinal se insurgirão buscando redimir-se de todas as cabeludas lambanças perpetradas até aqui ???

Afinal, e isso é altamente preocupante em termos de desapego à democracia, já circulam boatos de que a reunião da 5ª Turma daquele colegiado, programada pra acontecer no próximo dia 25.06.19, que julgará o habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula da Silva, será mais uma vez adiada, até que assuma a presidência da turma a nauseabunda Carmen Lúcia, inimiga de primeira hora do ex-presidente e que, naturalmente, o remeterá (o habeas corpus) às calendas gregas.

E aí, estaremos diante de duas indesejáveis e horripilantes alternativas: a ditadura dos “milicos” (assumindo de vez e de fato o poder, ou sustentando o grupo miliciano que lá já está)  ou a ditadura dos “togados” (que barrará qualquer projeto representativo da ascensão dos menos favorecidos, através da escolha de um seu representante).  

Materializando-se, a “sua” escolha será “compulsória”.  

É mole ou quer mais ???

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