Quem quer o que Deus quer, tem tudo o que quiser. Quem não quer o que Deus quer, seja o que Deus quiser. Guardei de hoje este provérbio, de uma conversa que mantive com o poeta baiano Antônio Ribeiro da Conceição, codinome Bule-Bule, autor de belos cordéis e consagrado autor popular em visita ao Cariri, apresentado que fui por Miguel Teles e Josenir Lacerda. Citava o dizer, fruto da sabedoria das tradições, em relação à necessidade humana de aprender confiança em tudo por tudo nas intempéries deste mundo vivente.
Além de cordelista, Bule-Bule exercita seus talentos na qualidade de compositor, dançador de chula, repentista, ator, cantador, folclorista, e lembrar o valor especial do poeta qual figura valiosa no trato de alma dada ao serviço de ações beneméritas, ativo colaborador de obras assistenciais com arte e consciência.
De fama já conhecia Bule-Bule, nos meus tempos baianos, presença definitiva dos terreiros brincantes e espetáculos culturais da Boa Terra. E desta vez ouvi a verve espontânea que lhe caracteriza a inspiração e a correção no jeito dos assuntos, filosofia dotada da plena sabedoria, em experiência e dedicação do gênero que abraça ao talento, heróis do cotidiano original do povo nordestino.
Grata surpresa, portanto, reservara a manhã desse dia, o quarto do ano novo de 2012, ao deparar poeta e gênio autêntico de nossa espécie, dessas pessoas que às vezes imaginávamos existir, antes mesmo de avistá-las no desfiladeiro dos profetas sóbrios da forma, dos versos, cantos e falas.
Bule-Bule virá, no mês de março, ao Cariri, quando cumprirá pauta no Espaço Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, oportunidade rara de testemunhar a feitura especial do que produz, mundo vasto da riqueza intuitiva do Sertão, retrato natural do universo em expressão inextinguível.
São tantos os cordéis desse autor, cujos títulos bem demonstram os temas neles praticados, a saber: Quatro touros endiabrados e um vaqueiro corajoso; Duelo de bruxos, ou o Pombo e o gavião; A tragédia de três amantes; Irmã Dulce da Bahia, Santa mãe de todos nós; O tremendo duelo de Quirino Beiçola com Tomaz Tribuzana; O encontro da aranha com o reumatismo; Peço pra não acabar o Raso da Catarina; Judite, a mulher divina que salvou o marginal; Bimba espalhou capoeira nas praças do mundo inteiro; e Chora o Nordeste com a morte de Rodolfo Cavalcanti; dentre outros, vários e muitos, do Cantador do Sertão, como assim o denominam perante os meios artísticos brasileiros.
Além de cordelista, Bule-Bule exercita seus talentos na qualidade de compositor, dançador de chula, repentista, ator, cantador, folclorista, e lembrar o valor especial do poeta qual figura valiosa no trato de alma dada ao serviço de ações beneméritas, ativo colaborador de obras assistenciais com arte e consciência.
De fama já conhecia Bule-Bule, nos meus tempos baianos, presença definitiva dos terreiros brincantes e espetáculos culturais da Boa Terra. E desta vez ouvi a verve espontânea que lhe caracteriza a inspiração e a correção no jeito dos assuntos, filosofia dotada da plena sabedoria, em experiência e dedicação do gênero que abraça ao talento, heróis do cotidiano original do povo nordestino.
Grata surpresa, portanto, reservara a manhã desse dia, o quarto do ano novo de 2012, ao deparar poeta e gênio autêntico de nossa espécie, dessas pessoas que às vezes imaginávamos existir, antes mesmo de avistá-las no desfiladeiro dos profetas sóbrios da forma, dos versos, cantos e falas.
Bule-Bule virá, no mês de março, ao Cariri, quando cumprirá pauta no Espaço Cultural do Banco do Nordeste, em Juazeiro do Norte, oportunidade rara de testemunhar a feitura especial do que produz, mundo vasto da riqueza intuitiva do Sertão, retrato natural do universo em expressão inextinguível.
São tantos os cordéis desse autor, cujos títulos bem demonstram os temas neles praticados, a saber: Quatro touros endiabrados e um vaqueiro corajoso; Duelo de bruxos, ou o Pombo e o gavião; A tragédia de três amantes; Irmã Dulce da Bahia, Santa mãe de todos nós; O tremendo duelo de Quirino Beiçola com Tomaz Tribuzana; O encontro da aranha com o reumatismo; Peço pra não acabar o Raso da Catarina; Judite, a mulher divina que salvou o marginal; Bimba espalhou capoeira nas praças do mundo inteiro; e Chora o Nordeste com a morte de Rodolfo Cavalcanti; dentre outros, vários e muitos, do Cantador do Sertão, como assim o denominam perante os meios artísticos brasileiros.
4 comentários:
Emerson,
Grande texto sobre Bule Bule, esse baiano que nos enche de orgulho, divulgador da verdadeira cultura popular brasileira.
Abraços
Aloísio
Sim, Aloísio,
Dos grandes nomes de nosso tempo. Somos agraciados pela dádiva que vivenciamos.
Abraço de Paz.
Belo texto Emerson!
-Bule-Bule é uma dádiva do sertão! Bule é expressão viva da sabedoria popular nordestina!
Isto, Ulisses, Os poetas bem se reconhecem.
Abraço.
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