por José do Vale Pinheiro Feitosa




Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa porque esta proximidade é tão diminuta entre os dois e é a inesperada distância.

José do Vale P Feitosa



quarta-feira, 6 de abril de 2011

CÍCERO NUNES-Por Norma Hauer

Em 6 de abril de 1912 nasceu, aqui no Rio de Janeiro, o compositor e violonista ´CÍCERO NUNES.

A partir dos 14 anos exerceu algumas profissões modestas, até que de 1931 a 1935, ocupou o posto de motorista de hospital, onde, através de um companheiro de trabalho que dedilhava o violão, teve despertado seu interesse pela música, passando a executar o instrumento, e a compor canções.
Em 1935, já com alguma produção musical, mostrou músicas ao compositor Buci Moreira, que, gostando de sua obra, o incentivou a continuar produzindo. Em parceria com Buci, fez o samba "Boa impressão", que foi interpretado pela cantora Dalila de Almeida, no programa da Rádio Philips "Samba e outras coisas", de Henrique e Marília Batista..

Por essa época, passou a viver da música, acompanhando cantores ao violão, o que faria por cerca de 12 anos.

Em 1936, escreveu de parceria com Portelo Juno "Oh seu José", gravada por Castro Barbosa. No ano seguinte, também em parceria com Juno, lançou "Me dá, me dá", gravado por Carmen Miranda, com a qual obteve grande êxito.
Passou, então, a compor principalmente choros humorísticos. Em 1938, Dircinha Batista e Barbosa Júnior gravaram seu choro "Ele não dorme sem apanhar" e Patrício Teixeira, o samba "Ao voltar da batucada", parceria com Max Bulhões.
A partir de 1944, começou a compor samba-canção, gênero que lhe trouxe grandes êxitos, dois quais destaca-se "Apogeu" com Herivelto Martins, gravada por Francisco Alves.
Em 1945, fez sucesso com o samba "Aquela mulher", gravado por Nélson Gonçalves e em 1946, com o samba "Mensagem", em parceria com Aldo Cabral .Gravado por Isaurinha Garcia, fez a cantora paulista ficar conhecida em todo o Brasil.
“Quando o carteiro chegou
E meu nome chamou
Com uma carta na mão.
Ante tcerteza tão rude
Não sei como pude
Chegar ao portão...”

Em 1947, ingressou na União Brasileira de Compositores, ocupando o cargo de Vice-Secretário, sendo o responsável pela administração da revista "Música e letra", e pela cobrança de direitos autorais de revistas especializadas em publicação de letras.

Mas não abandonou a composição fazendo-o em diferentes gêneros, como os baiões "Um cabra não chora" e "Manjericão", ambos em parceria com Humberto Teixeira.
Continuou compondo até 1961, gravando com Isaurinha Garcia, Jamelão e Moreira da Silva.

Como tantos outros compositores de sua época, abandonou a carreira com a entrada da Bossa Nova, em nosso meio musical.

Cícero Nunes faleceu em 3 de dezembro de 1993, aos 81 anos

Norma

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