Dois montes se elevaram no caminho,
De um deles cairia na gravidade sólida,
No outro ergueria o globo terrestre.
Dois montes entre nós,
Qualquer encontro e corpos estraçalhados.
De um lado a precipitação do cotidiano,
Do outro o peso do futuro irrealizado.
Dois montes necessitando de uma ponte.
Estrutura de vontades, vigas éticas,
Pilastras de atração, muretas de verdades,
E nesta ponte nos encontramos.
Bem na equidistância dos montes que nos separavam,
Vimos que montes não havia,
A ponte se tornara nossos abraços,
O encontro era o múltiplo solitário como centopéias.
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