por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O PÁSSARO DE FOGO

Um pássaro de fogo me visita
com ele
viajo para além do mundo
...
Uma trama se tece
entre os planetas
no conchavo dos nossos olhos arde

enquanto alçamos para além
as asas náufragas
no espetáculo sonhado

O pássaro queima este poema
com o seu sucedâneo
em luz e sombra

armamos o contorno do dilema
o solilóquio cego
o drama prévio

Qualquer sentido as nossas línguas queimam

- poema antigo, do tempo do Emparedado (1975), que reescrevi.
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