POEMA NUMA FÁBULA DE ISOPOR:
PÁLPEBRAS AUDITIVAS
Falam de liberdade
Como se a liberdade
Fosse um estado de vida
Não deliberado
De contar vantagens
Falam de liberdade
Como se liberdade
Fosse ligar o som do carro
E exibir um "paredão"
Da intensidade do desejo
De se ver notado
Importante, prestiagiado
Diante de um bem
que lhe confere status
prestígio de chocolate
Falam de liberdade
como se a liberdade
estivessa no direito
de criar o próprio direito!
Diante de tanta liberdade
Tomei a liberdade
de comprar um protetor auditivo
Para evitar a irratabilidade
provocada pelos decibéis
de tudo que é aparelho de som
ao ar livre poluído
Diante de tanta liberdade
Tomei a liberdade
de usar um protetor auditivo:
Só assim os ouvidos possuem pálpebras!
Diante de tanta liberdade
Tomei a liberdade deliberada
de escrever este poema-fábula
Que fala da liberdade dos que se acham
donos da própria liberdade
sem nunca terem lido
a moral de toda essa história:
Consiga um povo educado
E acharás civilização.
Coitado dos passarinhos!
Ulisses Germano
Crato, abril seis do onze
P.S. Os protetores auditivos são vendidos em casas de material de construção. Custa R$ 3,00.
Um comentário:
A música está ligada à nossa emoção.
Tem dias que procuro Adilson Ramos no rádio.
E mresmo assim,sou mais impaciente do que vc.
-Vc diz melhor o que sente. Faz o discurso "PQP"!
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