domingo bílis.
ele estava sentado atrás de um balcão encardido de um bar encardido. o cara atrás do balcão, olhos chorosos, reclamava de uma dor de dente infernal e de uma noite que não terminaria nunca. ele sorriu. imaginou essa noite sem fim. o copo. uma dose de algo que nunca acabasse. o cara do balcão perguntou as horas pela vigésima vez. ele disse que não importava, visto que a noite não terminaria. ela apareceu com os olhos de quem já tinha tentado outras vezes. sorriu,... ou pensou que sorria. errou o nome dele, ele não se importou. abraçou-a como se ela fosse a última oportunidade de fugir dessa noite sem fim. ela perguntou coisas, ele respondeu outras. não importava a falta de nexo. o filme continuava. ela disse que não sabia mais o que fazer. ele sugeriu outra dose de qualquer coisa. ela aceitou. ela aceitaria qualquer coisa. ele pegou os dois capacetes e seguiu em direção a moto. ele sabia que ela iria. ela reclamou do frio. sempre faz frio quando se está só, ele disse. depois da trepada ela perguntou seu nome. ele acendeu um cigarro. ela perguntou que musica era aquela. ele inventou um nome. ela dormiu. ele ainda ficou um tempo fumando outro cigarro e olhando as tatuagens nas costas dela. pensou em um mapa. pensou no cara do balcão. a noite. sem fim. a madrugada entrou pela janela pequena e ele se sentiu aliviado. ela faria café. e depois iria embora. com seus mapas nas costas. ela estava tão perdida quanto ele. pelo menos até que chegasse outra noite sem fim.
ele estava sentado atrás de um balcão encardido de um bar encardido. o cara atrás do balcão, olhos chorosos, reclamava de uma dor de dente infernal e de uma noite que não terminaria nunca. ele sorriu. imaginou essa noite sem fim. o copo. uma dose de algo que nunca acabasse. o cara do balcão perguntou as horas pela vigésima vez. ele disse que não importava, visto que a noite não terminaria. ela apareceu com os olhos de quem já tinha tentado outras vezes. sorriu,... ou pensou que sorria. errou o nome dele, ele não se importou. abraçou-a como se ela fosse a última oportunidade de fugir dessa noite sem fim. ela perguntou coisas, ele respondeu outras. não importava a falta de nexo. o filme continuava. ela disse que não sabia mais o que fazer. ele sugeriu outra dose de qualquer coisa. ela aceitou. ela aceitaria qualquer coisa. ele pegou os dois capacetes e seguiu em direção a moto. ele sabia que ela iria. ela reclamou do frio. sempre faz frio quando se está só, ele disse. depois da trepada ela perguntou seu nome. ele acendeu um cigarro. ela perguntou que musica era aquela. ele inventou um nome. ela dormiu. ele ainda ficou um tempo fumando outro cigarro e olhando as tatuagens nas costas dela. pensou em um mapa. pensou no cara do balcão. a noite. sem fim. a madrugada entrou pela janela pequena e ele se sentiu aliviado. ela faria café. e depois iria embora. com seus mapas nas costas. ela estava tão perdida quanto ele. pelo menos até que chegasse outra noite sem fim.
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