por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

"Perguntas" da ciência (IV, V e VI)

IV. O que nos torna humanos?
Apenas olhando seu DNA, você não saberá -- o genoma humano é 99% idêntico ao de um chimpanzé e 50% ao de uma banana. No entanto, temos um cérebro maior que a maioria dos animais – não o maior, mas com três vezes mais neurônios que o de um gorila (86 bilhões para ser exato). Muitas coisas que antes considerávamos características nossas – a linguagem, o uso de ferramentas, reconhecer-se no espelho – são encontradas em outros animais. Talvez seja a nossa cultura – e suas conseqüências em nossos genes (e vice-versa) – que faça a diferença. Os cientistas acreditam que cozinhar e dominar o fogo podem ter nos ajudado a desenvolver cérebros maiores. Mas é possível que nossa capacidade de cooperação e troca de habilidades seja o que realmente faz da Terra um planeta de humanos, e não de macacos.
V. O que é a consciência?
Ainda não temos realmente certeza. Sabemos que tem a ver com diferentes regiões do cérebro ligadas em rede, mais que uma única parte do cérebro. Há uma teoria de que se descobrirmos que partes do cérebro estão envolvidas e como funciona o circuito neural, descobriremos como surge a consciência, algo em que a inteligência artificial e tentativas de construir um cérebro neurônio por neurônio poderão ajudar. A questão mais difícil e mais filosófica é por que alguma coisa deve ser consciente. Uma boa sugestão é que, ao integrar e processar muita informação, além de focalizar e bloquear, em vez de reagir aos estímulos sensoriais que nos bombardeiam, podemos distinguir entre o que é real e o que não é e imaginar diversos cenários futuros que nos ajudem a adaptar-nos e a sobreviver.
VI. Por que sonhamos?
Passamos cerca de um terço de nossas vidas dormindo. Considerando quanto tempo passamos fazendo isso, você poderia pensar que sabemos tudo a respeito. Mas os cientistas ainda buscam uma explicação completa de por que dormimos e sonhamos. Seguidores das opiniões de Sigmund Freud acreditavam que os sonhos são expressões de desejos não realizados – muitas vezes sexuais –, enquanto outros se perguntam se os sonhos são alguma coisa além de disparos aleatórios do cérebro adormecido. Estudos com animais e os progressos em imagens do cérebro nos levaram a uma compreensão mais complexa, que sugere que sonhar pode ter um papel na memória, no aprendizado e nas emoções. Os ratos, por exemplo, repetem em sonhos suas experiências da vigília, o que aparentemente os ajuda a solucionar tarefas complexas como percorrer labirintos.

Fontes: Carta Capital, The Observer

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