Não duvide - os meus ouvidos ouvem bem
e a minha alma, essa coisa que não se beija,
alegra-se em dormir tarde ouvindo Neruda.
Agora, licença, tenho de me levantar
da cadeira giratória encostar a porta
pela última vez explicar ao vento sua
falta de polidez por tanta insistência.
Enquanto caminho perdoe os meus passos
lentos que enlouquecem os meus chinelos.
Antigamente carregava bolas de ferro
e uma cruz de mármore pesada, baby.
Os meus chinelos viviam debaixo da cama
onde conheciam o medo infantil e o sonho.
Se passar um tempo sem ir à sua casa
não demore sem vir à minha pois vivo
do perfume que você deixa pelo quarto.
e a minha alma, essa coisa que não se beija,
alegra-se em dormir tarde ouvindo Neruda.
Agora, licença, tenho de me levantar
da cadeira giratória encostar a porta
pela última vez explicar ao vento sua
falta de polidez por tanta insistência.
Enquanto caminho perdoe os meus passos
lentos que enlouquecem os meus chinelos.
Antigamente carregava bolas de ferro
e uma cruz de mármore pesada, baby.
Os meus chinelos viviam debaixo da cama
onde conheciam o medo infantil e o sonho.
Se passar um tempo sem ir à sua casa
não demore sem vir à minha pois vivo
do perfume que você deixa pelo quarto.
2 comentários:
Maravilha!!!
A poesia de Domingos não pode ser despedida!
Abs
E, no entanto, tanto tempo se passaram,
Sem domingos, aquele verso terroso,
Sem céus, divindades, apenas formigas,
sobre o chinelos e um tampo de descarga.
E agora chegam como os perfumistas de porta em porta.
Lembrando o cheiro dela quando tanto tempo que este Domingos não aparecia no calendário.
Postar um comentário