por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



domingo, 13 de março de 2016

QUEM ATIRA A PRIMEIRA PEDRA? - Por Padre. Nilo Luza ssp


Neste domingo, os sábios em leis e fariseus-legalistas, arrogantes e representantes do sistema opressor - apresentam uma mulher surpreendida em adultério. Segundo a lei ela deveria ser apedrejada. Perguntaram a Jesus o que ele pensa disso. O Mestre não responde e propõe uma alternativa: quem não tiver pecado pode apedrejá-la. Ninguém atirou pedra nenhuma. Moral da história: a mulher não era a única pecadora!.

Ultimamente as pedras estão voando de todos os lados contra mulheres (ainda), contra pessoas, contra grupos diversos. Os moralistas de plantão - os empedernidos e arrogantes de hoje - continuam com as pedras nas mãos, prontos para massacrar os outros diante de qualquer deslize. Muitos atiram pedras na tentativa de encobrir as próprias falhas e interesses. Enquanto continuarmos condenando esta ou aquela pessoa, este ou aquele grupo, e não olharmos dentro de nós com sinceridade, a violência, o sofrimento e a intolerância não vão ter fim. Há muitos que carregam pedras nas mãos  por serem claramente contra a ascensão dos pobres e não conseguirem viver com eles.

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É o momento de fazer um exame de consciência sério e resgatar a proposta de São Francisco: aonde há ódio, que eu leve o amor;  aonde há ofensa, que eu leve o perdão; aonde há discórdia, que eu leve a união; aonde há dúvidas, que eu leve a fé.


Jesus não veio para julgar e condenar, mas para resgatar os desorientados. Ele provoca as pessoas a tomar partido: a favor dele (escolha da vida) ou contra ele (auto-destruição). Ele toma o partido da mulher discriminada pelos legalistas: "Eu não te condeno", diz à mulher, mais vítima que culpada. Os sábios e fariseus não condenam o homem adúltero, mas somente a mulher. O Mestre não contemporiza com a hipocrisia da sociedade.

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Jesus desmascara aqueles que se julgam fiéis à lei e revela que são cheios de pecado e não tão puros como pensavam. A mulher considerada culpada e cuja morte a lei autorizava , é absolvida, tendo assim sua dignidade resgatada. De que lado estamos: dos pobres e discriminados ou dos bem-instalados e arrogantes?



Por Padre Nilo Luza, ssp



     
NOTA:
Esta reflexão acima extraída da edição deste domingo, 13/03/2016 do jornalzinho "O Domingo" tem toda semelhança com o momento político que estamos vivendo no país. Em tempo: o jornalzinho é preparado com muita antecedência, mas a mensagem bíblica está bastante atualizada. (CEE)

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