por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

"Sensato Coração"-Por Socorro Moreira


Azul, claro,  não falar das novelas da Globo.Assisto-as! Esqueço também de assisti-las. Elas fazem parte do  ócio não criativo.
Os últimos capítulos são quase sempre imperdíveis. Alguns personagens, deverasmente nos tocam seja por qualquer detalhe... A integridade da beleza, no rosto complacente da Beth Mendes; o caráter iluminado da Louise Cardoso, no papel da Sueli; a doçura de Dayse...
Ah, insensato coração!
- O de quase todos, inclusive o meu, em tantos momentos. Quando escorregou e fugiu do canto. Quando voltou cansado, e já quis recomeço.
Vou morrer sem entender a química do amor.
Dulce, na novela das Sete, bem explica sentimentos como amor, paixão... Estes, que sempre nos confundem. (“O amor libera; a paixão escraviza”..., etc e tal).
Estou torcendo na tela e no real para que os afins se encontrem, não se percam, se harmonizem!
Cordel Encantado?
-Um caso á parte!
Acho o Capital Herculano, um homem lindo!
Nestas soltas considerações, espero sempre os próximos capítulos.
Dez anos atrás um amigo me alertou: mulher, para de se emocionar com romances de novela. Viva as suas histórias, no grau superior de intensidade!
Eu bem que tentei. De todas as experiências vividas, a mais difícil é a  do amor unilateral. E ele é só nosso! No fim da estrada é que chega a compreensão maior. Se o sentimento não passa, melhor deixá-lo alimentado dos silêncios.
Hoje, no Sem Censura ouvi um depoimento impressionante da viúva do músico Paulo Moura. Lançou livro a respeito ( recomendo!).
Fala de um amor que não está no passado, e vive no presente numa quase satisfeita, imensa saudade.
O amor não está atrelado á carne, nem à proximidade física. É brisa suave, música de riacho, raio de lua, cheiro de flor... Em todas as suas intrínsecas sutilezas.
O vazio do amor não é prerrogativa das distâncias. Ele é próximo de quem busca a saciedade amorosa, na quietude do seu potencial interior.
Aos 60 anos continuo sem saber o quanto amei, se fui amada... Meus oásis amorosos, no entanto, continuam sendo a sombra do deserto, que é pedaço de vida.



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