por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



terça-feira, 30 de outubro de 2012

Reclamações ??? Direto com o "Papa" - José Nilton Mariano Saraiva



Em vésperas de qualquer eleição todo cuidado sempre será pouco visando não contrariar o ator e alvo principal: sua excelência, o eleitor. Assim, caciques da situação e da oposição, usando de todo o contorcionismo possível e imaginável, tratam de se equilibrar sobre o fio de navalha, objetivando não contrariá-los, não aborrecê-los, sob pena de colocarem tudo a perder.
Fato é que, como Fortaleza se prepara pra sediar uma das chaves do Campeonato Mundial de Futebol, em 2014, diversas intervenções urbanas estão previstas, com prazo definido pra começar e terminar. E uma das mais importantes, a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos-VLT (também conhecido como “metrô dos pobres”) foi alvo de intenso tiroteio verbal entre integrantes do poder municipal e do poder estadual, antes da recém-finda eleição pra prefeito.
Por um motivo simples: no projeto original, firmado por ambas as partes, lá atrás, explicitadas se encontravam as tarefas de cada um: ao Governo do Estado, cuidar da “remoção” de centenas de famílias das áreas onde serão implantados os dormentes e trilhos respectivos, com a consequente "relocalização" em um bairro periférico da cidade: à Prefeitura, a tarefa de construir a obra física, propriamente dita.
Só que “esqueceram” de lembrar aos técnicos do governo que no meio do caminho tinha uma eleição a ser definida. E quando finalmente “acordaram”, viram a mancada que tinham dado. E foi aí que a porca torceu o rabo: pressentindo que eleitoralmente seria um desastre (praticamente entregaria ao adversário, de mão-beijada, a eleição, dada a antipatia da medida), o Governador chegou ao absurdo e desfaçatez de afirmar que tinha “assinado o documento sem ler”; mas que não concordava com a “remoção” de tanta gente, já que tal tarefa (no seu novo entendimento) seria da alçada da prefeitura (se dispôs, inclusive, a entregar à prefeitura um vultoso valor para esse fim), só que sob a condição de jamais assinar embaixo. Com a “arenga” criada, a situação foi posta em banho-maria e com isso a eleição passou e ninguém sofreu o corrosivo desgaste previsto.
Agora, ganha a eleição pelo candidato governamental, este já anunciou em alto e bom som que ao ser empossado na  prefeitura assumirá, sim, o ônus da tal “remoção”, e não está nem um pouco preocupado se  A ou B goste ou não de tal ato. E os que votaram nele, agora insatisfeitos, que vão reclamar ao “Papa”. 
E aí, alguém tem dúvida sobre quem vai mandar na Prefeitura de Fortaleza nos próximos quatro anos ???

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