Amor de minhas entranhas,
morte viva,
em vão espero tua palavra escrita e penso,
com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal.
A pedra inerte nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri.
Rasguei-me as veias, tigre e pomba,
sobre tua cintura em duelo de mordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena noite da alma para sempre escura.
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