por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 27 de agosto de 2014

"VELHA" e "NOVA" POLÍTICA -José Nilton Mariano Saraiva

Apesar de já ter decorrido um tempo razoável, a “bruma” que derrubou o avião do candidato Eduardo Campos (vitimando-o e à sua equipe), parece não ter ainda se dissipado, e de forma surpreendente mostra que poderá causar estragos, sim, na campanha da sucessora Marina da Silva (que houvera disparado nas pesquisas).

É que, nem bem iniciada as burocráticas investigações sobre quem era o proprietário do avião disponibilizado ao PSB e/ou ao candidato, a “coisa” tomou um rumo inesperado, porquanto restou comprovado ter havido o uso dos famigerados e abomináveis “laranjas” a fim de adquirir o próprio.

Um adendo: em Recife, terra do candidato Eduardo Campos, descobriu-se que duas empresas, a “Câmara & Vasconcelos Ltda” e a “Vasconcelos & Câmara Ltda” (isso mesmo, só trocando a posição das denominações) teriam sido usadas na transação de compra da aeronave; e aí, no endereço onde funcionaria uma delas, numa favela periférica da cidade, o repórter da TV foi encontrar um “pobre coitado” que, atarantado ante a pergunta se teria contribuído financeiramente para a compra de um avião, simplesmente mostrou-se indignado. Fato é que, extratos de depósitos bancários mostraram uma intensa movimentação de dinheiro, com transferências milionárias entre contas, objetivando a compra do avião.

Pois bem, na entrevista de 15 minutos concedida nessa quarta-feira (27) ao Jornal Nacional (ao vivo), a candidata do PSB Marina da Silva, após confirmar saber de um “empréstimo” para adquirir a aeronave, demonstrou “extrema dificuldade” em responder sobre se achava “ético” utilizar-se de “laranjas” para tal fim: e mais, já que ela se refere com tanta veemência a uma “nova política”, da qual seria a precursora, foi-lhe indagado o que isso tinha de “diferente”, em relação à “velha política” (“modus operandi”) dos adversários, que ela tanto combate e recrimina. Marina gaguejou e não convenceu na resposta. Ao repórter e tampouco aos telespectadores.

Num outro momento, enrolou-se toda para responder o “porque” de, no pleito passado, em que concorreu à eleição para Presidente (quando obteve quase 20 milhões de votos), ter ficado apenas em terceiro lugar (com diferença de 30 pontos em relação ao primeiro colocado) em sua terra natal, o Acre.  Isso seria uma espécie de “desaprovação” por parte daqueles que o conhecem mais de perto ??? Marina tergiversou e, de novo, não convenceu.

Enfim, Marina Silva, que no “debate” televisivo da noite anterior teria se saído bem, conforme seus adeptos, dessa vez mostrou-se despreparada quando questionada sobre questões prosaicas, mas que não constam da sua cartilha doméstica.

No mínimo, “baixou a guarda” e forneceu a senha para a investida dos adversários em outros confrontos frente a frente.


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